Nossos comerciais, por favor!
João Costa |
João
Costa*
Para sua consideração – Da série: os
reclames atuais e o efeito manada. É notável a formação humanística dos
publicitários nativos, daí peças de comerciais bem humoradas; algumas,
inesquecíveis. O meu palpite é que eles, os publicitários, sabem como manejar
com suposta expertise, o “efeito manada” com peças de puro nonsense para quem
tem algum sentimento humanitário e
de inegável terror político-ideológico para
segmentos sociais engajados neste momento de vale-tudo.
Parece até que as peças publicitárias institucionais,
não escondem mais o viés ideológico, se isso é possível na propaganda. A do TSE
sobre o cadastro biométrico é um primor de ameaça. “Se a pessoa não se
cadastrar para votar – que é obrigatório, poderá perder benefícios sociais ( as
mulheres pobres), não poderá tirar passaporte nem fazer concurso público”,
arrastando com uma única e escassa tacada a classe média. Algo que não é
difícil para um segmento apavorado com a inclusão social.
Escutei um reclame pelo rádio do
Tribunal do Trabalho, uma obra prima do preconceito contra as pessoas pobres,
bem ao estilo das elites paulistas. Diz, mais ou menos assim, o tal reclame.
“Não dê esmolas para crianças, pois elas também são usadas (no caso pelas mães)
para o recebimento de benefícios sociais”. Daí a proliferação de pobres no
mundo, suponho. Na base do convencimento que as mulheres pobres estão
engravidando, não pelo fato da necessidade da reprodução natural – por amor,
inclusive, mas para o recebimento de R$ 80,00
do Programa Bolsa Família. Aí segue a assinatura da campanha, o TST e algumas
Ongs(êpa!)
Nossos comerciais, por favor! Diria
Flávio Cavalcanti. Sem os institucionais, também faz o favor.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Nossos comerciais, por favor!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
2/19/2016 07:52:00 AM
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