Quando Reagir é Preciso
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Além das festividades
juninas em todo nordeste brasileiro, junho está sendo marcado por uma agitação
das massas, principalmente dos jovens estudantes que estão refratários aos
reajustes dados pelas prefeituras, no transporte coletivo, para locomoção
urbana. Se considerarmos os índices aplicados não há razão para a insatisfação
que anda sendo gerada principalmente nas grandes cidades, eles refletem um
percentual menor que a inflação do período aplicado. Essas manifestações, localizadas,
tem trazido confusão e
insegurança pública, além de tumulto generalizado
vitimando, muitas vezes, pessoas inocentes.
Essa prática não é boa para
o nosso país que atravessa um estágio democrático de longo tempo de período
contínuo já registrado na história democrática nacional, outros setores podem
aproveitar a oportunidade e entrar na onda da desordem apenas para tumultuar um
quadro sem motivos justos para atitudes impensadas.
Como consequência direta, já
se verifica a popularidade da Presidente Dilma Vana Rousseff começa
a cair, a base aliada ao governo já se manifesta em defesa dos seus interesses
e em apoio ao sistema que se degrada por outros motivos justos, dentre eles
destacamos alguns aspectos que consideramos relevantes para o equilíbrio entre
os setores da sociedade.
Na política a credibilidade
junto à opinião pública inexiste, aqui podemos imputar a insatisfação
generalizada, tanto para a situação como para a oposição, mesmo assim a
Presidente Dilma continua sendo apontada como a principal candidata ou
candidato a ser aleito no próximo pleito no primeiro turno, sem necessidade de
uma segunda etapa, muito embora os números tem mostrado uma folga menor que os
resultados das pesquisas anteriores, ficando o senador Aécio Neves da Cunha (PSDB/MG)
em segundo lugar; a postulante a candidata, com seu partido em formação, Maria Osmarina Marina Silva Vaz
de Lima
(Rede Sustentabilidade/AC) em terceiro lugar, e o governador de Pernambuco, Eduardo Henrique Accioly
Campos (PSB/PE), em quarto lugar.
Esses números referem-se apenas aos candidatos com cogitações na busca da
candidatura, sem, entretanto, ter nada oficial, apenas conjecturas lançadas
pelos seus respectivos partidos e correligionários, procurando abrir espaço
político para seus líderes.
Na economia a situação é
mais tensa, tanto pelos últimos índices, que chegam ao público, como pela
incoerência e inconsistência nas informações dos responsáveis pela área
econômica do governo que insiste em informar da tranquilidade e equilíbrio no
setor, principalmente nas contas públicas e o controle da inflação, quando
todos nós sabemos que o quadro é simplesmente desmotivador, desolador e
preocupante, gerando desconforto e constrangimento àqueles que trabalham para
manter o assunto fora da especulação financeira.
Os dependentes químicos,
principalmente os usuários do crack, continuam a desafiar as autoridades
sanitários e policiais, gerando uma situação de insegurança nas comunidades
nunca vista antes, somos vítimas do agressivo comportamento dos viciados,
dependentes, que tudo fazem para levantar dinheiro e sustentar o vício, mesmo
que para essa finalidade tenham que tirar a vida de pessoas próximas, como
pais, avós e outros parentes, não se importando, porém, com a possibilidade de
assaltar e matar qualquer uma outra pessoas para atingir o seu objetivo que é
alimentar seu vício, e assim vamos convivendo com essa calamitosa situação de
pavor, principalmente no entorno das cracolândias, ambiente de deposito humano
em estado de penúria.
A saúde pública precisando
de vários leitos de UTIs não para seus pacientes, mas para sua própria
internação, pois, ela, a saúde pública, está acometida de um mal composto do
descaso e negligência em decorrência da falta de prioridades por parte dos seus
gestores.
A educação numa sofreguidão
terrível, constroem-se prédios para novas universidades, as UniEsquinas da
vida, apenas para agradar a visão e massagear o ego dos mal informados, com a pomposidade
e o luxo desnecessários, mas não preparam professores para o desempenho da
função meritória que o educador merece, nem mesmo equipam escolas como os novos
tempos exigem para a preparação do discente que irá comandar o Brasil do
futuro.
A nossa indústria sucateado
sente o desenvolvimento de outros parques industriais de países com menor
potencial que o nosso se despontando como grandes geradores de riquezas, e nós
atravancados pelo descaso, não conseguindo ter competitividade internacional
graças a nossa logística deficitária e dramática nos transportes rodoviário,
ferroviário e aeroportuário.
São situações que devem ser
obervadas com a competência dos gestores com visão futurista, não fazendo o
mesmo que foi feito por administradores passados e esperando resultados
diferentes, é preciso ter coragem para inovar e fazer, trancar a torneira das
despesas públicas, fechar os ralos da corrupção por onde se esvai a substancial
arrecadação dos nossos impostos que sangram 1/3 do nosso PIB. De atitudes
pontuais é o que precisamos e não discursos evasivos tentando enganar a
consciência dos angustiados sofredores trabalhadores da nossa nação como se
eles fossem pobres diabos.
*Escritor e Poeta
Quando Reagir é Preciso
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/13/2013 04:52:00 PM
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