Começo do fim do embargo cubano
Genival Torres Dantas |
Genival Torres Dantas*
É
insofismável a vitória da Democracia, a ausência de vaidade e a simplicidade
nas ações dos homens que negociaram essa histórica retomada nas negociações,
com inicio imediato, para o final das restrições impostas pelos EUA, com
bloqueio econômico à República de Cuba, ou simplesmente Cuba, há quase 53 anos.
Cuba
e suas quase 1500 ilhas conseguiram se livrar do domínio Espanhol no século XIX
e
ficaram sob o domínio americano desde o começo do século XX até inicio dos
anos 1960, quando a revolução interrompe essa fase e recria uma nova história
para aquele país, implantando o regime socialista, único na nossa América.
O
castigo imposto pelo governo americano, desde o presidente John Fitzgerald Kennedy
(1961/1963), sem interrupção até os dias de hoje, causando prejuízos
financeiros de US$ 1,1 trilhão ao longo desse período.
Mesmo assim, a ilha com todas as dificuldades que as limitações econômicas lhe
impuseram, soube se manter com dignidade, ocupando a 44ª posição do IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano), inclusive, estando à frente do Brasil que ocupa um
modesto 79° lugar, com toda ostentação econômica que mantemos. Com a quebra e o
fim da União Soviética, e a ausência dos aportes financeiros do comando
comunista a partir do inicio dos anos 1990, Cuba sofreu muito com essa aliança
e entrou em recessão, mantendo-se do comercio da produção de açúcar e álcool.
Com saúde debilitada, o ditador cubano Fidel Alejandro Castro Ruz passa o cargo de
presidente, ditador, ao seu irmão Raúl Modesto Castro Ruz, esse
começa uma administração voltada para abertura comercial, apesar das restrições
mantidas, como o acesso à internet, meios de comunicações em geral, fortes
controle da imprensa, superada apenas pela China, mania do comunismo e seus
receios da perda dos controles e do poder. Com uma população próxima dos 12
milhões de habitantes, essa nação soube se manter à frente de muitos países,
tanto na educação como na saúde, exemplo que devia ser seguido pelo próprio Brasil
cujo regime é admirado e apoiado, economicamente, pelos nossos governantes.
Essa nova situação teve o apoio de
um dos maiores líderes mundiais da atualidade, o Papa Francisco, trabalhou em
silêncio e segredo, para que essa realidade se realizasse, com forte atuação de
convencimento, junto aos dois presidentes, e reconhecido por eles, Barack
Hussein Obama e Raul Modesto Castro Ruz, EUA e Cuba, respectivamente. O anúncio
feito ao mundo pelos dois políticos representou um presente ao Papa Francisco,
no dia (17), dos seus 78 anos e ao mundo, como uma antecipação natalina,
principalmente ao mundo Democrata, que se regozija com a quebra de elos e
liberdade das amarras que continha o país cubano.
Além desse fato, a sensação que
temos é do fortalecimento da Democracia que acompanha o restabelecimento da
economia americana e a nova postura na política internacional dos EUA, para
tristeza e desespero dos desafetos comunistas que destilam ódio, ranço e
desprezo pelas ações capitalistas e humanitárias da terra do Tio Sam, e veem a
Rússia mergulhada em nova bancarrota, com sua moeda despencando no mercado
internacional, e sua economia na mais profunda recessão depois do inicio dos
anos 1990. Isso é um fato!
*Escritor e Poeta
Começo do fim do embargo cubano
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/19/2014 05:08:00 AM
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