O PAI MAIOR, O DAS LUZES...

Clemildo Brunet

CLEMILDO BRUNET*

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. Tg.1:17.

O segundo domingo de agosto assinala entre nós brasileiros as comemorações do dia dos pais; contudo, ao lembrar essa data gostaria de falar de um Pai com letra maiúscula, que é nosso Criador e que por sua infinita bondade e misericórdia está atento as nossas necessidades no cada dia de nossa existência. Ele está presente em nossas vidas ainda que não nos apercebamos disso. Seu cuidado paternal é imenso, suas promessas são infalíveis e no manto protetor de sua justiça tudo se realiza porque é fiel e justo para com seus filhos.

Essa relação entre pais e filhos terrenos tem muito haver com a relação que devemos ter para com o nosso pai maior. Desde o principio, embora tenha havido uma distorção no relacionamento por causa da desobediência de nossos primeiros pais e, por conseguinte chegamos a herdar por natureza essa casta, que partiu a aliança que havia entre a criatura e seu criador.

Mas, nem tudo está perdido. Existe um meio, “não de nós mesmos”, pelo qual podemos reabilitar as situações contrárias a sua vontade, pois muitas das vezes nos encontramos em profundezas escabrosas distante dele. Entretanto, o Pai maior, que nos ama com amor eterno, sempre está de prontidão para perdoar as nossas ofensas contra Ele e contra nosso próximo.

Jesus Cristo nos revela o Pai maior, se fez homem e esteve na terra para cumprir a missão da qual falou que veio de moto próprio. O Deus que se fez carne e habitou entre nós, como diz o apóstolo João: “E vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. Este tinha autoridade de dizer a respeito de si mesmo: “Quem me vê a mim vê o Pai”...

Essa necessidade do Pai maior enviar seu filho único a este mundo, parte da premissa de que a criatura depois do pecado tem sempre procurado fugir e ficar distante dele. A Bíblia registra que Deus em tempos passados, falou muitas e muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas e que hoje nos fala por intermédio do seu filho o qual constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez todo universo.

Jesus Cristo enfatizou bem o fato da existência desse Pai maior a quem deveria ser dirigidas as nossas orações, petições, agradecimentos, exaltação de seu nome e de sua glória. A palavra pai citada por Jesus na oração do Pai nosso, no aramaico, seria aba “paizinho” que exclui logo a possibilidade de uma familiaridade superficial denotando uma afeição íntima.

Pai nosso, pai de nós todos, isto é dos que têm comunhão com ele, daqueles como diz o texto sagrado no evangelho segundo escreveu João: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Jo 1:12,13. Estes na verdade são filhos do Pai maior no qual Paulo esclarece: “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu filho, que clama: Aba, Pai”. Gl 4:6.

Neste dia dos pais façamos uma reflexão; se realmente temos considerado importante os ensinos do nosso Pai maior dando o devido temor ao seu nome ou estamos ainda exclamando: Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera segundo o temor que te é devido? Sl. 90:11. Como estão os relacionamentos entre pais e filhos e vice versa? Confraternizam-se apenas em ocasiões como essas? E depois, o tratamento na vida diária é completamente diferente?

A lição do Pai maior para nossas vidas é que o relacionamento de pai e filhos ou vice versa, seja de forma perpendicular com o estabelecendo da união para crescimento de ambos na vida secular e espiritual.

Aos Filhos:

“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” Ef 6:1

Aos pais:

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” Ef 6:4.

Pombal, 11/08/2011

*RADIALISTA

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