Não há ética na guerra; Grande Satã entra em cena
João Costa |
João
Costa*
Com o país à deriva, juiz de primeira
instância dá nota avalizando a indicação de ministro para o STF; réus escolhem juízes
e com eles confraternizam, médicos discutem em grupo métodos mais eficientes
para apressar morte de paciente, procuradores pipocam champanhe com morte de
quem eles têm a convicção de que são culpados e advogados desejam àquele abraço
com Grande Satã para inimigo antes oculto e agora revelado. Mais:
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Os papéis parecem trocados, mas não
estão. É que não há ética na guerra. Cronistas de futebol sentenciam que a melhor
defesa é o ataque. Se assim for, parecer ou convier, Luiz Inácio Lula da Silva
já perdeu e enterrou Dona Marisa – seu amor, protetora e
Resta-lhe contra-atacar, pois se sua
morte ocorrer de forma prematura ou não, por doença, bala ou vício, será
comemorada como triunfo para milhares de néscios, fascistas e escroques; gente
da alta classe média e até pobres que se acham de classe média por agora agregarem
às suas vidas carros financiados, casas e apartamentos pelo Minha Casa Minha
Vida, e condições hoje de pagar cursos de nível superior para seus filhos e
filhas, justamente e graças às políticas por Lula implantadas.
Muitos destes militam hoje nas hordas
que Lula qualificou como “Facínoras e Canalhas”, visto que seus algozes de
hoje, fizeram carreira no Judiciário, outros fortuna por serem destinatários de
bilionárias verbas publicitárias de seu governo, e adesistas políticos que no
passado recente, formavam na Paraíba comitês para o candidato Lula e hoje lhe
desejam abraço fraterno com “Grande Satã”.
Lembro que tinha um comitê pró-Lula, ali
na Av. Epitácio Pessoa, não muito longe do Ed. Concorde, de onde voou dinheiro.
Coisa do realismo fantástico ou do surrealismo paraibano. O candidato que
ganhou aquela eleição viria a ser cassado e apeado poder, sem que seu líder no
parlamento desejasse abraço com Grande Satã aos adversários de então. Quem é
este?
“Grande Satã” na verdade é um epiteto
depreciativo com o qual os aiatolás se referem aos Estados Unidos, e até
ensinam como, porque e quando destruir seu real e ameaçador inimigo. Entre os
persas é chamado também de Iblis ou Arimã.
Ele, “Grande Satã”, entre os judeus,
atende também pelos nomes, de Asmodeu, Belzebu, Azazel, Belial. Cá entre nós,
atende pelos nomes de Tinhoso, Cão, Diabo. Já o nome Satanás faz mais sucesso.
Prefiro Cão, que é mais intimista e personagem de histórias infantis e piadas
sertanejas.
Demonizar o inimigo é a maneira mais
simples e eficaz, pois todos acreditam no Demônio – e o temem. Para alguns,
evoca-lo sempre traz fortuna geralmente em fortuna de dízimos. Por ele ou por
conta dele, os templos lotam.
Por fim ou por começo, a corrupção segue como
mote para embalar ressentidos, dá ânimo a fariseus em todas s categorias.
Corrupção é crime. Que a polícia investiga (agora se sabe que nem tanto), o
Ministério Público denuncia e para tanto apenas convicção basta, e o Judiciário
condena. Seletivamente, ou não. Nos braços das bailarinas da Dança do Ventre,
ou não.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Não há ética na guerra; Grande Satã entra em cena
Reviewed by Clemildo Brunet
on
2/05/2017 10:55:00 AM
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