Fatos ou lendas, namorar também é preciso!

Várias são as versões sobre o dia dos namorados, ou de São Valentim.

A igreja católica desde 1969 não avaliza mais as comemorações em homenagem ao São Valentim, por considerar duvidosa sua identidade e até mesmo sua existência. Tornando o São Valentim daqueles venerados pelos homens mas, com carência de dados que possam dar veracidade aos fatos e sustentabilidade à sua história.

Existe uma versão em que tem a seguinte narrativa: Marco Aurélio Valério Claudio, ou Claudio 11, imperador romano de 260 até 268, proibiu a celebração de casamento na tentativa de aumento o número de inscritos no seu exército, e por consequência, tornando-o mais poderoso.

Acreditava o imperador que os jovens e solteiros tinham mais chances de procurar seu exercito. Na época, conta a lenda, existia um bispo, que além de continuar celebrando os casamentos, também se casou secretamente, afrontando as ordens do imperador.

Com a prática revelada, o referido bispo romano, Valentim, foi preso e decapitado em 14 de fevereiro, tornando essa data comemorativa ao mártir da igreja. Na idade média, dizia-se que 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros.

Até algumas décadas a data era comemorada apenas nos países anglo-saxônicos, mas, no século xx a comemoração se estendeu a outros países.

No Brasil demos o nosso jeitinho e passamos a comemorar a data de São Valentim dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antonio, conhecido como santo casamenteiro, portanto, juntamos a fome com a vontade de comer. O nosso comercio aproveitamento a oportunidade estimulou a comemoração, expandindo para outros cantos, tornando essa data uma das mais lucrativas do ano. Estimas-se que nessa data, entre mensagens e presentes, na troca entre casais, o numero supere 1 bilhão, e as mulheres correspondem com 85% desse montante.

O namoro hoje tem outra conotação dos anos de décadas passadas, quando, o namoro, representava a pré-condição de um noivado, e a conseqüência era o casamento.

Claro que com a mudança dos tempos, tudo mudou, e o namorou também mudou, porém não podemos negar que o namoro ainda é a fase do conhecimento mútuo, quando o romantismo toma conta da alma dos jovens e até velhos enamorados. E quem não quer comemorar essa data! Na fase adolescente e estudante, quem não deixou de comprar um livro, um objeto qualquer, para dar, nessa data, alguma coisa de maior valor ou relevância, a custa, muitas vezes, das economias da minguada mesada, para poder presentear seu amado ou amada, demonstrando seu verdadeiro afeto e amor ao seu par.

Independente de lendas ou fatos reais, somos movidos por sentimentos, e esse, o tempo não vai mudar dentro de nós, existindo amor não há mudança, se houver é para melhor se expressar. Dizer eu te amo, com gestos e carinhos que só os namorados e enamorados mais fieis têm coragem de assim agir, sem vergonha de se declarar verdadeiramente a quem se ama.

Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com