CARMA E DARMA
Severino Coelho Viana |
Por
Severino Coelho Viana*
A nossa vida se compõe de atos
praticados, quer sejam do bem, quer sejam do mal. O resultado vem em
decorrência desses atos. No entanto, quando recebemos um resultado negativo,
imediatamente, olhamos para o céu e o reclamamos como um castigo Divino. Neste
caso, não adianta encontrar o castigo Divino, deveria olhar para dentro de si
próprio e verificar os seus atos praticados que seria bem mais fácil localizar
o resultado negativo que lhe foi imposto pela lei da natureza. Já acontecendo
um fato recompensatório, logo agradece a Deus pelo milagre recebido. Deus está
nos dois polos das extremidades. Esquecendo o que sua mente pensa, seus olhos
veem, sua boca fala e sua mão pratica.
É a lei da causa e
efeito. Por conta
dessa lei do CARMA E DARMA – VAMOS APRENDER:
Carma ou karma (do sânscrito कर्म, transl.
Karmam, e em pali, Kamma, "ação") é um termo de uso religioso dentro
das doutrinas budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pela
Teosofia, pelo espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New
Age, para expressar um conjunto de ações dos homens e suas consequências. Este
termo, na física, é equivalente a lei: "Para toda ação existe uma reação
de força equivalente em sentido contrário". Neste caso, para toda ação
tomada pelo Homem ele pode esperar uma reação. Se praticou o mal então receberá
de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem
então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado.
Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião discutida, este termo pode
parecer diferente, porém sua essência sempre foca as ações e suas
consequências.
Darma significa “proteção”. Praticando
os ensinamentos de Buda, podemos nos proteger de sofrimentos e problemas. Todos
os problemas que temos ao longo da nossa vida originam-se na ignorância e o
método para eliminar a ignorância é praticar o Darma.
Praticar o Darma é o método supremo para
aperfeiçoar a qualidade da nossa vida humana. Qualidade de vida não depende de
progresso material ou de progresso externo, depende, sobretudo de
desenvolvermos paz e felicidade interiores.
Por exemplo, muitos budistas viveram em
países pobres e subdesenvolvidos e, apesar disso, foram capazes de descobrir
uma felicidade pura e permanente por meio da prática dos ensinamentos de Buda.
Se incorporarmos os ensinamentos de Buda
em nossa vida diária, seremos capazes de resolver todos os nossos problemas
cotidianos e assim chegaremos a ter verdadeira paz mundial. Sem paz interior, a
paz exterior é impossível.
Se primeiro estabelecermos paz interior
em nossa mente por meio dos caminhos espirituais, a paz exterior acontecerá
naturalmente; mas, se não fizermos isso, a paz mundial nunca será alcançada,
mesmo que muitas pessoas trabalhem em prol dela.
Nesta lição aprenderemos sobre duas leis
superiores, as leis de carma e darma, sendo muito importante entender como
essas leis funcionam para que possamos saber o que fazer para conduzir nossas
vidas com mais sabedoria.
Qualquer ato, seja este bom, seja este
mal, tem a sua consequência. Se praticarmos o bem a consequência será boa para
nós, se temos uma má conduta as consequências serão ruins.
Não existe efeito sem causa e nem causa
sem efeito.
E para julgar nossas ações existem seres
de consciência totalmente desperta, que são os responsáveis para levar a cabo
este trabalho.
Estes seres constituem o Tribunal da
Justiça Divina, fundado na lei universal, cuja função é pesar nossas boas e más
ações e aplicar de forma justa a sentença e a consequência dos nossos atos.
O Tribunal da Justiça Divina.
Na história antiga do Egito explica o
funcionamento deste Tribunal Divino.
Esse Tribunal é formado pelo regente
Anúbis e seus 42 juízes.
Nas pirâmides do Egito foram encontradas
várias ilustrações do Tribunal da Justiça Divina.
Nestas ilustrações o regente Anúbis é
representado por um homem com a cabeça de chacal e os 42 juízes são simbolizados
por diversos animais. Anúbis, na tradição egípcia, é o juiz que pesa o coração
dos mortos e aplica a pena correspondente.
A Lei Divina tem como base a justiça e a
misericórdia. A justiça sem misericórdia é tirania. A misericórdia sem justiça
é tolerância, complacência com o erro.
Se ao pesar nossas ações em uma balança,
o prato das boas ações estiver mais pesado o resultado será um Darma, que é uma
recompensa pelas boas obras que fazemos.
O Darma (do sânscrito Dharma) significa
também realidade ou ainda virtude.
Se ocorrer o contrário, se o prato das
más ações estiver mais pesado, o resultado será um Carma para nós, ou seja,
sofrimento, dor, adversidades, etc.
A palavra de origem sânscrita Karma
significa ação. Podemos entendê-la como lei de ação e consequência.
Se as coisas boas acontecem com você
continue praticando os bons atos; mas, se as ruins estão sempre se repetindo
para o seu lado, mude o seu estilo de vida e sua maneira de agir ante os fatos.
João
Pessoa – PB, 28 de julho de 2016.
*Escritor
pombalense e Promotor de Justiça em João Pessoa - PB
CARMA E DARMA
Reviewed by Clemildo Brunet
on
7/28/2016 09:16:00 AM
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