NA HORA DE SERVIR A CHAMPANHA, O GARÇOM SEMPRE VAI PASSA BATIDO PELO POBRE, O NEGRO, O HOMOSSEXUAL, O ÍNDIO OU QUAISQUER OUTROS QUE QUEIRAM FREQUENTAR OS SALÕES DA DIREITA
Nos dias loucos de hoje, onde as
informações que correm nas redes sociais, não necessariamente precisam de uma
fonte, cabendo o ônus de identificar tratar-se de boato ou verdade ao
consumidor da informação, os termos ”direitos” e “esquerdos” vêm sendo
utilizados para qualificar ou desqualificar a postura político-ideológica de
uns e de outros.
O problema é que, na maioria dos
casos, os debatedores empregam mal essas expressões, por não conhecerem a carga
ideológica que elas comportam, e também raramente sabem em que contexto elas
surgiram.
Os mais apaixonados, e que são
também os que menos leem, preconizam e até torcem pelo fim da “esquerda”, o que
é um estupro a própria história da riqueza e
Acreditam os que pregam o fim da
esquerda que é viável existir uma sociedade de um pensamento ideológico único.
Não sabem eles que isso já existiu e se chamou Nazismo: doutrina do
nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler na Alemanha e o Fascismo na
Itália, implantado pelo Benito Mussolini.
A Esquerda é uma contraposição ao
pensamento de direita. Nesse contexto político social e da exploração dos bens
naturais e comuns do planeta, é uma necessidade a existência desses ideais e
pensamentos divergentes e sociologicamente opostos, que vão garantir a
sobrevivência da humanidade no planeta e o mínimo direito aos excluídos em
todos os termos.
Os ideais da esquerda implicam em
apoio a uma mudança social com o intuito de criar uma sociedade mais
igualitária, e a exploração racional do planeta.
O termo surgiu durante a Revolução
Francesa, em referência à disposição dos assentos no parlamento; o grupo que
ocupava os assentos da esquerda apoiavam as mudanças radicais da Revolução,
incluindo a criação de uma república e a secularização do Estado. Um conceito
distinto de esquerda política originou-se com a Revolta dos Dias de Junho em
1848: o estabelecimento de uma nova oposição política na Europa.
Os organizadores da Primeira
Internacional se consideravam os sucessores da ala esquerda da Revolução
Francesa. O termo esquerdista passou a definir vários movimentos
revolucionários na Europa, especialmente socialistas, anarquistas e comunistas.
O termo também era utilizado para descrever a social democracia e o liberalismo
social (diferente do liberalismo econômico, considerado atualmente de direita).
Já a “Direita” é o termo geralmente
utilizado para designar indivíduos e grupos relacionados com partidos políticos
ou ideais considerados conservadores (em relação aos costumes) ou liberais (em
relação à Economia), por oposição à esquerda política.
Deve a sua designação ao fato de,
nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789 Revolução Francesa), os
monárquicos, que apoiavam o Antigo Regime, tomarem o lugar à direita do rei.
Com o tempo, o sentido de direita e esquerda foi-se relativizando para se
tornar mais adequado às ideologias comparadas e ao ponto de vista de quem usa
tais termos.
O termo refere-se geralmente ao
conservadorismo e ao liberalismo na sua faceta econômica de livre mercado (que
abrange desde o liberalismo clássico ao libertarianismo). A partir do século XX, o termo
extrema-direita passou também a ser utilizado para o fascismo, bem como para
grupos ultranacionalistas.
Ser de esquerda, muito embora seja confundindo com Comunismo e
Socialismo por desavisados, é defender a formação de uma sociedade racional,
inclusive de exploração e distribuição dos bens naturais do planeta, que são
explorados de forma predatória pelos liberalistas de direita, que acham que os
fins justificam os meios e, nesse caso, o fim e sempre é a acumulação de
riquezas nas mãos de uma minoria, através da exploração, e em detrimento do bem
estar da grande maioria.
Não é por acaso que a esquerda
inclui progressistas, sociais-liberais, ambientalistas, social-democratas
socialistas, democrático-socialistas, libertários socialistas, secularistas,
comunistas e anarquistas. Já a direita inclui capitalistas, neoliberais,
económico-libertários, conservadores, reacionários, neoconservadores,
anarcocapitalistas, monarquistas, teocratas (incluindo parte dos governos
islâmicos), nacionalistas, fascistas, e nazistas.
O desconhecimento do significado
politico e ideológico dos termos DIREITA e ESQUERDA leva o proletariado, a
classe explorada e as minorias se colocarem nos debates como de “Direita”,
quando na verdade a direita visa apenas a sua mão de obra barata, e o poio para
alimentar uma pseudo democracia, onde o trabalhador se sinta parte do processo
e, por isso se sinta útil a “causa”, colaborando com a sua própria exploração.
A Esquerda aceita a todos, sem
distinção de credo, cor, etnia sexo e orientação sexual, ao tempo que a Direita
escolhe os seus. Se eventualmente acolhe um de fora do seu gabarito, é apenas
por que naquele momento ela precisa deste para alcança os seus objetivos; feito
isso ele é descartado, a exemplo do que aconteceu com o Ministro Joaquim
Barbosa, que foi herói da direta até que não mais teve utilidade e foi jogado
ao ostracismo.
Engana-se o negro, o homossexual, o
índio, a mulher ou quaisquer outros da casta inferior achar que vai ser aceito
pela Direta o tempo todo. Voltando ao caso de Joaquim Barbosa, que
chegou a ser Ministro do STF, para a direita ele vai sempre um negro que por
algum motivo conseguiu pular o muro da desigualdade de classe, para onde deve
voltar.
Portanto, mudar de casta não quer
dizer ser aceito naquele grupo social. Às vezes nem mesmo na cabeça dos que
suspostamente ascendeu socialmente, cabe a ideia do “agora faço parte...”: na
hora de servir a champanha o garçom sempre vai passa batido por ele. Sempre vai
ter um alguém que o veja como o manobrista da festa.
*Escritor e
Pesquisador pombalense
NA HORA DE SERVIR A CHAMPANHA, O GARÇOM SEMPRE VAI PASSA BATIDO PELO POBRE, O NEGRO, O HOMOSSEXUAL, O ÍNDIO OU QUAISQUER OUTROS QUE QUEIRAM FREQUENTAR OS SALÕES DA DIREITA
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/26/2016 06:47:00 AM
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