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O DIA EM QUE JORGE DE ALTINHO PEDIU PARA CANTAR "QUASE DE GRAÇA" NA FESTA DO RADIALISTA EM POMBAL!

CONTADO POR JOSÉ ALVES*(Foto) PRIMEIRO REDATOR DA RÁDIO MARINGÁ AM DE POMBAL. Recebo do amigo Clemildo Brunet o convite para participar da Festa do Radialista, no próximo dia 14 de novembro, em Pombal. Fico feliz pela lembrança e imagino o clima que a cidade deve estar vivendo, na expectativa de mais esse evento. Nessa divagação, volto no tempo e lembro os primórdios da Rádio Maringá AM, primeira emissora de Rádio instalada em Pombal, de cujo primeiro quadro funcional tive a honra de participar, como redator e repórter. Transcorriam os idos dos anos 80 e na oportunidade já era promovida a Festa do Radialista. A coordenação, naquela ano, estava sob a batuta de Clemildo Brunet e Genival Severo. Faltavam dez ou quinze dias para a festa, quando chegou à portaria da emissora um sujeito se apresentando como cantor e carregando debaixo do braço uma caixa de LPs. Ofereceu-se para cantar na festa do Radialista, em troca de 10% da arrecadação na portaria. É claro que a proposta, para a direção do evento, não era boa. Clemildo e Genival receberam o “artista”, mas não aceitaram a oferta, por um motivo bem simples. As receitas previstas já estavam comprometidas com as atrações contratadas e, a bem da verdade, o cidadão que ali estava, era um ilustre desconhecido. Lembro que Genival Severo ainda arriscou: -Amigo, lhe ceder um percentual da portaria não podemos; porém, se você quiser, a gente pode abrir um espaço durante a festa, você canta algumas músicas e divulga o seu disco. Sem pagamento. O sujeito agradeceu e disse: -De graça, eu não vou não, mas vou deixar alguns LPs para o pessoal da Rádio e se vocês puderem tocar o meu disco, eu agradeço. Deixou um LP para cada empregado da Rádio. Foram presenteados, além de Clemildo e Genival, os comunicadores Rosil Bezerra e Gregório Dantas, o controlista Cara de Pinha, o assistente-técnico Zé Fiapo e a discotecária Fátima Jó. Também teve disco para mim e acho que até para Dona Maria, da limpeza. Ele foi embora. O disco ficou quase que esquecido na discoteca da Rádio. Algum tempo depois, uma faixa começou a ser pedida e tocada. A música, “Lembranças”, dizia mais ou menos assim: Às vezes fico pensando, morena Se tu pensas em mim, morena, Se tu pensas que lembras, morena Mas por que lembras de mim. Acho que foi um dos primeiros sucessos da carreira de Jorge de Altinho. Depois, vieram muitos outros: “Vida Viola”, “Sou Feliz”, “Deixa Clarear”, “Nem que Pare a Coração” e a carreira do homem decolou. É claro que depois do sucesso, Jorge de Altinho não retornou à portaria da emissora pedindo para cantar “quase de graça” na Festa do Radialista. O tempo passou e guardei a lembrança daquele episódio como uma grande lição de vida: seja qual for a sua profissão: cantor, radialista, bancário ou advogado. Para ser um vencedor na carreira profissional, é preciso, além de aptidão, gosto pelo que faz e, principalmente, muito amor e dedicação à causa. Neste aspecto, Jorge de Altinho é exemplo na música e Clemildo Brunet, na história da radiofonia pombalense. *ADVOGADO E EX-RADIALISTA – JOÃO PESSOA PB.
O DIA EM QUE JORGE DE ALTINHO PEDIU PARA CANTAR "QUASE DE GRAÇA" NA FESTA DO RADIALISTA EM POMBAL! <strong>O DIA EM QUE JORGE DE ALTINHO PEDIU PARA CANTAR "QUASE DE GRAÇA" NA FESTA DO RADIALISTA EM POMBAL!</strong> Reviewed by Unknown on 10/28/2007 06:55:00 AM Rating: 5

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