É impossível manter benefícios em crescimento com a economia em recessão
Genival Torres Dantas |
Genival Torres Dantas*
O governo sente que
desbordou ao perceber a economia não se recupera apesar do trabalho da área
econômica e o esforço de alguns parlamentares que tentam ajudar na recondução
da economia aos trilhos, mesmo sabendo da nítida ineficácia dos remédios
aplicados com suas doses cavalares e de efeitos colaterais nocivos ao conjunto
de vários setores, tanto do governo como do setor privado.
A política que antes
era frutuosa hoje tornou-se calamitosa de proporções incalculáveis, a formula
apresentada não era tão danosa, mas a falta de tato na condução dessa político
fez com que os resultados fossem se encaminhando ao descalabro e
Acreditávamos que o
futuro tinha chegado para essa nação tão crédula no seu potencial e esforço,
mais uma vez fomos parados pela mão do tempo que nos pede mais tempo para
chegarmos ao futuro que tanto ansiamos. Somos reconduzidos a posição de duas décadas
passadas. Para voltarmos onde paramos de crescer vai ser preciso muito tempo e
muita determinação, com a participação de uma gestão pública ausente da nefasta
mentalidade perniciosa dos corruptos e corruptores que infestaram com suas
presenças todo complexo econômico do país, estrategicamente colocados em
posições de controles nas grandes empresas, mormente aquelas que trabalham com
a área da infraestrutura, contratadas e contratantes, de forma que o cerco
fechado ficou fácil para as ações devastadoras tornando o mercado das grandes
construções, de melhoramentos para o país, numa verdadeira mina de recursos a
serem explorados e desviados por aqueles que fizeram o trabalho suja da
corrupção.
Novas medidas são
tomadas, vetos são feitos pela presidente que tenta tornar menos penoso o
caminho a ser percorrido até o início da estabilidade do país, o Congresso
responde positivamente aos apelos dos condutores da nova política, foi feito um
chamamento geral, incluindo-se aí até mesmo a oposição, que também deu sua
parcela de contribuição pelo menos nos primeiros 26 vetos votados na noite de
ontem (22), no Congresso Nacional. Não podia ser diferente, a hora de extrema
anormalidade, o prejuízo já é enorme, novos ralos não podem ficar à disposição
da gastança exagerada, pelo contrário, deve-se colocar vetores para eliminar
desperdícios.
Os números não nos
ajudam, já há uma projeção de uma inflação bem próxima aos 10% anualizada, o
dólar dispara e acumula uma alta bem maior que os índices de países com suas
economias devastadas bem antes que a nossa, ultrapassando o valor de R$4 reais;
o desemprego cresce na proporção que o tempo passa e não há uma volta da
credibilidade do governo pelos investidores e empresários do mercado produtivo.
O desalento tomou conta da classe estudantil, que sem esperança do retorno das
aulas nas principais Universidades Federais, ficam parados e incrédulos,
enquanto professores continuam em greve e o governo fazendo ouvido moco como se
assunto não fosse da sua alçada.
Os que tem o plenipotenciário
para, de alguma forma, ajudar na reestruturação do país, encontram-se parados,
esperando por uma mudança que possa surgir na área administrativa do governo
central, com eliminações de ministérios, remanejamento de pessoal, e até cortes
de servidores, juridicamente passíveis de dispensas, numa ação paliativa, não
definitiva, dando satisfação à sociedade, que espera um pouco mais de ação do
governo. E o temos assistido são verdadeiros massacres contra a população com o
efeito de aumento da carga tributária e a recondução de impostos já sepultados
e agora lembrados para fazerem parte de um conjunto de alternativas viáveis ao
saneamento das dívidas e do infortúnio que nos acomete pelas mãos desditosas do
atual governo.
O que mais lamentamos é
que a área social é a que mais padece nesse momento, as políticas de apoio aos
mais carentes foi sem dúvida administrada sem nenhum zelo ou cuidado, levando a
gestão do governo Dilma a uma gastança exacerbada, uma verdadeira farra dos
bilhões, e esse governo fantasioso, sem medir as consequências danosas dos seus
atos, agora, por força da pressão externa, ao seu governo, se sente obrigado a
frear a economia, realinhar seus projetos, parar ações do PAC, esperar a poeira
da devastação assentar, contar que o povo tenha paciência e suporte os desafios
que estão por vir, para que a própria presidente possa se manter no cargo, caso
os seus atos não se tornem motivos de impeachment, caso seja aceito pelo STF (Supremo Tribunal
Federal), o processo já corre na Câmara dos Deputados.
*Escritor e Poeta
genivaldantas.com
É impossível manter benefícios em crescimento com a economia em recessão
Reviewed by Clemildo Brunet
on
9/25/2015 06:41:00 AM
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