Arrogância não é intimorato, mas retórica da boçalidade
Genival Torres Dantas*
Quando as palavras
transformam-se em espectro e fanfarrice é o linear da beligerância, sinais
expressos da dicotomia é a imperiosa sentença de uma tragédia anunciada.
Hipocrisia e vaidade que convergem ao epicentro da desditosa insígnia dos
desvalidos escamoteados pela pose e saga dos indolentes, entrelaçados por vasos
irrigadores comprometidos apenas com os poderes lineares, que engajados no
propósito de eternidade defenestram os subalternos desprovidos de uma
consciência impulsiva e destemida.
Esse é o quadro degenerativo
do Estado brasileiro, além de se encontrar na UTI, em avançado estado de
procrastinação, combalido e desaleitado, prenúncio de falência geral dos
órgãos. Tratado por inconsequentes cuidadores que relevam seu crítico estado em
detrimento a outros valores e conceitos cujos benefícios são restritos a uma
casta próxima e ou direitos pessoais, como se o Estado fosse uma propriedade
privada e não um órgão público.
Relativizaram a moral e a
ética, os Poderes constituídos fazem parte de um pacote de verdadeiro casuísmo,
enquanto o Executivo tenta mudar o perfil político, com uma nova conotação,
saindo da esquerda comunista e corrupta e partindo para a direita com viés
patriótico, pecando na postura populista, centralizador e de rompantes
demolidores quando tenta ser maior que a própria lei e a justiça.
O legislativo é invadido
pela fumaça da corrupção, com os presidentes das duas casas chamuscados pelo
fogo da vida fácil proporcionada pelo desvio de conduta, e os dois sendo
citados em processos em andamento cujos corruptores fazem parte de uma
quadrilha nunca vista antes em nossa República, por tamanha capacidade de
distribuição tanto pelos desvios do erário, como da desfiguração moral no meio
político.
Aquilo que seria o guardião
das Leis, o Judiciário, lamentavelmente, segue com alguns membros lembrados por
delatores como cumplices do mesmo processo degenerativo da moral e dos bons
costumes que se abateram sobre os dois Poderes citados anteriormente, ou seja,
Executivo, na administração anterior, e o Legislativo, na atual legislatura.
Quando tudo parecia definitivamente estragado, surge o incêndio na Amazônia
Legal, com seus focos de incêndios cujas consequências nefastas saíram do assunto
regional, tomando extensão para o nacional e com abrangência internacional.
A falta de tato do nosso
Presidente Jair Bolsonaro, com seus impropérios contra tudo e todos, ofendendo
gregos e troianos, acusou ONGs, sem, inicialmente, ter as devidas provas comprobatórias,
sobre as causas dos focos de incêndios. Os europeus, representados pelo G-7,
reunidos na França, sob a tutela do anfitrião Emmanuel Macron, troca farpas com
Jair Bolsonaro, numa verdadeira descompostura política internacional, agora,
além do incêndio das matas surge outro fogaréu, limitado ao plano político.
Essa nefasta situação
incongruente da diplomacia, quando o prejuízo ocorre para os lados envolvidos e
não há ganhadores, tenta-se colocar paliativos para que a falta de sensatez não
prevaleça sobre a paz universal. Esperamos que com a interveniência dos EUA,
representado pelo seu Presidente, Donaldo Trump, em gesto de cordialidade e
apoio ao nosso País, foi de importância fundamental para que os ânimos se
acalmassem. Espera-se que depois de contabilizado as perdas e danos, todos
tomem tendência e tudo não passe de velhas rugas e ou cicatrizas expostas e não
cicatrizadas, advindas por simples questões pessoais que não devem ser
misturados com outros planos.
Genival
Torres Dantas
*Poeta
e Escritor
genivaldantasrp@gmail.com
Arrogância não é intimorato, mas retórica da boçalidade
Reviewed by Clemildo Brunet
on
8/30/2019 10:50:00 AM
Rating:
Nenhum comentário
Postar um comentário