HISTÓRIAS DO RÁDIO EM POMBAL EM LIVRO

Jerdivan Nóbrega de Araújo

Jerdivan Nóbrega de Araújo*

            

O Dia Mundial da Rádio é celebrado desde 2012 no dia 13 de Fevereiro. A data foi declarada pela UNESCO no ano anterior e as razões para a sua escolha prendem-se com o dia 13 de Fevereiro de 1946, em que a United Nations Radio emitiu pela primeira vez um programa em simultâneo para seis países.

Para Pombal a história da radiofonia começa lá pelos idos de 1950, com a chegada do compositor Rosil Cavalcanti a nossa cidade, para onde veio a trabalho na fabrica de processamento de óleo vegetal, Brasil Oiticica S/A. Foi ele quem primeiro pensou um sistema de difusão para a nossa cidade: a Difusora Tupi. O nome foi inspirado na Rede Tupi de televisão ou TV Tupi, que foi a primeira emissora de televisão do Brasil e da América do Sul, fechada em 16 de julho de 1980, pela ditadura militar, a pedido Rede Globo de Televisão que a época já buscava o monopólio das comunicações no Brasil.

Depois da Difusora Tupi outros sistemas de comunicações seguiram-se sendo criados na nossa urbe, passando por problemas de ordens econômicas ou jurídicas para serem fechados, até chegarmos ao que se conhece nos dias atuais...

A rica história da radiofonia pombalense vinha sendo contada em “retalhos”, seja nas mesas de bares ou em bate papos dos velhos saudosistas que viveram a historia e até a fez em tempos mais remotos.

Devíamos ao povo de Pombal a coleção dos textos já publicados ou das histórias contadas e recontadas de boca em boca pelas ruas da cidade, em forma livro para que esses registros sejam definitivos e acessíveis a quem não usa a internet. Devíamos, mas não devemos mais, já que o radialista Clemildo Brunet de Sá, (com apoio do escritor Paulo Abrantes) cuja própria vida não apenas se confunde com a história da comunicação, como bem disse o professor José Cezario de Almeida, mas, acrescento, é a própria história viva e vivida da radiofonia pombalense, resolveu atender a expectativa dos que sentem na boca a sede do conhecimento da nossa rica história, fechando essa lacuna, ao publicar o livro intitulado “HISTÓRIAS DO RÁDIO EM POMBAL EM LIVRO”.

Cada pombalense que vivenciou ou construiu a radiofonia pombalense, ao se ocupar em escrever a sua história acabou por colocar “um ponto” a mais e, de ponto em ponto, fomos compondo o que agora nos chega colecionado em forma de livro.

E eu, que não costumo ver a banda passar da janela, já que tenho certeza que a banda toca para mim, mesmo tendo contribuído do lado de cá da difusora, na qualidade de ouvinte, principalmente do Lord Amplificador, que é mais da minha época, registro o meu testemunho dessa primorosa história construída por homens que tiveram uma visão além do seu tempo.

O livro prima por trazer nomes de pombalenses, alguns já falecidos já que o tempo é nosso maior carrasco, e outros ainda na ativa exercendo o duro oficiam de se comunicar através das ondas de rádios.

Para quem não viveu essa época resta adquirir o livro e saber através de uma boa leitura o que eu soube, através do “Som Direcional do Lord Amplificador”, nas minhas tardes e começos de noites, às vezes de solidão outra de pura reflexão, nas ruas da minha querida cidade de Pombal.

*Advogado, Escritor e Pesquisador da História de Pombal.