VITÓRIA
Por Severino Coelho
Viana*
O
sol nasce para todos, cada um é do tamanho do seu espaço, mas poucos sobem o
pódio da vitória com galhardia porque conduzem o defeito moral do arrivista,
que não passa de uma transfigurada personagem de ambições pessoais e quer
triunfar usando de todos meios inescrupulosos.
A luta, o sacrifício, o esforço, a vontade, o suor, o trabalho, o pestanejar da vida levam a recompensa que é o sinal de vitória.
O
tamanho dos nossos sonhos sinaliza o emblema de nossa esperança de onde
recebemos a medalha de nossas vitórias e levantamos a medalha de nossas
conquistas. Na vida nada é fácil, tudo depende do esforço e da abnegação de
cada um acolhida pelo ideal. A Verdade seja a nossa palavra de ordem e aquilo
que deve ser dito em todas as circunstâncias; a retidão é a meta principal de
nossa iluminação; a paz seja a luz clareadora de nossa mente; e o amor ao
próximo o lema de nossa existência.
A
nossa melhor vitória na vida é aquela obtida pelo caminho da retidão, seguindo
os passos da lealdade e abraçando a solidariedade humana como lema de vida.
Imediatamente, em assim seguindo, nós nos afastamos da corrupção, da
deslealdade e dos meios fáceis sem sacrifício. Não devemos abrir o tapete de
sujeira para derrubar o irmão, siga os seus passos com a sua própria luz. Quando
falamos em honestidade logo recordamos o conselho de nossa mãe que carregamos
como lição de vida: “vergonhoso é roubar meu filho!”. A vitória deve ser
celebrada com láureas e os derrotados devem receber o ombro acolhedor da
conformação. O trabalho permanente em busca deste ideal torna-nos mais humildes
e nos elevamos de dignidade humana porque nos faz ser honestos conosco mesmos e
alcançamos o píncaro da glória.
No
aspecto mitológico, os gregos faziam da Vitória uma poderosa divindade.
Era
filha do Estige e de Palante, ou Palas, que por sua vez era filha de Crius e
Euríbia. . Seus irmãos são Kratos, Bias, e Zelos, que representavam o Poder,
Força e Rivalidade, respectivamente. Os sabinos lhe chamavam de Vacuna.
A
deusa Vitória possuía vários templos na Grécia, na Itália. Era representada
ordinariamente com asas em uma das mãos trazia uma coroa de loureiro, e na
outra uma palma. Algumas vezes ela está sobre um globo. Por isso, quando os
antigos queriam designar uma vitória naval ficavam de pé sobre a proa de um
navio.
Pois
bem! Na designação da glória surgida ou do triunfo alcançado em dada atividade,
esperamos colher os louros da vitória. Entre os antigos romanos, as folhas de
louro eram trançadas compondo uma espécie de grinalda usada para coroar os
generais vencedores, um sinal público de glória e reconhecimento da vitória na
guerra. Nice (em grego Níke ou Niké) era uma deusa grega que personificava a
VITÓRIA, força, velocidade, representada por uma mulher alada, filha de Palas e
Estige.
Por
sua vez, do lado dos romanos designaram o nome de Vitória para Nice,
representadas por asas, personificava o triunfo e glória. Nice podia correr e
voar em grande velocidade. Carregava uma palma e uma coroa de louros e
considerava uma fonte de boa sorte, pois todos os deuses, atletas e guerreiros
desejavam ter Nice ao seu lado. Nike coroava a vitória. Porém qualquer um que
fosse vencedor também deveria saber lidar com Zelus - o ciúme, algo que sempre
ronda quem tem sucesso, que na nossa atualidade o ciúme transformou-se em
INVEJA.
Uma
coroa de louros, láurea ou coroa triunfal era uma distinção concedida a um
general vitorioso que entrava na Antiga Roma em triunfo apoteótico. Consistia
em um círculo de ramos, sendo num primeiro momento de louro e posteriormente de
ouro.
A
origem do uso de uma coroa de louros está no mito de Dafne, uma ninfa que se
transmutara em um loureiro para fugir de Apolo. O deus então fizera com as
folhas uma coroa, com a qual passou a ser representado.
Na
Grécia Antiga, em vez de receberem as atuais medalhas de ouro, prata e bronze,
os atletas eram premiados com as coroas de pequenos ramos de oliveira
entrelaçados, que representavam a suprema glória para alma grega.
Em
Atenas, a coroa de louros como símbolo de distinção e glória foi substituída
pelos ramos de oliveira, considerada a árvore protetora da cidade. Apesar de
não ter valor material, a coroa tinha um significado muito especial para os
atletas e para a cidade de onde provinham que os receberiam com grandes festas
e criando estátuas em homenagem aos vencedores.
Os
louros da vitória devem-se ao mérito. O valor do mérito é imensurável porque é
necessário valorar o tamanho do sacrifício percorrido para se obter o mérito, O
que faz com que uma pessoa seja digna de elogio, de recompensa, de premiação,
de louvor.
A
palavra “competência” está associada à qualidade de quem é capaz de apreciar e
resolver determinado assunto ou realizar determinada tarefa. Na prática, a
competência diz respeito à aptidão, habilidade e capacidade de resolver
problemas. A competência pressupõe uma ação que agrega valor diante de novas
situações.
A
competência profissional remete à ideia de capacidade, soma de conhecimentos ou
habilidades. Dessa forma, espera-se que o profissional dotado de competências
encontre mais facilidade para se colocar no mercado de trabalho que requer
esforço, abnegação e talento.
Há
um ditado que diz: “rouba a ideia, mas não o talento”, assim o sucesso sem o
devido mérito virá como recompensa um futuro fracassado.
O
trabalho realizado com esmero e competência dignifica a alma humana, que é o
fruto do esforço meritório, buscando ideias e pautando planos, além de
demonstrar a superação das dificuldades postas no meio do caminho, sendo, ao
final, reconhecido por todos a olho nu como um ato de justiça, e, por isso
merece erguer o TROFÉU!
SEVERINO COELHO VIANA
scoelho@globo.com
VITÓRIA
Reviewed by Clemildo Brunet
on
7/26/2020 10:51:00 AM
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