SARNEY, A REPÚBLICA E O POVO BRASILEIRO.
José Sarney (foto)
Alberg Bandeira de Oliveira*
Nesta semana, quiçá, tenha sido a maior surpresa dos meus quase 39 anos de vida em termos de política institucional. Tal fato se deu quando em discurso proferido na Tribuna do Senado, o Presidente daquela Instituição, desafiou todo o Povo Brasileiro, com a seguinte expressão - mais ou menos assim: - “O país não tem o direito de questionar meus atos”.
A minha surpresa, reside justamente no fato, de que até o momento daquele inusitado ato (discurso), eu, que sou um simples mortal, jurava a todos que estávamos numa REPÚBLICA FEDERATIVA, mas pelo visto, estamos exatamente em uma MONARQUIA, porquanto um Homem Público, melhor dizendo, um Senador não da República, mas de uma Monarquia, que se julga está isento do clivo fiscalizador do Povo, da crítica da mídia e das instituições, não é Senador, mas REI.
Mas outro fato me deixou ainda mais abismado, é que, nenhum dos Senadores e Senadoras daquela CASA, ousaram questionar, ou até mesma apartear o REI. Aqui vai a minha indagação, onde estavam os Homens que se dizem sérios daquele Poder, a citar: Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Cristóvão Buarque? A resposta é simples. Que falta faz ao País as ausências do Senador Jeferson Perez (falecido) e da Senadora Heloisa Helena, porque tenho certeza que resposta aquele Rei Mal Coroado iria receber.
Falo de Rei Mal coroado, pelo fato daquele cacique velho e ultrapassado, não na idade, mas na ortodoxa prática de fazer política, jamais foi eleito Presidente da República pela via do Povo, mas através dos conchaves políticos efetuados no Congresso Nacional, quando o País saiu do tenebroso período Militar e entrou numa pseudo democracia.
De fato, foi aquele Rei Mal coroado quem recebeu a honrosa missão de democratizar o País, no entanto, o que vimos foi a nefasta prática da velha política, do é dando que se recebe, do nepotismo e da malversação do dinheiro público - quem não lembra quando o seu genro foi preso pela PF com uma maleta de dinheiro em 1998 -, com obras super faturadas etc.
Sarney, leia-se Rei mal coroado, até por ter formação Jurídica, posto que ostenta diploma de direito, deveria saber, que em uma República a ninguém é dado o privilégio de dizer que não deve satisfação ao Povo. Deve sim, e ele deve muito mais do que qualquer outro cidadão brasileiro, pois, recebeu dos Militares o País e o transformou num poço sem fim de velhas e arcaicas práticas políticas, como por exemplo, o uso imensurado dos meios de comunicações do seu Estado e de outros rincões do País.
É, REI MAL COROADO, o seu reinado nos parece que se não está perto do fim, apodreceu, cuja fedentina se encontra estampadas nas manchetes dos Jornais, pois, se não bastassem os ilegais “ATOS SECRETOS”, agora se descobriu que o mordomo da sua filha, Governadora biônica do Estado do Maranhão, é pago com recursos do SENADO, onde aquele servidor recebe R$ 12.000,00, para atender os gostos da família SARNEY.
Parece-nos que esta Gente, subestima muito o senso critico do povo brasileiro, porquanto além de não respeitar a vontade das urnas provenientes do Estado do Maranhão, ainda se arvora no direito de dizer que ” O País não tem o direito de questionar os seus atos”. Sarney, repita-se, REI MAL COROADO, no seu discurso, o Senhor, só esqueceu de um detalhe: É que, a Constituição Federal, lei das leis, diz o seguinte no Parágrafo único do seu artigo 1º, “Todo PODER EMANA DO POVO”.
Assim, termino este modesto artigo, que para mim, é muito mais um desabafo do que um discurso político, dizendo o seguinte: A partir daquele discurso não considero o País como República Federativa do Brasil, mas MONARQUIA DA FAMÍLIA SARNEY, mesmo porque, foi o próprio PRESIDENTE DA REPÚBLICA, LEIA-SE, DA MONARAQUIA DA FAMILÍA SARNEY QUEM O DEFENDEU PUBLICAMENTE. Assim, viva Montesquieu, Viva Voltaire, Rousseau e VIVA O SOFRIDO POVO BRASILEIRO.
Pombal –PB EM 20 DE JUNHO DE 2009.
*Advogado e Cidadão Brasileiro
SARNEY, A REPÚBLICA E O POVO BRASILEIRO.
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/24/2009 08:05:00 AM
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