ANIVERSÁRIO EM DOSE DUPLA DE UM AMIGO DE INFÂNCIA!
Clemildo (Foto)
CLEMILDO BRUNET*
O nascer neste mundo é na verdade uma ação espontânea, que por mais que o raciocínio humano se esforce não irá descobrir em profundidade o que seja isto. Poderá haver muitas perguntas, mais nunca teremos a resposta que satisfaça o nosso ego. Sabemos tão somente que nascer é dádiva divina, pois nem eu e nem você pedimos pra nascer. O salmista descreve esse acontecimento em uma oração dirigida ao Criador de todas as coisas:
“Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda”. Sl.139: 13-16.
Nossa vida está escondida em Deus mesmo antes de nossa formação no ventre materno e também depois de nascido. E os amigos? Estes sim vieram até nós de forma surpreendente. Existe até uma escala: Amigos de perto, amigos de longe, amigos do peito, amigos confidentes, amigos sinceros, amigos infiéis e até amigos mais chegados que um irmão. Não quero tratar de nenhum deles.
Lenice e Francisco (Foto)
Hoje me reservo para homenagear um amigo que conheci na infância e que neste mês de julho tem aniversário em dose dupla. Até hoje nossa amizade perdura e creio que será assim para sempre!
FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA NUNES, mais conhecido por Professor Vieira, natural de Pombal-PB, nasceu no dia 08 de julho de 1950, filho de Antonio Vieira Filho e Galvani Vieira Nunes seus irmãos, Marcos Antonio Vieira e Galvani Viera Nunes. Casado com Rita Lenice Clementino Vieira, nascendo dessa união os filhos Fábio Rogério Clementino Vieira, atualmente supervisor de vendas Moto Sul Honda no Estado da Bahia e Fabíola Rejane Clementino Vieira, advogada e treener do SEBRAE na cidade de Patos-PB. Formado em Biologia pela UFPB e graduado em Metodologia do Ensino Superior, foi Professor no Colégio Josué Bezerra, Vice-Diretor da Escola Mons. Vicente Freitas (Polivalente), Diretor da Escola João da Mata e Secretário de Administração Municipal de Pombal 93/96.
Conheci Francisco Vieira quando seus pais vieram morar na rua Cel. José Fernandes – conhecida por rua do rio, ao lado de outros amigos como seu irmão pretinho, João Costa, Assis Caetano, Toinho Ugulino e muitos outros que moravam no mesmo logradouro. Tivemos uma infância cheia de peripécias (coisas de menino), até mesmo birra. Lembro-me certa ocasião em uma noite enluarada havia faltado energia e o clarão do luar era tão intenso que adentrava as frestas das janelas e portas abertas facilitando o nosso percurso por dentro de casa sem que houvesse necessidade de outra luz.
Pois bem, não sei explicar por qual motivo, estava brigado com os Vieira, Chico e Pretinho. Eu e Claudete minha irmã começamos a discutir com eles terminando por ir à via de fato. Eles foram chorando pra casa e contaram a seus pais. De repente, estávamos na calçada e vimos quando Antonio Vieira se aproximava da nossa morada, corremos e fomos nos esconder atrás do fogão de carvão feito de alvenaria que ficava no meio da cozinha. Não nos importamos em deixar a porta aberta e Antonio Vieira veio até a sala e como estava escuro, começou a chamar por Napolião, enquanto eu e Claudete rimos silenciosamente lembrando a presepada que havíamos feito. Não tendo obtido resposta, Antonio Vieira foi embora. Passado o episódio, voltamos às boas.
De outra feita, meu pai havia realizado uma limpeza geral na casa e construído um armazém no fundo do muro, tinha sido deixado resto de material como telhas, tijolos, ripas etc. em dado momento reunido com os meninos João Costa, Assis de Chico Caetano, os irmãos Vieira (Chico e Pretinho), todos tomando banho com uma mangueira, começamos a molhar uns aos outros, nisso a água começou atingir parte do serviço da limpeza. Minha mãe e Zefa já haviam reclamado da bagunça que estávamos fazendo. Chamaram meu pai pra acabar com aquela festança.
A correria foi grande, era salve-se quem puder. Os mais ativos se livraram, mas, dois deles se deram mal. Pretinho enquanto corria foi atingido e ferido no pé com um pedaço de pau que tinha um prego na ponta e João Costa que não teve como se livrar das mãos de seu Napolião levou umas lapadas de ripa. Seu Napolião não deixou por menos e foi à casa de cada um contar a seus pais a brincadeira de mau gosto que haviam feito. Disse-me Vieira que isso lhe custou uma grande pisa e castigo pra ele e seu irmão.
A dose dupla em aniversário neste mês de julho para este amigo de infância é o seu nascimento no dia 08 e aniversário de casamento no dia 11. São 38 anos de convivência somados aos cinco de namoro e noivado. O amor recíproco dos dois faz com que essa união seja solidificada cada vez mais no sentimento da indissolubilidade do matrimônio, o que é raro entre muitos casais nos dias de hoje.
O interessante é que o namoro começou em 11 de julho de 1971, vindo a coincidir depois com a data do casamento. Já haviam paquerado cerca de um ano, só então houve o encontro de ambos para o início do romance. Ela trabalhava no comercio na loja Bazar das Novidades, que ficava na mesma Rua da Mercearia do pai dele e todos os dias na ida e na volta seus olhares se cruzavam, pois Vieira ficava na espreita para vê-la passar. Pouco tempo depois, Lenice tornou-se funcionária das Casas Bandeira, e para continuar paquerando-a, Vieira escolheu outro local estratégico.
Casal Feliz Francisco e Lenice (Foto)
O local do encontro foi a Praça Getúlio Vargas próximo a Igreja Matriz do Bom Sucesso. Ele, Com uma desculpa esfarrapa a convidou para tomar água no Bar Centenário. Ainda hoje juntos estão a beber da mesma fonte. A fonte do amor que nasceu ali. Durante o namoro puderam viver a melhor época da nossa música os anos 60, participando de grandes festas com os águias de Pombal, Os Jovens de Patos, Uirapuru Zimbo de Sousa e outros. A música preferida do casal é Nosso Juramento.
O casamento Religioso e Civil ocorreu na Igreja Matriz do Bom Sucesso, sendo oficiantes o Pe. Solon Dantas de França e o Juiz da Comarca Dr. João Targino Filho, tendo como testemunhas: Marcos Antonio Vieira e Josenice Martins, Maurício Bandeira de Sousa, Mauricio Bandeira Neto e Francisco de Assis Freitas com suas respectivas esposas.
Professor Vieira aqui vai minha homenagem - felicito você e família por esta dupla comemoração. Agradeço a valiosa colaboração de parceiro e escritor que você é do nosso Portal Clemildo, Comunicação e Rádio, desejo-lhe muita saúde e sucesso na vida.
FELIZ É UM AMIGO DE INFÂNCIA COM ANIVERSÁRIO EM DOSE DUPLA.
MEUS PARABÉNS!
*RADIALISTA.
Contato. brunetco@hotmail.com
ANIVERSÁRIO EM DOSE DUPLA DE UM AMIGO DE INFÂNCIA!
Reviewed by Clemildo Brunet
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7/08/2009 01:51:00 AM
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