PEC 241/2016, o recomeço de um País saqueado
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Numa velha história conhecida, alguém
perdido numa bifurcação pergunta para um transeunte que passa pela estrada, o
caminho que seguia em direção sul qual era a sua primeira paragem, o
desconhecido responde que para quem não sabe aonde ir qualquer caminho serve.
Certamente, esse não é a sina do Brasil, sabemos da encruzilhada e dos perigos
que nos ronda, mas, sabemos que nem todos os caminhos nos servem.
Estamos tentando sair de um atoleiro em
todos os aspectos, moral, financeiro e político, mesmo assim, não nos achamos
encorajados a seguirmos trilhas que não sejam aquelas apontadas por andantes
encorajados e robustos de conhecidos pródigos e consistentes, capazes de
demover entulhos e devolver esperanças mortas aos corações desanimados a bater
no compasso das horas tristes e
Nem por isso temos motivos suficientes
para nos entregarmos ao desânimo e deixarmos de continuar lutando pelos nossos
objetivos cujo intento maior é chegarmos ao futuro de forma vitoriosa, mesmo
que essa vitória seja parcial, mas, que seja em direção ao ponto desejado, de
forma que a primeira etapa esteja superada. Nessa caminhada que já prevemos ser
longa e espinhosa, muitos percalços teremos que superá-los, não teremos
facilitados a nos favorecer e nos destravar etapas e conquistas, elas,
certamente, virão, não com a facilidade de mar de calmaria, mas de terras
devastadas e sopradas pelos ventos da discórdia e da desarmonia dos intrigantes
mensageiros da guerra.
A PEC 241/2016 é uma formula encontrada
para começarmos a caminhar em direção ao futuro dos nossos filhos e netos,
tenho a sensação que o futuro da nossa geração é tão incerta quanto penosa. Se
ela, a PEC 241 não for aceita certamente teremos grandes dificuldades e
incertezas para recebermos nossas aposentadorias dentro de pouco tempo. O
sistema previdenciário vigente não é sustentável, portanto, tudo deve começar
pela PEC 241, a sequência será de maior resistência, tudo que virá vai ser de
grandes desafios para toda Nação, sofrimentos virão com as necessidades de
juntarmos os cacos que sobraram do desmanche da economia nacional, privilégios
serão cortados e isso sentiremos na própria carne. Já há caminhos apontando
para sacrifícios na própria classe política, essa classe deve ser penalizada
para que paguem pela desordem feita pela sua irresponsabilidade.
Sou da opinião que todos devemos entrar
no sacrifício e sermos penalizados em nome do nosso futuro, sinto falta de
algum sinalizador apontando o quinhão dos afortunados, dos ricos e abastados,
não podemos deixar de fora essa fatia, muito embora pequena, mas que
corresponde a um grande percentual de reservas de capital, podendo, dessa
forma, responder por um pedaço do bolo para sanarmos os problemas de maneira
mais rápida e objetiva, sem sacrificarmos os mesmos e os de sempre, os
assalariados que pela legislação não têm como se safarem da imposição
governamental, sendo, esses, os mais sacrificados de toda população, sendo
seguidos de perto pelos comerciantes, na sua via cruzes de todos os problemas
surgidos na nação.
Nada nos garante que esse é o caminho
mais curto entre o estado de lamúria em que nos encontramos e a saída para o
inicio de uma nova vida, pelo menos que nos garanta a continuidade da luta
pelos nossos objetivos. Mesmo sabendo que é o caminho que temos não é permitido
ao governo usá-lo como atrativo e bancar com dinheiro público jantar para 500
talheres em nome de sua aprovação. Não se pode gastar quando o dinheiro está
curto principalmente para tratar de redução de custos. É uma modalidade que não
se aplica em qualquer circunstancia e em qualquer governo, seja ele de direita
ou esquerda, esse ponto de vista tem que ser equânime.
*Escritor e
Poeta
genival_dantas@hotmail.com
PEC 241/2016, o recomeço de um País saqueado
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/13/2016 05:26:00 AM
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