O sistema eclipsou; qual pensamento triunfará em 2018: o democrático ou o fascismo?
João
Costa*
João Costa |
No meteórico ano de 2017 deu pra
perceber que nós, brasileiros, não tivemos como reagir ou o que fazer diante do
discurso cínico que predomina a cena política e social do País, onde o crime
virou recurso para virtuosos driblarem a Receita, alcançar o topo da sociedade,
blindados no falso discurso de meritocracia e a turba apenas se diverte nas
redes sociais. Quanto tempo vai durar esse momento que estamos vivendo?
Para romper esse ciclo vai ser preciso
correr sangue na calçada, ou o melhor caminho é uma saída conciliatória, ainda
que prejudique muito mais aqueles que já foram sacrificados, a exemplo dos
trabalhadores apeados de suas conquistas sociais; artistas cerceados, os
democratas diariamente intimidados ameaçados num estado que é de exceção e que
fingimos todos não ser?
Que fazer diante de uma juventude neurotizada; levando-se em
conta a pesquisa
do IBGE que aponta que há 11,6 milhões de jovens entre 16 e 29 anos que não
estudam e nem trabalham?
Bem, se uma juventude desempregada e sem
banco escolar, sem perspectiva de transformação e ainda por cima neurótica e
que constrói seus castelos no ar diante de seus smartfones, o psicótico mora
neles e o sanatório geral cobra o condomínio.
Que fazer com um modelo de ensino pra
rico e escolas pra pobres? Pior: que fazer diante de um sistema de saúde de
duplo padrão, para ricos e pobres?
Bem, se a juventude se volatizou no
delírio urbano alimentada pelo novo normal do Brasil ou por circunstâncias da
crise amparada pela família, resta aos pais – idosos ou não – mitigarem por um
milagre ou pela miragem da aprovação em um concurso público.
Dito isto, procuremos entender o
que apontou o IBGE: “o Brasil encerrou o ano de 2016 com 24,8 milhões de
brasileiros vivendo com renda inferior a ¼ do salário mínimo por mês, o
equivalente a R$ 220. O resultado representa um aumento de 53% na comparação com 2014, quando teve início a crise
econômica no país. Isso significa que 12,1% da população do país vive na
miséria” conforme aponta a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo
Instituto.
Que fazer, se milhões não perceberam o
que ocorreu entre 2013 e 2017; seguem querendo não entender o que se desenrola
ao redor, porque a democracia está sendo mitigada, o obscurantismo virou uma
promessa de mudança e avança em todos setores da vida nacional. Em 2018, o País
vai passar pelo quê?
Que bom que o sistema eclipsou, está
degringolando, sabemos todos, mas qual o pensamento está nos estertores? O
libertário, aquele que defende uma sociedade mais justa e igualitária, ou o
fascismo, visível, declaradamente ameaçador e robusto nas mídias sociais e
meios de comunicação tradicionais?
Que fazer diante de uma classe média que
se considera elite, de uma classe trabalhadora, que se sente patronal no modo
de pensar, das forças armadas desprovidas de senso de soberania, alheias às ameaças
externas que rondam as nações sem capacidade defesa, se elas seguem encarnadas
na crença de guardiãs da pureza da Nação circulando pelas ruas com seus fuzis
mediante seu povo desarmado e emparedado entre o crime e lei que não é para
todos?
Os néscios não vão se furtar e
perguntar. E a corrupção?
Bem, corrupção é crime e está no DNA da
Nação; só os virtuosos e meritórios a praticam sob condenação moral tão falsa
quanto uma nota de três Reais. Voltamos ao início e Ponto. Parágrafo.
*João Costa é
Radialista, Jornalista e Diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
O sistema eclipsou; qual pensamento triunfará em 2018: o democrático ou o fascismo?
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/26/2017 01:23:00 PM
Rating:
Nenhum comentário
Postar um comentário