A classe dominante não governa; o povo não quer o poder!
João Costa |
João
Costa*
Dizia o velho anarquista. “O momento é revolucionário. Revolucionários, é que não existem mais! Motivos não faltam!” O empresariado segue apoiando o governo Temer na vã esperança da aprovação pelo Congresso das ditas reformas trabalhista e previdenciária. Os deputados e senadores esticam as votações para manter o apoio dos mesmos empresários. Resumo: a classe dominante não governa e o povo se queda paralisado, não quer o poder – e não há partidos ou líderes para inimaginável ruptura.
De costume histórico, um acordão se
desenha. Luiz Inácio Lula da Silva tem
sobrevivido a implacável perseguição, mas agora é chamado para um entendimento
que segure o governo Temer até 2018, ou outro preposto do capital internacional
que, com extrema eficiência e sem precisar aos métodos aplicados na Síria,
Iraque e Líbia, promove o desmonte da economia nacional, enxovalha a soberania
nacional e pasmem! Com aval até das
forças armadas.
O corruptor-mor, dono da JBS, em entrevista
de 12 páginas, disse com todas as letras
que “Temer é chefe da ORCRIM e o mais perigoso de todos”. A entrevista, além de
capciosa, não traz muita novidade do já foi dito pelo próprio delator e
corruptor-mor da classe política. Mas se observa o hercúleo esforço dos
entrevistadores e entrevistado em “esconder” personagens que estão no leme da economia
de Pindorama, há décadas. Exemplo?
Esse
Henrique Meirelles. Foi presidente do Banco Central do governo Lula; em
seguida presidente do Conselho Administrativo da empresa corruptora, de
propriedade dos irmãos Batista, e agora é ministro da Fazenda do golpe.
Intocável, incensado. Jogou e joga dos dois lados. Ou melhor: dos três. Foi
braço forte e conselheiro do corruptor, ao mesmo tempo amigo de Temer, agora
investigado e que pode ser acusado de “corrupção passiva, formação de quadrilha
e de obstruir a justiça”. O terceiro
time desse ministro é o próprio PT.
Nesse vácuo político, Temer segue
governando diante da terrível incapacidade da Nação de esboçar reação. As
oposições esboçam uma tímida campanha por “Diretas, Já!” E não antecipação de
eleições gerais. A pauta segue criminal, eleitoral, e passa ao largo da
derrubada do governo. A luta é híbrida muitos concordam, desde que não atrapalhe a cerveja e o domingo
no parque no final semana!
E a corrupção? A corrupção é um bom
motivo, mas não chega a ser a razão. Agora ela serve como mote de palestras
para que procuradores possam faturar além dos seus salários.
E não esperemos pelo Judiciário. Desde o
início esteve no golpe parlamentar.
Se o momento é revolucionário, mas os
revolucionários estão em falta, à tendência autofágica é o que resta. Ou a
Servidão Voluntária!
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
A classe dominante não governa; o povo não quer o poder!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/19/2017 02:25:00 PM
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