JORNALISMO - Sobre o Dia do Repórter
Por
Gilson Souto Maior*
Na semana que passou alguns colegas do
batente jornalístico homenagearam o “Repórter”, pela passagem do seu dia,
comemorado precisamente no dia 16 de fevereiro. Confesso, que fiquei muito
feliz com a lembrança, pois também atuei como repórter, especialmente no rádio
e no jornalismo impresso, e, ainda hoje, lembro as dificuldades que passei
nesta função tão importante do trabalho jornalístico, tanto ontem como
atualmente.
Atualmente, pelo menos em nossa Paraíba,
uma atividade mais prestigiada na televisão, pois no rádio, notadamente em João
Pessoa e
No jornalismo impresso, por sua vez, as
oportunidades de empregabilidade são poucas, pois apenas dois jornais estão em
circulação, numa Paraíba, em outros tempos, muito forte nessa área
jornalística.
É uma pena, a figura do repórter no
rádio e no impresso. No rádio pela falta de investimento dos empresários do
setor, por não acreditarem nesse veículo de tanta popularidade e eficiência
comunicativa e, no jornalismo impresso, pela crise do fechamento de duas
importantes empresas – O Norte e Diário da Borborema – com a Paraíba apenas com
dois periódicos, um jornal estatal, que praticamente não emprega, a não ser por
concurso, e, um privado, o Correio da Paraíba, que sozinho, não pode oferecer
um bom número de oportunidades.
No Rádio o ouvinte é um repórter. Abaixo
confira o que eu afirmo num trecho de um dos capítulos do livro, Rádio –
História e Radiojornalismo sobre a participação do ouvinte.
O
ouvinte é também um repórter
Hoje, não se pode deixar de lado o
ouvinte, que é uma importante fonte de notícia, sendo assim, também, um
repórter dos bons na interação diária com o rádio. Ele telefona, informa os
problemas de sua rua, do seu bairro, de sua cidade e termina pautando o
trabalho jornalístico não apenas do radio, mas dos meios de comunicação social
de uma forma geral.
Com a Internet e rede sociais, por
exemplo, além dos telefones celular e convencional, o rádio deixa de ser apenas
uma mídia de emissão, para ser também receptora de informação, o que lhe
assegura a possibilidade de um radiojornalismo mais competente face as
facilidades interativas que a tecnologia atual disponibiliza. Uma interatividade
que visa facilitar todas as ações jornalísticas do veículo, para que se elabore
uma boa carga informativa, todos os dias, o dia todo, agregando as redes
sociais. Essa é uma preocupação que vem de longas datas.
“É preciso transformar o rádio,
converte-lo de aparelho de distribuição, em aparelho de comunicação. O rádio
seria o mais fabuloso meio de comunicação imaginável na vida pública, um
fantástico sistema de canalização. Isto é, seria se não somente fosse capaz de
emitir, como também de receber; portanto, se conseguisse não apenas se fazer
escutar pelo o ouvinte, mas também pôr-se em comunicação com ele. A
radiodifusão deveria, consequentemente, afastar-se dos que a abastecem e
constituir os radiosouvintes com abastecedores.
Portanto, todos os esforços da radiodifusão
em realmente conferir aos assuntos públicos o caráter de coisa pública são
totalmente positivos.
*Professor de
Comunicação e Jornalismo da UEPB.
JORNALISMO - Sobre o Dia do Repórter
Reviewed by Clemildo Brunet
on
2/19/2017 05:27:00 AM
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