Desesperança em pleno reinado de Momo
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Janeiro/2016 já é passado, estamos
começando fevereiro de forma calamitosa, a situação foi deflagrada pelos
números e, noticias divulgada durante toda semana. Estamos colhendo exatamente
o que plantamos nos últimos cinco anos longe da meta de 4,5% do IPCA, idas e
vindas sem ter nenhum benefício na economia, contradições encontradas nos
anúncios e
Segundo o IBGE o IPCA de janeiro ficou
em 1,27%, o mais alto índice desde 2003, empurrando as previsões de inflação,
para esse ano, para patamares maiores, sufocando toda crendice numa melhora nos
nossos números, um desafio assustador para um país que vive uma situação de
penúria total, tendo uma economia fraca, uma indústria quebrada e sucateada,
sem condições de concorrer com a indústria mundial que se encontra em situação
privilegiada pela cobertura dada pelos seus governos de origens; um mercado de
trabalho em queda livre, mais trabalhadores somam-se aos já demitidos no ano
anterior; juros estratosféricos inibindo qualquer empresário a buscar recursos
no mercado financeiro para expansão ou mesmo manutenção do seu negócio. Atado
aos nós do paradoxo que vivemos somos todos reféns da burrice, do despreparo e
da falta de critérios na gestão de uma política de governo decrépita, mal
conduzida e sem nenhum horizonte pela frente.
O que mais impressiona é esse mesmo
governo continuar com sua propaganda institucional, falando de um futuro
próximo de sucessos e abundancia, clamando todos para uma corrente de forças,
objetivando a superação do atual momento da nação. Chega a ser triste e
melancólico perceber que o governo não acredita no seu despreparo, confiança do
povo na sua gestão e debilidade administrativa, ou acha que somos todos filhos
da idiotice que permeia os labirintos dos palácios e edifícios locados na praça
dos três poderes onde está a grande maioria de assessores sem nenhuma função
que justifiquem a soma de salários que sangram mensalmente a mãe Pátria,
deixando-a cada vez mais desfigurada e mórbida, tão definhada que assusta
qualquer filho sua, por mais desamoroso que seja.
A ausência de acuidade para sentir o
clima de desconfiança e repulsa no entorno das suas ações é sinceramente
desnorteante, não há substrato que possa elevar o nível da desonra e
desfaçatez, agora os holofotes se voltam ao núcleo da administração petista. O
grande líder político do PT, ele é a própria sigla e significa todo o capital
político do partido situacionista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
esse agora é a bola da vez, será chamado para depor não mais como testemunha,
mas, como investigado. Não é para ser comemorado, pois, trata-se de uma figura
extraordinário que soube agir com determinação e firmeza quando na Presidência
da República lutou bravamente pelo social e na sua gestão houve muitas melhores
para os desassistidos e de poucos recursos; ampliou projetos, unificou outros e
melhorou a
vida de muitos. Entretanto, não soube
brecar a gula de muitos que aproveitando da oportunidade, até da sua amizade a
República foi trágica e covardemente dilapidada por aqueles que aboletados em
cargos ou posições de confiança se portaram no papel do lesa pátria.
Sou da opinião que, quem quer que seja
estando errado tem que ser investigado, seja ele quem for, porém, para ser
honesto e imparcial, está na hora da polícia ou justiça, até mesmo ambos,
procurem investigar elementos fora do núcleo petista e seus aliados. O senador
Aécio Neves (PSDB/MG), já foi citado por delatores mais de uma vez, é preciso
que se aprofunde nas investigações para que ele seja julgado, condenado ou
inocentado, trata-se de um político da oposição com profundo respeito da
opinião pública, ele mesmo, tinha que vir a público e exigir esclarecimentos
para o seu caso, pondo fim a uma situação que está ficando insustentável para a
oposição. É preciso que se faça justiça, chega de usar a Democracia para
descriminar pessoas ou setores.
Precisamos sair desse clima de
desconfiança nas instituições e pessoas, para isso é preciso que tenhamos
posições firmes e fazermos escolhas criteriosas, pois, se continuarmos errando
continuaremos a eleger bandidos para nos representar no setor público, é
preciso ter consciência e admitirmos nossas falhas, fazermos uma reflexão, e
não continuar errando como antes. Sejamos conscientes, livres e de bons
costumes, escolhendo os melhores para nós, independentemente de ideologia ou
partidos políticos, esses representam menos que os homens, esses refletem
nossos pensamentos.
*Escritor e
Poeta
genival_dantas@hotmail.com
Desesperança em pleno reinado de Momo
Reviewed by Clemildo Brunet
on
2/06/2016 08:02:00 AM
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