Timóteo ia gravar hino contra a ditadura (e até hoje não sabe)
Escrito por Bruno Hoffmann
Otacílio Trajano |
Enviado por Otacílio Trajano:
Caro amigo/irmão Clemildo
estou lhe enviando um registro histórico dos tempos de CHUMBO em nosso Brasil;
é um texto sensacional escrito por Bruno Hoffmann e que encontrei em meus
guardados e por hoje 25 de outubro é o dia da democracia veja acredito valer o
registro em seu blog.
Agradeço as postagens feitas
por você no "face" com o meu depoimento embaixo da ponte e a musica
(IRMANDADE DO ROSÁRIO) que compus para o nosso grupo folclórico pombalense que
lhe mostrei em sua casa e
Abração - Otacílio Trajano -
Alô, Alô atenção publico
escutador do LORD AMPLIFICADOR (EM
POMBAL) minha mãe parideira e atenção, muita atenção dileto público ouvinte
da NORTE PUBLICIDADES RADIOFÔNICAS – NPR
– está localizada na zona sul em Cajazeiras terra que aprendi amar e adorar
logo que cheguei e a tenho como uma segunda mãe; sou cajazeirado 100%. Êita
prefixo grande da gota serena!!!
Distintos leitores
candeeiristas o espaço CIBERNÉTICO que mostra a informação – seja ela qual for
– sem maquiar a notícia. E ainda as gaiatices contadas por uma tropa de elite
que alegra até aqueles que vivem ou passeiam na gélida Cibéria. Também postadas
pelo editor Dirceu Galvão um verdadeiro varejador de presepadas e informações
importantes não poderia ser diferente.
Sem mais “arrodeio” – mas é
boa a explicação: hoje o calendário assinala como o dia democracia; e em meus
guardados achei esse texto sensacional escrito por BRUNO HOFFMANN.
Timóteo
ia gravar hino contra a ditadura (e até hoje não sabe)
Escrito por Bruno Hoffmann
25 de
outubro - dia da democracia
Durante a ditadura militar
(1964-1985), os compositores considerados subversivos eram vigiados de perto. O
principal recurso para burlar a censura era abusar das metáforas e contar com a
pouca inteligência dos censores – o que costumava dar certo.
Em 1972, porém, Paulo César
Pinheiro resolveu escancarar ao escrever Pesadelo, em parceria com Maurício
Tapajós. A canção ia direto ao ponto: Você corta um verso / Eu escrevo outro /
Você me prende vivo / Eu escapo morto. “Propus a Maurício um canto de guerra.
Uma canção em que não usássemos metáforas, em que disséssemos claramente o que
pensávamos, sem subterfúgios, sem firulas, sem máscaras”, Paulo explica no
livro História das Minhas Canções.
O MPB4 prometeu gravá-la
caso fosse aprovada, mas o grupo sabia que era quase impossível passar pelo
crivo dos censores. Não contavam com uma artimanha de Paulo César Pinheiro:
enviar a música para análise na pasta das músicas de Agnaldo Timóteo, que fazia
parte da mesma gravadora – os cantores considerados românticos recebiam
aprovação quase automática. Pesadelo voltou liberada e sem cortes. E dizem que
Timóteo nunca soube da história.
A canção ganhou os shows do
MPB4 e tornou-se um dos hinos de resistência durante os anos de chumbo. Até
combatentes da Guerrilha do Araguaia a cantavam na selva para manter o moral
elevado
Bruno
Hoffmann
Timóteo ia gravar hino contra a ditadura (e até hoje não sabe)
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/25/2012 07:06:00 PM
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