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CLEMILDO FEZ ESCOLA - II - "ÉPOCA EM QUE O RÁDIO ERA FEITO DE IMPROVISO"!

Paulo Abrantes de Oliveira*
Após o fechamento da emissora de rádio “A Voz da Cidade” em Pombal, as notícias auspiciosas de emprego, em outras emissoras de rádio, e súbito sucesso desses competentes profissionais, invade os bastidores das principais emissoras do sertão e revela o quanto foi importante para Pombal esta iniciativa pioneira de Clemildo na radiodifusão em nossa cidade. Carlos Abrantes, um de seus discípulos, idealista e empreendedor, sempre compreendeu ser a voz humana o natural meio de comunicação. Era não só um locutor, mas, um sonhador voltado a grandiosas realizações. Veio para João Pessoa, disputado pelas emissoras de rádio da capital, trabalhou em todas elas, até que se formou em Direito. Criou a rádio alternativa do Cristo Redentor, com sucesso, mas nunca esqueceu sua origem em Pombal.
DEPOIMENTO DE CARLOS ABRANTES: “Nesta história do rádio em Pombal, o nome de Clemildo Brunet de Sá, ou simplesmente Clemildo Brunet, está definitivamente inscrito como um dos seus grandes instituidores! Sua extensa maratona radiofônica, iniciada como propagandista de lojas comerciais, apresentações de solenidades, shows e bingos, culminou com a criação e implantação daquela que, na época dos anos 60, foi o maior sucesso de comunicação em Pombal: A emissora de rádio A Voz da Cidade.
Enquanto existiu, esta emissora teve um papel decisivo no aprimoramento de profissionais, e de suas congêneres e, mesmo depois de extinta, sua história ainda influiu muito no desenvolvimento desse controvertido e contagiante universo das comunicações de massa no rincão sertanejo. Clemildo recebeu merecidamente a outorga de comendas importantes, em Pombal e outras cidades do sertão, por onde atuou, pelos relevantes serviços prestados a radiodifusão, por entender que o rádio move sob o trinômio: educar, divertir e informar. Daí, chamarmos de escola a que Clemildo implantou em Pombal. Não foram poucos os estudantes que como eu, buscaram no rádio, meio de sustento até a formatura. Alguns nunca mais conseguiram atuar em outra área que não a comunicação. Outros deixaram as emissoras assim que colocaram a mão no diploma superior, mas jamais esqueceram a vida de radialistas. Para estes profissionais, o rádio esteve envolvido numa atmosfera de grandeza extraordinária, genuinamente contagiante.
E mais ainda, disse Carlos Abrantes: O rádio, fruto deste século, rapidamente tomou conta do mundo inteiro, estabelecendo um contato praticamente imediato entre o acontecimento, o fato, a informação, a notícia enfim e o grande público. Isso nos dá, portanto, a idéia de que “rádio é audiência”! Como já afirmou um comunicador. Porém, a finalidade do rádio é atingir todas as classes sociais, razão pela qual deve apresentar variedade em sua programação, ratificando assim, o sucesso da VOZ DA CIDADE, porque “rádio é audiência”! E ela teve demais.
Clemildo, foi o pioneiro do rádio em Pombal, devo a ele, por ter me dado, como a tantos outros valorosos companheiros, a chance de fazer parte desta profícua escola de radiodifusão em Pombal. Foi lá que pude aprofundar conhecimentos a respeito do sem-fio e trilhar com brilho os objetivos definidos na comunicação.
Concluindo, quero afirmar o legado que o grande Roquette Pinto declarou: - “ O rádio é o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador de novas esperanças; o consolador dos enfermos; o guia dos sãos, desde que o realizem com espírito altruísta e elevado”.
Parabéns Clemildo!
*Engenheiro Civil e Professor Licenciado em Ciências pela UFPB.
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