Democrata que silencia diante atentado contra Lula, não imagina que o fascismo reserva lápides para ele
João Costa |
João
Costa*
O ressentimento é o que move rapidamente
o Brasil em direção ao caos que, segundo Pape Escobar, analista de geopolítica
do Asia Times. tornou-se alvo de uma guerra híbrida movida por forças externas
apoiadas pela elite nacional forçada a abraçar o fascismo, ainda que isto no
futuro próximo lhe custe caro; democratas que silenciam diante do atentado à
caravana de Lula não entendem que na vitória do fascismo, nas urnas ou pelo
terror, a democracia também morre com lápides para eles mesmos.
Lula fez seu triunfo em Curitiba contra
as forças fascistas, que haviam articulado, inclusive, a estreia de um seriado
no canal Netflix de propaganda que coincidiria com a prisão de Lula que não
houve, frustrando tudo. Sem a prisão do Lula e o sucesso da Caravana, não
restou outro caminho a não ser a intimidação armada e o esforço da mídia nativa
em desqualificar o atentado e tudo o mais.
- “A
imprensa foi conivente com isso o tempo inteiro. O culpado desse ódio no Brasil
chama-se Rede Globo de Televisão", disse Lula no seu discurso triunfal em
Curitiba. Soa como mea-culpa, mas antes tarde que tarde demais, para
cristalizar que as Organizações Globo, são o mal e os seus malefícios segue,
instalados no aparelho de estado.
Mas o cenário que se desenha para o
futuro é de recrudescimento da luta política, o que tornam incertas as eleições
de outubro. Os partidos ditos de Centro estão sem candidatos e perderam o apoio
da classe média que abraçou – desde sempre – o fascismo, que numa disputa
eleitoral sem Lula, vencerá as forças ditas conservadoras-moderadas. Um Lula
moderado no futuro talvez não seja possível, depois do atentado.
Com os fascistas no poder central em Brasília, poder este obtido pelo voto em
outubro, significará a morte da democracia na calçada ensanguentada. Nem as
famíglias que controlam os meios de comunicação vão querer, mesmo diante
da promessa de lucros astronômicos advindos da mídia institucional para
legitimar a nova ordem.
A Intervenção Militar no Rio de Janeiro
não deu resultados esperados – a violência aumentou, ao contrário do que foi
prometido – e a situação na Cidade Maravilhosa é terra arrasada, num cenário e
enredo que nem o José Padilha – propagandista do fascio littorio à brasileira
no canal Netflix e no cinema nacional saberia escrever: O Exército está nas
ruas, a Igreja Universal governa a cidade, o tráfico detém o poder e a classe
média não ficou sem suprimentos de cocaína e maconha.
No plano da economia, segue o esforço
hercúleo para demonstrar e convencer a população que há uma recuperação.
Inútil. Os rentistas seguem controlando tudo com mão de ferro, os militares
capitularam diante da destruição da soberania e da indústria nacional e o país
segue à deriva.
*João Costa é
Radialista, Jornalista e Diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Democrata que silencia diante atentado contra Lula, não imagina que o fascismo reserva lápides para ele
Reviewed by Clemildo Brunet
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3/29/2018 05:44:00 AM
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