Comentários emocionados sobre A História do Rádio em Pombal, organizado por Clemildo Brunet de Sá
J. Romero Araujo Cardoso |
Por
José Romero Araújo Cardoso*
O Brasil desponta no item controvérsia quando
o assunto é a patente de inventos modernos, como o rádio e o avião. Considerado
o inventor da difusão radiofônica, o italiano Guglielmo Marconi é louvado até o
presente como o cientista que viabilizou o início do advento da comunicação em
massa, não obstante haver registro que o Padre gaúcho Roberto Landell de Moura
tinha conseguido dois anos do cientista europeu, mais precisamente em 3 de
junho de 1900, enviar sinais telegráficos e
irradiar a voz humana sem auxílio
de fios a 8 km de distância.
Como reconhecimento à sua invenção, Marconi
recebeu o Nobel de Física de 1909, enquanto o sacerdote brasileiro foi relegado
ao quase ostracismo, ao quase esquecimento absoluto, embora haja documentos comprobatórios
referentes ao pioneirismo do injustiçado brasileiro.
O rádio passou a integrar o cotidiano das
pessoas com o passar dos anos, tornando-se indissociável do modus vivendi dos
vários grupos humanos que habitam o planeta, trazendo informações,
entretenimento, ênfase à arte dos cantores e cantoras de ontem e de hoje e
inúmeras outras utilidades.
Durante a segunda guerra mundial o rádio foi
profusamente utilizado tanto pelos aliados como pelos componentes do Eixo. A
invasão da Normandia foi precedida de certos códigos através de determinadas
músicas previamente estabelecidas como sinais para que as tropas tomassem
determinadas atitudes.
Afirmo categoricamente que um dos melhores
amigos que Deus me deu se chama Clemildo Brunet de Sá. Em Mossoró, quando de
minha fixação efetiva após março de 1998, em vista de aprovação em concurso
pública para docente do Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte, trabalhando com o mestre Vingt-un Rosado na Coleção Mossoroense,
descobri a importância de Charles-Theobald Brunet para o enriquecimento da
genealogia sertaneja, estando Clemildo incluso nesta. O Capitão do Exército
francês Charles-Theobald Brunet era filho do grande naturalista Louis Jacques
Brunet. Na Paraíba, em Sousa, pai e filho se casaram com duas irmãs, da
prestigiada família Sá.
Falar em radiofonia no município paraibano de
Pombal é o mesmo que estar fomentando a importância de Clemildo Brunet para o
sucesso desse meio de comunicação de massa que tanto vem contribuindo para a
formação de gerações de ouvintes, as quais, através dos programas capitaneados
pelo notável radialista pombalense, vem assumindo formas magistrais na própria
essência que permeia a lógica positiva que sempre tem acompanhado Clemildo em
todos os momentos de sua trajetória radiofônica.
Eis que o brilhante radialista nos brinda com
extraordinária publicação intitulada Histórias do Rádio em Pombal, a qual já
está entre os mais imprescindíveis resgates históricos já efetivados na velha
Terra de Maringá.
Invocando memória privilegiada e cedendo
espaço para que historiadores e pesquisadores, como Verneck Abrantes de Sousa,
Ignácio Tavares, João Costa, Maciel Gonzaga Luna, entre outros importantes
estudiosos pombalenses, bem como ouvintes e admiradores, Clemildo Brunet
exponencializa formidavelmente registros sobre a história do rádio em Pombal.
Programas como A Voz da Cidade e Saudade não
tem idade são trazidos de forma nostálgica através de depoimentos retumbantes
que dignificam a luta heroica desse magistral ser humano que pensa, acima de
tudo, em viabilizar melhores condições de vida aos seus semelhantes, embasado
em direcionamento natural, desde a infância, para a radiofonia, verdadeira
paixão no nobre autor/organizador de uma das mais marcantes obras já escrita
sobre a influência que o rádio pode ter nas vidas das pessoas que habitam o
semiárido marcado pelas inclemências e certo abandono dos poderes constituídos.
Li Histórias do Rádio em Pombal de um fôlego
só, impressionando-me com informações preciosas que desconhecia, pois nascido
em 28 de setembro de 1969, somente na adolescência comecei a constatar a
importância da radiofonia, pois nostálgico inveterado, amante da boa música, fã
incondicional da sublime arte de Nélson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Núbia
Lafayette, Altemar Dutra, entre outros que deixaram marca indelével em nossa
história musical, tornei-me admirador de programas que Clemildo comandava, como
Saudade não tem idade.
Parabéns meu amigo Clemildo Brunet de Sá.
Parabéns pela grande iniciativa de legar às gerações presentes e futuras o mais
belo registro sobre a radiofonia em nosso querido torrão natal!
*José Romero Araújo
Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor Adjunto IV do Departamento de Geografia
do Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. E-mail:
romero.cardoso@gmaiil.com
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Reviewed by Clemildo Brunet
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1/14/2015 06:57:00 AM
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