Precisa-se de um líder
Genival Torres Dantas |
Genival Torres Dantas*
Precisa-se
de um líder voltado ao Brasil atual, com uma linguagem do antigo e do novo, uma
visão futurista, com princípios éticos para resolver as questões das nossas vidas,
com as práticas da moral. E que ele seja um líder voltado para as causas
coletivas, e não alguém que tenha prioridades para um projeto pessoal ou
partidário de poder.
Livre
o suficiente e
sem medo de ser arriscar em nome de um novo sistema de governo,
pois só os que se arriscam são suficientes livres; mesmo que tentando corra o
risco de fracassar, o maior perigo é não arriscar nada.
Precisa-se
de um líder capaz de administrar com responsabilidade e dignidade, que convença
sem corromper, ouvir sem se cansar, executar sem negar a importância da
participação coletiva.
Que
não se baste, tenha humildade suficiente para reconhecer os méritos da
concorrência, pois não existe nenhuma administração firme e por muito tempo sem
uma oposição temível, a oposição fraca enfraquece, e a forte fortalece,
principalmente na política.
Esse
líder deve manter o equilíbrio da balança comercial, incentivar o livre
comércio com uma carga tributária compatível com a nossa capacidade de absorção,
estimulando o consumo interno e o superávit nas importações e exportações. Fazendo
mudanças radicais para atingir esses objetivos. Controlar os índices
inflacionários, mantendo o poder aquisitivo do povo menos privilegiado, para
que eles possam manter sua subsistência dentro da dignidade humana.
Trabalhar
as infra-estruturas para que nossa produção seja levada aos seus destinos com
custos que reflitam a realidade de mercado, sem as perdas atuais, tidas como
imorais, por conta das nossas precárias rodovias e ferrovias, além do
escoamento para o exterior através dos nossos portos estrangulados e
deficitários.
Precisa-se
de um líder que valorize a política de saúde pública, e possa entender que fica
muito mais barato aplicar a medicina preventiva que a corretiva, um povo doente
e com dificuldade de acesso à cura custa muito caro aos cofres públicos, além
de levar sofrimento e manter a decepção, irreparáveis à sua população.
Não
pode deixar de entender que a educação se edifica através de uma série de
fatores, e é com a educação que se suprime necessidades básicas, como a
inclusão do homem ao meio produtivo. Para tanto, é preciso que seja prestigiado
o corpo docente, com políticas salariais dignas dos seus profissionais, além de
ambientes e equipamentos adequados à prática e o bom andamento do ensino.
Não
esquecendo o corpo discente, com alunos preparados para a vida dentro e fora da
escola, e que para isso ocorra, o outro corpo, tem que se fazer presente
através da sua administração, com seus administradores educacionais trabalhando
com seriedade e justiça, fazendo o meio de campo entre os professores e alunos,
resolvendo problemas de conflitos, evitando os confrontos escolares tão em
prática ultimamente.
Não
deve se prevalecer do seu conceito regional transformado em oligopólio, que é
marca daqueles que tem verdadeiro apego ao poder, e se lançar como salvador da
pátria para uma nação carente de lideranças expressivas, denotando atitudes não
republicanas.
Esse
mesmo líder tem que evitar uma série de equívocos repetidos tantas vezes pelos
últimos administradores que tentaram novos resultados com repetição de erros
antigos.
Ele
não pode ser vaidoso e egocêntrico, nem mesmo concentrador, tem que respeitar
os poderes paralelos, praticar a boa convivência, entender que a verdade é
relativa e que ele nunca será dono dela.
Não
deve mudar as regras do jogo no andamento das suas atividades, principalmente
na prorrogação da sua administração, dando apenas elasticidade a um mandato sem
retorno de benefícios à pátria, e para não ser marcado para a posteridade,
maculando uma folha de serviços prestados até então.
Também
é inadmissível conluios, conchaves e atitudes lesa-pátria, não confundir o
servir bem, com ser o próprio bem, não vindo a se sentir superior apenas por
exercer uma função ou um cargo. Não desvirtuar ações sociais com
contrapartidas, pelo assistencialismo com fins eleitoreiros, vindo a
transformar um povo carente numa massa de manobra, sem oferecer nenhuma chance
de reintegração social, efetivando uma condição temporária em permanente, de
dependência do Estado.
E
a truculência denotada em cada gesto, atitude e negociação, seja
definitivamente refutada, e o prazer da imposição nunca mais seja editado,
prevalecendo o bom senso, sem negociata ou cambalacho.
Que
implante novos paradigmas políticos e modelo de gestão sem corrupção ou
mazelas, e a democracia não seja usada pelos que possuem o espírito demagogo e ditatorial.
Por
fim, precisamos de um líder comprometido com o povo brasileiro, suas causas
sociais, seus eternos problemas de sustentabilidade econômica, pondo fim à
incoerência política e administrativa, reduzindo a máquina que não para de
crescer, apenas elevando custos sem trazer benefícios ao Estado.
Definitivamente, seja revisto o pacto federativo, sanando as distorções
regionais.
Finalizo
com uma reflexão que pode despertar esse líder que dever existir em nosso país,
é uma questão de identificação e torcer para que ele aceite o desafio de em
2014 apresentar-se a nação necessitada de alguém diferente, ousado e sem medo
de correr riscos, mesmo porque já afirmou François Rabelais: Conheço muitos que não puderam
quando deviam, porque não quiseram quando podiam.
*Genival Torres Dantas
Precisa-se de um líder
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/22/2013 07:34:00 AM
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