FASE, CICLO E CRISE...
Genival Torres Dantas |
O Aurélio define muito bem esses três estágios, entretanto, quando tratamos de economia muitas vezes há uma colisão nas etapas. No momento atual verificamos que estamos sendo sacudidos por uma crise mundial cuja fase de interpretação é de difícil acerto, exatamente pelo ciclo de transformações que está passando as economias administradas pelo capitalismo selvagem, neo-socialismo, e as antigas cortinas de ferro, dentre elas a China.
O que está ocorrendo na Europa não é exatamente uma fase ou uma crise, mas estamos chegando no fim de um ciclo que entra num processo falimentar. O velho continente está com seus recursos naturais escassos, novos conceitos políticos não estão dando certo com os superados sistemas administrativos na vida pública, tão debilitada quanto a vida privada daquela gente. É preciso mudar tudo, entender que é hora de procurar novos rumos, para tanto há a necessidade de se curvar as novas formulas que ainda não estão expostas.
O jovem continente americano peca na execução de seus projetos, quando procura se impor com seu protecionismo, principalmente, querendo manter sua indústria bélica na ativa, alimentando guerras que nunca deveriam ter começado, construindo discórdias entre nações em troca do lucro exacerbado das munições, se esquecendo que a falácia da sua economia prede-se exatamente a essa prática do exercício do comercio insustentável para os novos tempos, já não há espaço para determinadas mentalidades ou vícios de conceitos. O mundo mudou, todos os povos vão ter que mudar, não há mais espaço para mentes retrogradas ou personalidades voltadas para a destruição coletiva pela obtenção do lucro vergonhoso.
Na Ásia, a raça amarela tem mostrado que estão superando essa fase de produção reduzida, amparada a anos anteriores, mas, mantida em patamares elevados. A china, tem buscado alternativas viáveis, com absoluto sucesso, os chineses estão dando um novo rumo ao seu comercio, transformando navios em verdadeiras industrias para fabricação de vestuário, calçados, e outros. Esse comportamento tem aliviado a carga de custos, principalmente na mão de obra e transporte, fazendo que o custo final dos seus produtos seja inferior ao custo dos seus concorrentes e viabilizam a venda para o mercado externo dos produtos produzidos naquele país. Essa é apenas uma das muitas formulas encontradas por eles para alavancar suas vendas, demonstrando que a economia de escala é uma meta a ser seguida por todas as nações, pois, a competitividade se faz necessária dentro de qualquer segmento de mercado.
O Brasil, país que faz parte do Brics, está fadado ao insucesso se não mudar o destino de sua política monetária, mantendo os juros altos, inviabilizando o consumo interno, e com a nossa moeda forte, muito forte, torna proibitiva nossa exportações, estrangulando todo sistema produtivo do nosso país. Além disso, temos que tratar nossas reservas naturais com maior responsabilidade, nesse caso não compete apenas ao governo, todos nós temos nossa responsabilidade, temos que cuidar do que é nosso, o Brasil é nosso, nossa responsabilidade é enorme, pois, se assim não agirmos, vamos deixar um país dilapidado, em nossas reservas, inabitável, para os nossos filhos, netos e bisnetos.
O Brasil efetivamente precisa mudar, principalmente sua política, fazendo prevalecer sua leis, não precisar criar outras, os integrantes do executivo realmente executem uma política séria, uma administração com distribuição de recursos equitativamente as necessidades e destino certo, sem desvios de conduta ou de rota. Com o nosso executivo forte, sério, honesto, e os nossos eleitores orgulhosos de seus representantes no Congresso. E que o Judiciário julgue, simplesmente, com justiça.
*Escritor pombalense e empresário em Navegantes - Santa Catarina.
FASE, CICLO E CRISE...
Reviewed by Clemildo Brunet
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4/03/2012 04:24:00 AM
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