Por Teresinha de Jesus Ugulino*
... e a pobre chaminé parece querer ficar ali, austera,
linda, imponente, como quem, em campana, guarda fielmente o passado feliz
daquela fabrica que por si só, não suportou a algoz ação humana...
A valente chaminé da Brasil Oiticica, da época de ouro em
que Pombal fabricava o óleo da oiticica, ali onde hoje, só resta escombros,
além disto, como testemunha altaneira de um passado glorioso da indústria de
Pombal, resiste à força atroz das retroescavadeiras, aos cabos de aço, ao seu
destino cruel...
A pobre chaminé, talvez não resista mesmo à ganancia
humana, mas a história dirá, que do alto de sua majestosa imponencia, ela lutou
valentemente e a cidade, que não quer vê-la cair, dirá: “pena que a chaminé
caiu”... ou talvez diga feliz, “que bom a chaminé ficou!...” As apostas ainda
continuam e as vozes ainda ressoam ao apelo sensivel dos que querem perpetuar a
história... Deixem a chaminé em paz e que ela conte a historia do seu povo...
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Teresinha de Jesus Ugulino |
*Advogada
2 comentários
Tinha que vir da filha de um mestre.
Jerdivan
Poucas palavras e muita sabedoria
Jerdivan
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