COMENTÁRIO DE JERDIVAN SOBRE PROFESSOR GUIMARÃES
Jerdivan N. Araújo |
Cesário,
Já escrevi a respeito do Professor Guimarães, de quem fui aluno. Quando escrevo a respeito de um personagem das ruas de Pombal, eu apenas busco nas minhas memórias fatos que não venham a agredir a memória do personagem, mesmo por que devemos respeito a sua descendência.
Também não faço juízo de valores de personagens, pois sempre acreditei que a histórias deve ser analisada e contada ao seu tempo, no entanto, devo lembrar que até o final dos anos sessenta a palmatória era instrumento comum nas salas de aulas, principalmente as “particulares”. A rigidez do Professor Guimarães não era diferente do método utilizado por Dona Anita ou Dona Marinheira. Os pais sabiam dessa forma de educar que, não sendo convencional, era regra em todo o Brasil.
Tenho uma amiga nos correios, que ocupa cargo na alta diretoria, por tanto, como você e Quenildo e eu, bem sucedidos na vida profissional, que na semana que passou nos trouxe a palmatória que sua mãe, professora em Várzea, utilizava na sala de aula.
Lembro que certa vez eu li um texto de Celso Furtado que dizia “ nada me assustava mais do que aquela palmatória que balança ao vento bem a minha frente”, ele se referindo aos seus primeiros contatos com a educação. Portanto, não vejo demérito em um educador, até final dos anos 60, ter se utilizado da velha palmatória ao tempo em que comemoro a sua aposentadoria.
Sei quê o que você questiona no texto de Quenildo não é a palmatória, mas, um assunto que, por não ter subsidio, não me cabe comentar.
Quem primeiro resgatou a memória do velho professor, em texto, creio que fui eu. Naquele momento Quenildo me passou uma e-mail comentando os fatos depois por ele relatado, dos quase eu não tinha conhecimento e tampouco interessava a minha “literatura”.
Respeito a opinião dos dois e até dos três ao incluir o nosso Paulo Abrantes e acho, que o melhor que podemos tirar dos escritos, tanto por mim como por vocês três, é o resgate da memória de um personagem que foi importante para a nossa cidade.
A história são fragmentos que se reconstrói passo a passo e através dos debates. Em momento algum podemos nos arvorar donos da verdade pois, de uma forma ou de outra ela um dia aparece. Torço, pela admiração que sempre tive pelo velho Professor, que Quenildo esteja errado e você certo, mas se for ao contrário, não podemos ser “Palmatória” do mundo, pois, em cada mente humana existe um ser único e, por vez, misterioso que não se revela facilmente.
Ao rebater as “informações” de Quenildo você nos trouxe mais informações a respeito do Velho mestre ,e mais do que isso, me revelou, como foi o primeiro texto seu que eu li, que você tem memórias das ruas de Pombal a ser revelada e deve vez, por outras, nos trazer em forma de textos.
Abraços.
JerdivanJerdivan Nobrega de Araújo
COMENTÁRIO DE JERDIVAN SOBRE PROFESSOR GUIMARÃES
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/30/2011 05:53:00 PM
Rating:
Nenhum comentário
Postar um comentário