Donald Trump, o ponto fora da curva
Genival
Torres Dantas*
Temos tantos problemas sistêmicos, ou
não, para resolver internamente, mal nos recolhemos às nossas necessidades mais
prementes, somos como que intrépidos levados ao desatino de novo envolvimento,
agora totalmente independente da nossa vontade. O mundo se viu surpreendido
pela eleição do novo Presidente dos EUA, o bilionário excêntrico Donald Trump,
velho conhecido no meio empresarial pela sua arrogância e prepotência, de um
vernáculo próprio aos fanfarrões desmiolados, cuja verborreia só comparava aos
sadomasoquistas na tentativa de afirmativas vazias e imbecis, tudo falando e imbecis, tudo falando e
nada dizendo, numa guerra de palavras ao vento,
sem nada justificar.
As primeiras ideias vagas do novo
presidente dos EUA, com posse para 20 de janeiro de 2017, é um verdadeiro
dossiê de impropérios, viadutos ligando nada a lugar nenhum, transposição de
água doce de um rio importante na economia de uma nação, com as águas desviadas
sendo jogadas no final da tubulação num deserto esmo, desabitado e insólito.
Uma colcha de retalhos sem nenhuma combinação de cores ou pinturas, um
descalabro visual. Todas as propostas apresentadas no decorrer da campanha
tinham sempre conteúdos preconceituosos, danosos aos seres humanos, de cunhos
hostis e degradantes às minorias radicados nas terras do Tio Sam. Um verdadeiro
perjuro aos Democratas mais insensíveis, verdadeira desconstrução as teorias
mais elementares da liberdade de ir e vir, fato indispensável, ou regra sene
qua non dos fundamentos democráticos.
Dessa forma, vamos tentando reconstruir
uma Democracia praticamente assassinada de morte matada pelos falsos fariseus,
inescrupulosos aliciadores dos poderes podres das republiquetas desoladas,
fincadas no entorno das bananeiras mal cuidadas, no final de produção cujos
produtos não servem nem mesmo para os porcos desnutridos e fétidos largados à
lama dos esgotos naturais que vazam por entre raízes e ramos sobre a terra mal
alimentada e despreparada para cultivo de qualquer cultura alimentar.
Não obstante o cuidado que há na
tentativa de trazer o Brasil para o centro do recomeço do desenvolvimento num
pátio industrial, temerariamente sucateado e desmobilizado pelos inimigos do
progresso, somos vítimas dos que trabalharam pelo insucesso da pátria, com
verdadeiro saque ao erário público, com desvios constantes dos cofres da nação,
representados pelos ministérios e empresas estatais, largamente noticiadas pela
imprensa informativa e investigativa, no seu trabalho basilar, levando
informações ao território nacional e ao exterior, deixando-nos verdadeiramente
perplexos de tanta vergonha por essa gestão que tivemos no governo anterior,
instalado desde 2003, a partir do primeiro mandato do ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva, até o impedimento legal da ex-presidente Dilma Rousseff,
limitando-se, portanto, a 13 anos de gestão petista, período de desmandos,
nunca antes praticado em nosso país em todo regime Republicano Democrático.
Quem acompanhou o período nababesco do
petismo não podia imaginar a situação de penúria que estávamos vivendo,
enquanto a nação gastava por conta de um dinheiro inexistente as dívidas
simplesmente cresciam chegando a um estágio falimentar, chegando ao ponto de
muitos Estados ficarem sem dinheiro para pagamento dos salários dos seus
funcionários, casos específicos do Estado do Rio Grande Do Sul e Rio de
Janeiro, pedindo urgente Intervenção Federal.
Sabemos que a PEC 245/55/2016, não
representa a redenção do Estado Brasileiro, mas, de alguma forma, atenua os
problemas mais cruciantes. Muitos serão os caminhos a ser percorridos, diversos
os espinhos a nos penetrar, longas estradas de estranhas formas percursos, dias
de chuvas e penúrias, extensas noites de escuras solidões, várias serão as
mesas de pouca comida e muita solidão, não vamos nos enganar.
*Poeta e Escritor
genival_dantas@hotmail.com
Donald Trump, o ponto fora da curva
Reviewed by Clemildo Brunet
on
11/15/2016 07:01:00 PM
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