CÂNCER - JÁ NÃO ASSUSTA TANTO!
Clemildo Brunet (Foto) |
É raro hoje não se ter no seio das famílias uma pessoa que não seja acometida de câncer. Antigamente aterrorizava as pessoas de tal modo que quando se referia a esse tipo de enfermidade, se dizia: Fulano está com aquela doença! Procurava esconder dos parentes e dos amigos. Ainda hoje se registram casos de pessoas que por medo ou vergonha deixam a endemia se alastrar e de repente vão a óbito. A família e os amigos só tomam conhecimento depois.
A ciência avançou muito e o câncer nos dias atuais é uma doença tratável caso seja diagnosticada a tempo em sua fase inicial, pois a endemia recebendo cuidados clínicos e bem acompanhada, gera qualidade de vida no paciente. Veja bem:
Muitos anos A.C. a Bíblia relata que o rei Jeorão de Judá, foi acometido de uma doença terrível. Diz o texto bíblico: “Depois de tudo isto, o Senhor o feriu nas suas entranhas com enfermidade incurável. E aumentando esta dia após dia, ao cabo de dois anos, saíram-lhe as entranhas por causa da enfermidade, e morreu com terríveis agonia”... 2 Crônicas 21:18 e 19. Quando li esse texto a primeira vez fiquei impressionado com o relato e imaginei que esta enfermidade só poderia ser câncer.
Câncer de que estamos falando segundo Aurélio, é a designação genérica de qualquer tumor maligno (q. v.); blastoma maligno, neoplasma maligno. Lentamente o câncer se instala na pessoa, as células do corpo humano sofrem os efeitos que provocam mudanças em alguns de seus genes. Nesse meio tempo as células se encontram, geneticamente alteradas, mas não é possível ainda se detectar clinicamente um tumor, encontram-se preparadas ou iniciadas para avançar para um segundo estágio.
Vêm então, os oncopromotores agentes que atuam na célula alterada que tendo sido iniciada, se transforma em célula maligna de modo lento e gradual. Para essa ocorrência de transformação é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. Muitas vezes os agentes promotores registram o processo de suspensão nesse estágio e só reaparecem provocados por causas e efeitos manifestos em alguns tumores. A nicotina contida no cigarro é a mais conhecida aumentando em 12 vezes as chances de câncer de pulmão.
O terceiro e ultimo estágio ocorre com a multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Aí o câncer já está instalado e evolui até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. É fato que em nosso organismo existe mecanismo de defesa natural protegendo as agressões advindas de diferentes agentes entrando em contato com estruturas divergentes. No decorrer da vida, produzem-se células alteradas, e o mecanismo de defesa faz com que haja interrupção do processo, com sua eliminação ulterior.
R7 Notícias - publicou esta semana a informação que um estudo feito com moradores de uma remota aldeia do Equador, entre pessoas que têm níveis geneticamente baixos do hormônio do crescimento revelou poucos casos de câncer e diabetes. Segundo os pesquisadores, esses moradores têm a síndrome de Laron, uma deficiência em um gene que impede o organismo de usar o hormônio do crescimento, fazendo com que o tamanho do corpo seja muito pequeno.
A equipe liderada por Valter Longo, da Universidade da Califórnia do Sul e Jaime Guevara-Aguirre, endocrinologista, acredita que os baixos níveis do hormônio do crescimento desempenharam um papel, pois ambos os grupos viviam em ambientes semelhantes e similares fatores de risco genéticos.
No estudo, a equipe examinou o sangue dos pacientes no grupo de Laron e descobriu duas diferenças. Ele protegeu o DNA contra agentes causadores de câncer, e rapidamente matou as células danificadas antes que eles pudessem se transformar em câncer, explica Longo. A equipe também descobriu que as pessoas no grupo de Laron tinham maiores níveis de sensibilidade à insulina, o que poderia explicar como eles resistiram ao diabetes, apesar de terem níveis de sobrepeso e obesidade um pouco maiores.
Diante disso, Longo disse que o estudo sugere que o uso de drogas para reduzir os altos níveis do hormônio do crescimento pode ajudar a reduzir o risco de câncer e diabetes. A equipe acompanhou cerca de 100 pessoas com a síndrome, e 1.600 parentes de tamanho normal em cidades próximas. Eles detectaram que, em mais de 22 anos, não houve casos de diabetes e apenas um caso de câncer, que foi curado, entre o grupo de portadores da síndrome. Entre os familiares, cerca de 5% desenvolveu diabetes e 17% desenvolveram câncer.
Na verdade para pessoa que visita o médico e toma conhecimento que está com câncer não é fácil, pois é natural pensar que isso só acontece com os outros, depois fica conformado e procura conviver com a doença, afinal, é só lembrar que não estamos aqui pra semente. Câncer – Já não assusta tanto!
Pombal, 18/02/2011.
RADIALISTA.
Contato: brunetco@hotmail.com
Twitter @clemildobrunet
Web. www.clemildo-brunet.blogspot.com
CÂNCER - JÁ NÃO ASSUSTA TANTO!
Reviewed by Clemildo Brunet
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2/18/2011 08:33:00 PM
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