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O Natal dos Justos

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

Indiferente às versões que os estudiosos afirmam a figura emblemática do Papai Noel tem sua origem ligada a um Bispo Bondoso da Turquia, Nicolau, que procurava ajudar aos pobres, colocando saquinhos de moedas próximas as chaminés das casas desses, o registro inicial é de 280 DC. A figura mística e bondosa do velhinho que desde 1822 vem sendo propagado nos verso de Clemente Clark Moore, ex-professor de literatura grega, num poema escrito para seus filhos, e
o mundo procurou adotar como uma figura universal, e em 1931 a Coca-Cola numa campanha publicitária padroniza suas vestes, no uso do vermelho e branco, cores que temos usado até hoje.

O mundo cristão aliou, desde o inicio da idolatria do Noel, ao aniversário de Jesus de Nazaré, O Cristo, e assim temos convivido com esse fato relevante, momento em que se comemora o aniversário de Jesus Cristo, data de 25 de dezembro, como uma grande manifestação cristã, quando as famílias se confraternizam, e inspirada no espírito do aniversariante, faz daquela passagem um instante de paz e harmonia, procurando dar e receber o perdão, por intrigas e desavenças no núcleo familiar.
Nos últimos tempos as pessoas procuram fazer suas festas com banquetes, ostentando fartura e riqueza até, mostrando aos parentes, principalmente aos que moram distantes, que procuram uma aproximação nessa oportunidade, sua condição financeira que nem sempre é a real. Essa mentalidade vem sendo difundida, principalmente entre os materialistas, quando trocam o ser pelo ter e se sentem melhor dessa forma. Entretanto, não sendo uma acuidade necessária e exigida, se levarmos em consideração que o aniversariante foi uma pessoa simples que teve uma vida modesta entre os pescadores que lhe seguiram, chegamos à conclusão que é um contra senso.

Muitas vezes convidados não comparecem a determinados encontros por absoluta falta de espaço dentro do ambiente, se sentem inferiorizados por tamanho exibicionismo dos patrocinadores. Não há necessidade de tudo isso, basta uma simples ceia para mostrar aos seus amigos e parentes seu espírito natalino, pela humildade e modéstia no seu comportamento, que é exatamente o que a data exige.

A situação chegou à tamanha petulância que se a pessoa não tiver uma mesa farta, na noite de natal, mesmo que não vá receber ninguém, se sente mal, sente-se como se fosse o pior dos homens, um verdadeiro fracassado no seu projeto de vida. Esquece-se dos muitos desassistidos e infaustos, que nada tendo, vão dormir sem nada comer, é mais uma noite na vida deles, no dia seguinte a vida continua, com o sol surgindo, proporcionando um belo banho de piscina para uns, e o céu carrancudo e escuro a despejar água nos casebres de tantos.
Se você pode comemorar essa data faça de forma absolutamente dentro da sua realidade, dos seus princípios, das suas convicções cristãs e com quem você pode comemorar, inclusive trocando seus presentes igualitários, não procurando mostrar seu grau de amizade por um, diferentemente por outro. pelo valor da sua lembrança, seja igual.

Se você não tiver com quem dividir esse momento, não lamente, pelo menos um convidado estará com você, e é o mais importante deles, não que você teve sorte, pois ela não existe, a sorte é a união da capacidade com a oportunidade, e você reuniu isso, sinta-se feliz, quando você novamente tiver essa chance, certamente você terá outros convidados em outra condição mais favorável, acredite e tenha fé, você verá.

O natal é apenas isso, o momento que você tem para demostrar a você mesmo a capacidade de perdoar, de não carregar as mágoas, que são verdadeiros fardos a pesar nos seus ombros, como um peso morto a prejudicar na sua caminhada. Se você é uma pessoa capaz de falar com Deus, com toda certeza você tem falado ao seu coração, por isso, continue humilde e procure viver na simplicidade, no conforto do amor que é viver em paz.
Não esqueça, melhor que os melhores e mais caros presentes por baixo da sua árvore de natal é a companhia da sua família dentro da harmonia e da paz do seu lar. Isso é o que lhe desejo em todos os momentos da sua vida que sempre representaram a plenitude, serenidade, inteireza e completude.
*Escritor e Poeta

O Natal dos Justos  O Natal dos Justos Reviewed by Clemildo Brunet on 12/19/2013 09:43:00 PM Rating: 5

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