Tolice e Infantil é acreditar que o povo é um todo. Viva a parvoíce!
João Costa |
João
Costa*
Mirem-se nas advertências do velho
anarquista: é inútil e até mesmo infantil acreditar que o povo é um todo. E o
estado segue de exceção, apesar das eleições municipais, cujos resultados
consagram a vitória das forças da reação e que vai ratificar a demonização das
esquerdas de um modo geral, confundidas com o PT, agora de volta ao patamar de
nanico.
O caso do Rio de Janeiro é um paradoxo.
Por lá, a vitória da Igreja Universal do Reino de Deus é inquestionável. Pela
primeira vez, sem disfarce tão comum à Igreja Católica, a Universal amplia seu
projeto político – inclusive de Nação. Discurso e
O paradoxo citado acima remete ao fato
de que a Universal venceu impavidamente a empáfia das Organizações Globo, da
famíglia Marinho, que ao longo da campanha demonstrou indisfarçável truculência
e preconceito contra o Bispo Crivella. No quintal da TV Globo, vitória da
Record. A Universal vai governar o Rio, a vitrine do Brasil na canção, no
liberalismo e no multiculturalismo.
O PSDB venceu onde sempre triunfou: São
Paulo e Porto Alegre. No Sul, vencendo o PMDB, partido que afundou o Rio de
Janeiro, mas segue no comando da Junta Governativa, num abraço de afogados com
o mesmo tucanato, descaradamente blindado pela mídia nativa e pelas forças do
golpe – uma aliança espúria que não dura até abril de 2017. PMDB tem tudo para
ser descartado pelas já conhecidas forças que derrubaram Dilma.
No mais, segue o silêncio sepulcral e
sinais de impunidade para os líderes do golpe, amplamente citados como
beneficiários de propinas travestidas de doações de campanha. Aliás, aguardemos
a legalização do caixa 2. Só assim o chanceler poderá seguir com o projeto
prometido à Chevron e que está sendo cumprido à risca. Aliás, impressiona como
as Forças Armadas assistem ao desmonte do estado.
A
fossa que emerge vitoriosa é muito maior que se imagina. E exala tudo na Av.
Paulista, nos vômitos de “atrizes” da Globo, e na mídia nativa com os paladinos
da parvoíce nacional. No geral, àqueles que acreditam na palavra de ordem “eu
sou o caminho, a verdade e a vida”, estão prontos para o sacrifício.
*João Costa é radialista, jornalista e
diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica.
Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Tolice e Infantil é acreditar que o povo é um todo. Viva a parvoíce!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/31/2016 11:07:00 AM
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