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SOBRE A GRIPE DO MOMENTO

Mª do Bom Sucesso L. Fernandes Neta*
Muito tem sido discutido nesses últimos dias. De forma simplificada serão abordados alguns pontos relevantes, no que diz respeito a essa patologia que vem espalhando medo na população, na tentativa de facilitar o entendimento da situação vigente.
A famosa “gripe suína” é causada por uma mutação do vírus da gripe, o chamado vírus Influenza A (H1N1). A transmissão se dá de pessoa para pessoa, através de tosse e/ou espirro de pessoas infectadas. Caso seja transmitida, os sintomas podem se iniciar no período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e/ou produtos derivados.
O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) norte-americano classifica os casos como suspeitos ou confirmados. Estes últimos dizem respeito aos pacientes com sintomas respiratórios associados ao isolamento do vírus (em secreção de vias aéreas superiores). Já os casos suspeitos são representados por indivíduos com sintomas respiratórios e que são oriundos de áreas de risco, ou seja, com casos da doença confirmados (principalmente do exterior) ou ainda em caso de o paciente apresentar sintomas e referir contato próximo (nos últimos 10 dias) com pessoa classificada como caso suspeito de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1).
Os sintomas são comuns a outras gripes, sendo eles: febre alta repentina (> 38ºC), tosse, coriza, rinorréia, dor de cabeça, dor muscular e/ou dificuldade respiratória. O paciente pode também apresentar uma ou mais das seguintes complicações: sinusite, otite, pneumonia, asma, piora de doença pré-existente e, em casos extremos, síndrome da angústia respiratória entre outros. Sabe-se que os indivíduos mais susceptíveis são crianças, idosos, pacientes imunocomprometidos ou com doenças crônicas, a exemplo de diabetes ou insuficiência renal crônica.
No que diz respeito ao diagnóstico, é feita a pesquisa direta do vírus em secreção de vias aéreas superiores. É realizado através do teste de Imunofluorescência indireta (IFI), seguido da reação em cadeia pela polimerase (PCR), específica para este novo vírus, que permite caracterizar casos altamente suspeitos.
O tratamento baseia-se no uso de antivirais. A procura por auxílio médico, em casos suspeitos deve ser estimulada, já que há distintos protocolos terapêuticos (disponíveis no site do CDC) para diferentes faixas etárias (especialmente, crianças); gestantes devem ser avaliadas com cautela. Diante da alta transmissibilidade da doença, a prevenção é deveras importante. Em seguida, algumas recomendações:
1º) Para indivíduos saudáveis assintomáticos: manter distância de no mínimo um metro de indivíduo com sintomas de gripe; reduzir o tempo de contato com pessoas potencialmente doentes e/ou a permanência em ambientes com aglomeração de pessoas; evitar levar as mãos à boca e ao nariz e higienizar as mãos com freqüência (com água e sabão ou soluções alcoólicas).
2º) Para indivíduos com sintomas respiratórios: higienizar as mãos com freqüência (com água e sabão ou soluções alcoólicas), especialmente se tocar a boca e nariz ou superfícies potencialmente contaminadas, principalmente após tossir ou espirrar; cobrir o rosto (boca e nariz) quando tossir ou espirrar; permanecer em casa durante dez dias, utilizando máscara cirúrgica descartável; reduzir contatos sociais desnecessários; mensurar a temperatura três vezes ao dia; ficar atento para o surgimento de febre maior que 38º C e tosse; procurar imediatamente serviço de saúde de referência para avaliação se os sintomas persistirem.
Obter informação e tomar cuidados necessários é imprescindível, a fim de reduzir a disseminação da doença. Em quaisquer dúvidas, procure seu médico. Prevenir é a melhor saída. Referências
1) Informações divulgadas no site http://http://www.medcenter.com/, fornecidas pelo Dr. Alexandre Fernandes (Neuropediatra e professor da Universidade Federal Fluminense);
2) Site do CDC norte-americano (http://www.cdc.gov/);
3) “Informe Técnico sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1, 2009”, elaborado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), disponível no site da SBI (http://www.infectologia.org.br/)
E-mail para contato: sucessomed@hotmail.com
*Natural de Patos-PB, 20 anos, mais conhecida como Cessinha, acadêmica do 6º período de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, filha de Francisco Fernandes da Silva Júnior e Zeneida Furtado Leite Fernandes, donos da Hiperfarma Bom Sucesso em Patos.
SOBRE A GRIPE DO MOMENTO SOBRE A GRIPE DO MOMENTO Reviewed by Clemildo Brunet on 6/18/2009 09:27:00 AM Rating: 5

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