POR QUE JERUSALÉM PERTENCE A ISRAEL
Nonato Nunes |
Nonato
Nunes*
Enquanto o cristianismo teve de aguardar
trezentos anos para que um imperador romano o reconhecesse como religião
oficial do império, o islamismo irrompeu no mundo como num passe de mágica e se
impôs pela ponta da espada.
Maomé, o seu fundador, já havia morrido
há seis anos (632) quando o islã tomou Jerusalém de assalto (638). Por aí se vê
que o direito reclamado pelos árabes, após a decisão de Donald Trump de
reconhecer Jerusalém como capital de Israel, não encontra respaldo histórico
quando se analisa os fatos antes da queda.
Antes hebreus, depois judeus e
israelitas (hoje israelenses), o certo é que a Palestina (antes Canaã) sempre
fora ocupada por esse povo, que por ali chegou por volta do século 18 a.C.,
fugindo de Ur, na Caldeia, ante a iminência de a cidade ser invadida pelo rei
Hamurabi, o sexto da dinastia dos amorreus, um dos povos canaanitas.
Foram os remanescentes de Hamurabi que
lutaram contra os recém-chegados “habirus” [hebreus], oriundos da Mesopotâmia.
Lembrando-se de que os fundadores da cidade de Jerusalém foram os jebuseus,
outra tribo que ocupava a região de Canaã.
Séculos se passaram e os hebreus se
mantiveram ali, embora muitos deles, em alguns momentos de sua história, tenham
sido levados como escravos para outras regiões, como o fez o rei babilônio
Nabucodonosor (587 a.C.).
Foram os judeus que receberam o general
romano Pompeu na cidade de Jerusalém algumas décadas antes de Júlio César
desafiar o senado e lançar as bases do império romano. Foram os judeus que
resistiram aos romanos dos generais Vespasiano e Tito entre os anos 66 e 70 da
era cristã, culminando com as quedas de Jerusalém e da fortaleza de Massada.
Dois mil anos depois (29 de novembro de
1947), e após 6 milhões de judeus terem sido exterminados nos campos da morte
nazistas, uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas), com os votos
favoráveis de Estados Unidos e União Soviética, cria o Estado de Israel. O
placar final foi de 33 votos a favor e 30 contra, sendo três abstenções,
incluindo-se aí a do Reino Unido. Os árabes jamais aceitaram a partilha. São
"apenas" 70 anos de negociação...
Portanto, a reivindicação que os árabes
fazem hoje sobre a cidade de Jerusalém seria o equivalente a Israel invadir
Meca, tomar o templo, destruir a caaba e afirmar que a cidade onde nasceu Maomé
seria “dos judeus por direito”.
Um abraço.
*Jornalista,
radialista, documentarista, escritor e blogueiro
POR QUE JERUSALÉM PERTENCE A ISRAEL
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/11/2017 05:30:00 PM
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