Conciliação e Prudência
Genival
Torres Dantas*
As intempéries provocadas pelas
distorções e precipitações das nossas divergências e díspares seguem de uma
forma truculenta e sem nenhum resquício de conformidade dentro dos próximos
tempos, principalmente após as rusgas apresentadas nos meios dos comandos da
Nação, mormente entre o Judiciário e o Poder Legislativo, numa posição de
mostrar poderes superiores ficam adormecidos em berços esplêndidos, sem provar
nada a ninguém, numa sorrateira linguagem de obelisco erigida aos ventos dos
mares de no mínimo 1000 Km de distancia da base da ostentação.
Seguimos destoante e distante daquilo
que imaginávamos em busca do tempo perdido e com base em propostas honestas e
compostas de adjetivos substantivados no mais absoluto termo de prevalência
justiça e transparência sem opacidade. O que estamos conseguindo montar em
termos de trabalho em prol dos objetivos traçados anterior ao poder assumido
está muito distanciado ou nada foi produzido de real, considerando o tempo
inicial, com quase 07 meses, e
Há uma verdadeira leniência na execução
das tarefas, talvez a necessidade de não errarmos tanto nos tenha levado nessa
cadência desacelerada, mas, não é um ritmo aceito pela necessidade dos mais
aflitos que sentem o tempo passar com mais velocidade, impactando de forma
negativa seus prazos e condições Sine qua non para resolução das suas muitas
pendencias abertas tal qual feridas a sangrar sem uma solução asséptica,
trazendo soluções, mesmo que paliativas aos corpos cansados de tantas
debilidades provocadas pela completa ausência de cuidados e acuidades por quem
de direitos.
Hoje temos um Brasil pendurado nos asfaltos
que remendam ruas, vilas e vielas, numa linguagem sul real, longe das favelas
com seus barracos embandeirados como a rimar amor e dor na complexa linguagem
da poesia urbana a nos remeter às batidas febris dos corações que faziam a vida
nos locais longevos, nos mostrando que o dinheiro favorece o luxo, mas, não
traduz condição de vida longa. Temos visto por onde andamos que a substituição
da poeira da terra batida, das ruas das periferias urbanas, pelo barulho das
sandálias se arrastando nos paralelepípedos aquecidos pelo sol escaldante, só
nos traz saudades dos tempos não muito distantes, da nossa infância nunca
esquecida a correr entre a rua estreita e do sol segmentado, indo ao encontro
do bairro dos Pereiros, na busca do nosso futuro.
Quanto mais eu tento buscar nos tempos
atuais imagens mais amenas, que me traga menos sofrencia e mais esperança nos
nossos contemporâneos somo levados pelo sopro dos ventos, como quem canalizados
em direção à infinita diferença, não sabendo, portanto, que caminhos seguir,
que rumos tomar. Somos sacudidos por uma administração ruim, permanecidos por
longos e indesejados 13 anos de profunda incompetência, estamos mergulhados no
governo subsequente numa sensação de uma temperatura morna, o morno não é
considerado pelos deuses, visto que se trata de algo nada definido nem
esperado; não temos mais tempo dessas amenidades, ou o governo se faz presente
com ação e determinação, ou já se faz necessário levantar acampamento e deixar
que outros possam se prontificar a, pelo menos, tentar fazer essa travessia,
mas que seja uma travessia numa ponte, não precisa ser para o futuro, mas, que
não seja uma pinguela a não nos levar a lugar nenhum, estamos absolutamente
cansados dessa cantilena.
*Escritor e
Poeta
genival_dantas@hotmail.com
Conciliação e Prudência
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/15/2016 08:09:00 AM
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