Da conciliação à capitulação: Lula resultou condenado e preso pelo que é; não pelo que fez ou deixou de fazer
João Costa |
João
Costa*
São inúmeros os juristas de viés democráticos
convencidos de que Lula nunca enfrentou nem combate uma batalha jurídica sendo
tratado como inimigo político por todos os estamentos sociais conservadores,
incluindo moderados e fascistas de todos os matizes. O que o levou optar pelo
caminho do encarceramento ao enfrentamento político a partir do Exílio, talvez
nem ele mesmo saiba o erro abissal que cometeu.
Ao optar pela capitulação, o
ex-presidente abriu mão da resistência democrática a partir o Exílio. Por
tabela, facilitou o caminho para repressão aos opositores políticos do regime
que se instalou no País.
A narrativa política se esvai, diante do
martelamento avassalador do discurso criminal num momento político de
incertezas até de disputa eleitoral que o país está vivendo e não sairá dele,
seja qual for a força política vitoriosa que resultar das urnas. As eleições de
outubro não são uma porta aberta para a saída da crise, mas portão de entrada
para crises maiores – o caos, talvez.
Pelo simples fato de que as forças
esquálidas de votos, mas exageradamente poderosas no controle da informação, do
Estado, dos meios de comunicação e de setores produtivos, jamais aceitarão,
como não aceitaram em 2014, o resultado das urnas.
O Judiciário deixou cair completamente à
máscara ao pontificar que julga casos pelo nome que está na capa do processo,
nunca pelos argumentos da defesa ou mesmo do direito. Até porque, Direito nunca
foi ciência, mas normas que emanam de autoridade, seja ela o rei ou títere de
plantão.
Diziam que o direito emana da ponta da
baioneta. Neste século, no caso do Brasil, apenas uma ou duas Twittadas
colocaram o Supremo de joelhos. Esse STF é o mesmo desde o caso Olga Benário,
deportada pela Corte Suprema dos Estados Unidos do Brasil (era assim que se
chamava o STF), em abril de 1942, para a Alemanha; os relatos seguintes de autonomia e aplicação da justiça, são
apenas firulas jurídicas.
O desenrolar dos acontecimentos
demonstram o quanto são tolas as forças políticas que depositam nas Forças Armadas
um caráter progressista de não alinhamento com as forças conservadoras, e estas
de lesa pátria diante de interesses econômicos e políticos gestados no
Departamento de Estado dos EUA.
Há de se recordar que o próprio títere
que ocupa o Palácio do Planalto foi e é informante do Conselho de Segurança
Nacional dos EUA, segundo documentos vazados pela organização Wikileaks.
Segundo a organização, nos meses de
janeiro e junho de 2006, o títere tolerado no Planalto, então presidente do
PMDB enviou documentos ao Conselho de Segurança Nacional dos EUA e ao Comando
do Sul, em Miami, descrevendo sua visão sobre a unidade do partido e as eleições
que seriam realizadas naquele ano.
Diante do quadro, resta dar dois passos
atrás ou um passo à frente, se a maioria da Nação se quedou paralisada até
quando direitos básicos foram retirados?
*João Costa é
Radialista, Jornalista e Diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Da conciliação à capitulação: Lula resultou condenado e preso pelo que é; não pelo que fez ou deixou de fazer
Reviewed by Clemildo Brunet
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4/10/2018 05:36:00 AM
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