BREVE: LANÇAMENTO DO LIVRO RIACHO DE PRATA

*Paulo Abrantes*

Riacho de Prata foi escrito sob inspiração da histórica cidade de Pombal, localizada no Alto Sertão da Paraíba. É o terceiro livro que escrevo com a finalidade de cantar as belezas naturais de minha terra; os seus costumes e sua gente. Reuni 49 textos publicados neste blog, distribuídos em seis partes distintas, incluindo cartas, versos improvisados de cantorias e comentários de escritores e radialistas pombalenses: Severino Coelho, Jerdivan, Verneck, Clemildo, Carlos Abrantes, Antonio Maniçoba, Professor Vieira, José de Sousa Dantas, Tarcísio Pereira, Cessa Lacerda (in memoriam), Walter Galvão e Laurentino Veiga da AAI – AL.

O livro contém episódios pitorescos, tipos populares de minha terra natal, velhos conhecidos de todos os conterrâneos – que são personagens da paisagem de minha geração, cheios de calor humano e muitas lembranças. O livro contém 216 páginas, com Apresentação de Clemildo Brunet e Prefácio de Ana Rosa, cuja narrativa é composta de crônicas e contos, de fundo biográfico, compreendendo um período efervescente da Jovem Guarda, nas décadas de 60 e 70, do sobressaltado século XX.

A eles se juntam fragmentos da vida real, memórias póstumas, pedaços de história do DER e perfis de pessoas especiais, merecedoras de minha admiração e de todos os conterrâneos. A parte de oratória deste livro não contém dados técnicos, números, longas citações. Praticamente todo o conteúdo exprime, através da palavra, minhas emoções, meus sentimentos, humanismo e espirituosidade.

Com isso espero devolver a Pombal um pouquinho do tanto que ela me deu. Esse riacho que chamo de prata era o meu lugar de divertimento nas férias, lugar natural do encontro dos meninos de meu tempo, ele permanecia cheio e suas águas eram renovadas todas as vezes que o rio Piancó recebia novas águas, vindas de suas cabeceiras. Ao lado do riacho ficava o imenso pé de cajá que em sua sombra abrigava os carros de bois e pequenos animais do campo e em sua copa a passarada saudava a natureza. Não sei quantas vezes foi me buscar ali a minha saudosa avó quando eu esquecia as horas das refeições. Que dias felizes aqueles!

Até hoje a esponja do tempo não conseguiu destruir aquela tela que foi pintada por todos nós.

*É engenheiro civil e escritor pombalense.