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SONHO DE GENTE GRANDE!

CLAUDIONOU DANTAS* (Foto)
Dizer que existe sonho de criança é pura ilusão, pois os sonhos mesmo depois que agente cresce, nos acompanham até o último dia da nossa passagem aqui nessa vida. Quando escrevi “Sonho de Gente Grande”, lembrei justamente do sonho que tive quando criança, “quero trabalhar em uma rádio”, e não estou mentindo quando digo que esse sonho não é só de criança, pois até hoje, esse sonho me acompanha, milito no rádio desde Novembro de 1988, mas até hoje, sendo repetitivo, meu sonho é “trabalhar em uma rádio”. Graças a Deus, estou fazendo o que amo que é fazer rádio, me lembro muito bem na tarde em que o saudoso deputado “Chico Pereira”, foi me buscar em casa perguntando: “cadê seu menino Bigá?” (meu pai), vou “levar ele pra trabalhar na rádio”. Aquelas palavras que meus ouvidos escutavam, pareciam músicas, de tanta alegria que fiquei, quando meu pai me chamou, já estava pronto para conhecer meu primeiro trabalho que mais tarde, se tornaria minha paixão, pois uma vez em uma rádio, em uma rádio sempre. Minha primeira função na Rádio Maringá AM 1.490 kHz, situada à Rua Cel. José Fernandes, 499, justamente a uns 100 metros da minha residência, foi de sonoplasta, naquela época chamado de controlista. No ano seguinte (1989), assumi o stúdio de gravação, passando a produzir todos os comerciais e vinhetas daquela emissora, graças a Josimar Medeiros (Tetê). Logo depois, as minhas primeiras palavras no microfone de uma emissora de rádio, com o apoio dos comunicadores Cesário de Almeida e J. Alves, fazendo uma participação no “Plantão de Notícias”, destacando as notícias do esporte. “Muito obrigado aos dois, pela oportunidade”. Em Agosto de 1990, uma manhã de Sábado, mais precisamente no dia 11 de Agosto, estava me preparando para uma viagem no carro de som de Adauto Pereira, pois era época de campanha eleitoral, quando meu pai (Bigá), entra em casa e diz: Nô, a rádio Maringá está pegando fogo... Aquelas palavras me cortaram o coração e sem pensar, saí correndo pra rádio. Tentamos, mas, só restou, após muito esforço, assistir a destruição e ver o choro do velho Chico Pereira, que ao lado dos seus filhos, Adauto e Aércio, observava seu patrimônio destruído. Depois da tragédia, morei em Brasília por 8 anos, lá tive umas experiências que me ajudaram muito na área da comunicação. No ano de 1998, justamente 10 anos após o convite do Cacique Branco do Sertão (Chico Pereira), eu retornava ao quadro de funcionários da Rádio Maringá, que agora era uma versão moderna, ou seja, FM, com a freqüência 98,7 MHz. Novamente assumia o stúdio de gravação, e com a chegada da Maringá AM novamente, assumia a direção de programação da mesma, que agora operava na freqüência 880 Khz. Fazia também um programa que nada mais, nada menos, era apresentado por Clemildo Brunet, “o pai da comunicação” em nossa cidade, que responsabilidade a minha, ainda mais, quando o próprio ligava e me pedia para tocar canções da sua época, pois estava na escuta, Clemildo nem imaginava o prazer em atender seus pedidos. Apresentei o Jornal Maringá, Toca Tudo, Cantinho da Saudade, As Canções do Roberto e Marcas do Que Se Foi. Fiquei naquela emissora, de 1998 até 2003, me transferindo para a rádio comunitária Opção 104 FM, lá apresentava o Manhã de Sucesso, Love Songs e o jornalismo Em Dia Com a Notícia, mas a minha alegria se completaria quando aos domingos, tive o prazer e a oportunidade ímpar de estar ao lado daquele que era meu ídolo no rádio, Clemildo Brunet, fazia sonoplastia para o seu programa Saudade Não Tem Idade. Tão grande era minha alegria, que fiz exigência a direção da rádio, para que eu trabalhasse aos domingos, pois queria estar ao lado de Clemildo (ele é testemunha disso). Fiquei de 2003 até o ano de 2006, quando recebi convite da rádio Liberdade 96 FM, a qual estou fazendo parte da equipe até hoje. Na 96, faço sonoplastia para o programa A Voz da Igreja, Rádio Romance e apresento o programa jornalístico, Liberdade Notícias. Contei essa pequena história, para que muitos que ainda pensam que rádio é sonho de criança, tirar da cabeça de vez, que rádio, é sonho e realização de gente grande. Espero que Deus me dê saúde e muita disposição, para que possa trabalhar e contribuir com muita gente que precisa dos nossos préstimos, porque na nossa profissão, também tem essa finalidade. Aqueles que usam a profissão de radialista para aparecer, cuidado, pois a imagem do radialista quando não agrada, logo é apagada, esquecida. Quando a profissão é usada para fins políticos, o profissional se torna um capacho, ou seja, perde credibilidade perante a sociedade, pois só faz o que lhe mandam fazer. Acordem, pois nossa missão aqui nessa profissão tão bela e desejada por muitos, é levar informação, alegria e principalmente transmitir segurança no que diz e faz. Lembre-se, credibilidade no rádio não se faz, se conquista. *RADIALISTA
SONHO DE GENTE GRANDE! SONHO DE GENTE GRANDE! Reviewed by Unknown on 9/02/2007 07:46:00 PM Rating: 5

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