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Por inércia, Dilma não governa mais

João Costa
João Costa*

Para sua consideração – A história se repete: a última vez que a Direita se uniu no Brasil  e mostrou seus tentáculos foi em 1964 e se manteve assim durante 25 anos. O momento político prenuncia um tremendo vácuo político. Como em 64, o Departamento de Estado maneja seus cordões em São Paulo e Brasília.  O quadro torna-se perfeito para o estabelecimento do caos político, agravado por uma crise que é mais política, que econômica. O lastro: o emburrecimento da Nação que se comporta sob o efeito de manada. Uma ampulheta conta o tempo político de Dilma Vana, que não governa mais. Caminha pelo “labirinto de Creta”, onde o Minotauro está solto.
No plano político, a Câmara e
o Senado são comandados por políticos de passado nebuloso, oportunistas, carreiristas, saltimbancos de todos os matizes. De repente, não mais que de repente, os presidentes da Câmara e do Senado conspiram, promovem atos de sabotagem, encurralaram a Presidência, enquanto o Judiciário, espera pela vez para legalizar o golpe de estado, tal qual no Paraguai.
 Observemos então o Ministério da Dilma Vana: Eduardo Braga, ministro das Minas e Energia, que controla a Petrobras e todas as riquezas em subsolo e no mar de 200 milhas, disse, nos EUA, que não concorda com o modelo de partilha do pré-sal, adotado pelo Brasil. Deseja, como as petroleiras americanas, o modelo de concessão. Deu a senha para o senador entreguista José Serra (ele, de novo) desencavar projeto que visa destruir e Petrobras no pré-sal, a pedido dessas mesmas petroleiras. Braga não foi demitido.
Da Fazenda – Joaquim Levy dispensa comentário. Foi indicado por Washington para o cargo e conduz a política econômica de acordo com as ordens do Banco Central americano.
Da Justiça – José Cardozo, cujo principal traço é ser pusilânime, apresenta-se de uma incompetência abismal.  Omisso, embora do partido da presidenta, abandonou-a aos leões de chácara da mídia nativa, está de joelhos e sem iniciativa em qualquer circunstância.
Casa Civil – Mercadante é aquele senador do PT, que acovardou-se na crise do Sarney, traiu Lula abertamente. Voltou atrás e, na Casa Civil, finge-se de morto. Já abandonou Dilma. Enfim, é de São Paulo.
Já os erros políticos do PT e da Dilma não cabem num caderno de anotações. Ao transferir para Michel Temer o comando das negociações políticas, Dilma entregou o queijo, a goiabada cascão e a faca ao PMDB, notório partido fisiológico.  O vazio é tamanho, que até o deputado Hugo Mota, tornou-se o algoz do Lula, e se vangloria disso.
O torniquete; o estrangulamento político da Dilma, tomam forma no TCU, pronto para inviabilizar o governo e suas obras, e no Congresso, os poderes exclusivos do Executivo estão sendo minados e cortados. É o tal parlamentarismo branco, já em vigor. O governo Dilma está disperso, o PT encurralado, e a Direita surfando com direito a patifarias do tipo da manchete da Folha sobre o tal HC para o ex-presidente Lula. O “erramos” saiu no rodapé no dia seguinte, quando portais e cronistas de direita já haviam caluniado, debochado e festejado uma eventual prisão de Lula, que nem investigado é no Paraná.
O governo Dilma está feito biruta de campo de aviação. Se deixou arrastar até pela provocação dos senadores que foram a Caracas, e arrancaram uma crise diplomática séria. Em outros tempos, eles, os senadores “humanitários”, virariam motivo de piadas. São levados a sério pela mídia nativa.
E as Forças Armadas? O que pensam? Sinceramente, acho que esperam um sinal verde de Washington, que não virá abertamente. Claro que tanques nas ruas, só em caso de reação popular, algo impensável no Brasil. O golpe virá do STF. E já está em curso.
Corrupção – É crime. E crime é praticado por pessoas, não por empresas. Aqueles encontrados em culpa devem ser punidos.  Que paguem os executivos da Odebrecht, não a empresa.  Que paguem os burocratas da Petrobras, não a empresa. Mas o que se pretende é destruir as duas maiores empresa do país. A Odebrecht que constrói a usina de Belo Monte, contraria interesses de ambientalistas de passeata, mas de enorme poder midiático. A Odebrecht está construindo o primeiro navio nuclear do Brasil, que dará soberania e poder à nossa Marinha ao longo de 200 milhas até a África. Isso não é do interesse dos Estados Unidos, que voltou a mirar o Atlântico do ponto de vista militar.
O Minotauro está preso no labirinto. De qualquer esquina algo poderá surgir. O Brasil não é o Labirinto de Creta. No nosso, não há como escapar. 
Assim Caminha a Humanidade!

*João Costa é radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Por inércia, Dilma não governa mais Por inércia, Dilma não governa mais Reviewed by Clemildo Brunet on 6/28/2015 08:14:00 AM Rating: 5

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