CAPÍTULO QUARENTA E NOVE
O Salário da Morte não foi à única coisa que só se completou depois que saí de Pombal.
W. J. Solha |
Por
W. J. Solha*
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Em 70, como presidente do Conselho de Desenvolvimento do Município, nomeado
pelo prefeito Dr. Atêncio Bezerra Wanderley, acolhi – com entusiasmo – a
proposta especial de um dos nossos conselheiros, o pastor JÔNATHAS BARROS DE
OLIVEIRA - da igreja presbiteriana de Pombal: a de trazermos o sinal de TV Tupi
– do Recife - para a nossa cidade, a 500 km de lá.
Ele era uma figura
única: ensinava inglês nos Colégios Josué Bezerra, Diocesano e no Estadual de
Pombal, ensinava teologia na sua igreja, realizava pesquisas sobre psicologia
carcerária (forense e Carcerária), foi diretor do Instituto Acelino de
Carvalho, primeiro Diretor Superintendente da Rádio Maringá AM; diretor da sub Seccional
da Labre, Presidente do Rotary Clube, Radioamador sob o prefixo PY-7 AWL, etc,
etc e bote etc nisso.
Pois bem. Apesar do
desconforto do prefeito (que respeitava nossa decisão, embora não a aprovasse),
fui com ele e o pastor à capital pernambucana, pra comprar o material
necessário à construção da antena rômbica.
Todos, principalmente
ele, trabalhamos pra burro. Foi uma festa a primeira imagem – ainda em branco
em preto - que recebemos num aparelho no alto do Cruzeiro, na repetidora
instalada junto da adutora elevatória da Cagepa.
Lá assistimos a algumas
partidas da seleção brasileira no México, no meio da multidão que queria ver os
jogos e o fenômeno. O problema, no entanto, é que o pastor não conseguiu
transferir essa imagem para a cidade, lá embaixo, e eu o vi gemer de dor de
cabeça, na sua casa, por causa disso.
Como
vim embora pra João Pessoa, em seguida, só fui saber que a cidade passara a
receber normalmente as imagens ansiadas, depois de alguns ajustes, através de
uma visita que o Doutor me fez com Dona Cacilda, já como deputado estadual.
*Escritor,
Dramaturgo e Ator.
CAPÍTULO QUARENTA E NOVE
Reviewed by Clemildo Brunet
on
11/06/2017 06:10:00 PM
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