Velhas e novas raposas políticas se agrupam para 2022
Enquanto a imprensa nacional
e os navegantes da nova onda de comunicação, internet, tratam de assuntos
pertinentes ao mundo das indagações obsoletas para o dia a dia da maioria dos
brasileiros, tal qual quem patrocinou o Adélio no episódio do atentado ao Jair
Bolsonaro (PSL/SP), então candidato a presidente da República, e se
efetivamente ele tem qualquer grau de loucura; a esquerda brasileira anda
questionando o sumiço e apresentações relâmpagos e o STF, decisão monocrática,
ministro Gilmar Mendes, suspende andamento do processo contra o senador Flávio
Bolsonaro (PSL/RJ), envolvido em esquema nada republicano, enquanto Deputado
pelo Estado da Guanabara, casos abjetos que deveriam ser assuntos restritos ao
campo policial.
Na sala dos discursos torpes
os partidos políticos ficam correndo em busca de acertos visando às eleições de
2020, por se tratar de um trabalho de menor importância dentro da própria
política, o andamento é lento e gradual. O Presidente da República começa a
fazer caça as bruxas dentro do seu partido, esse mesmo que o elegeu.
Numa briga com o presidente
do partido, deputado Luciano Bivar, cujo desentendimento público levou o Bivar
retrucar ofensas do Bolsonaro e afirmar que o Presidente da República está fora
do seu partido, mesmo não havendo nada de oficial, o processo de retaliação
entre eles continua e já se vislumbra uma possível saída do Bolsonaro do
partido que lhe acolhe, para tanto, procura-se fórmulas jurídicas que
justifiquem a saída do presidente sem que ele corra risco de cassação do cargo
que ocupa.
O exitoso projeto do PSL, em
conjunto com a família Bolsonaro, hoje é uma amarelada página virada pela
história que não perdoa os insensatos, o partido de dois deputados na Câmara
dos deputados se transforma em 52 componentes na mesma Câmara, pode ser
reduzido pela metade caso os Bolsonaros realmente resolvam sair da legenda e as
investigações do laranjal pslista sejam de fato encontradas ações não
republicanas e julgadas ilegais, acarretando oportunidades de cassações dentro
da sigla pela justiça eleitoral.
O líder da família Bolsonaro
é o próprio Jair que começa a se movimentar na tentativa de construir novas
lideranças para a sigla que o aceitar, nessa semana ele já sinalizou que vai
tentar em São Paulo construir uma história política com novos elementos, o
primeiro a ser sondado foi o apresentador de tv, Datena, o “candidato que nunca
foi”, sempre se apresenta sem efetivar nenhuma candidatura, outro que não para
em partidos, tendo passado pelo PT, feito escala rápida no PP e saído recentemente
do DEM, portanto um apartidário e sem ideologia, tal qual nosso presidente
Bolsonaro.
No Partido que já foi
sinônimo de Democracia em nosso País, era o antagonista da situação no governo
dos militares, 1964/1985, deu respaldo político para muitos brasileiros
baluartes da liberdade plena e irrestrita, caso como o saudoso Ulisses
Guimarães, assim como, manteve em seu quadro políticos inescrupulosos, quando
saímos do bipartidarismo, esses aproveitadores criaram novas siglas e
transformou o Brasil no maior celeiro de corruptos, nunca antes encontrado em
nenhum país democrático, isso ajudado pelos vermes que continuaram agrupados no
próprio MDB, depois PMDB e na sequência voltou ao MDB.
Atualmente a sigla MDB
elegeu nova administração com a presidência ficando ao cargo do deputado
federal Luiz Felipe Baleia Tenuto Rossi, politicamente conhecido como Baleia
Rossi, filho do político ex-deputado federal e ex-ministro da agricultura,
pecuária e abastecimento, Wagner Rossi. Assim como o pai, Baleia Rossi é empresário
bem sucedido comandam um complexo empresarial, em Ribeirão Preto/SP, no
segmento educacional, tendo como carro chefe a Universidade de Ribeirão Preto,
UNAERP, famosa pelo gigantismo e qualidade de ensino, com corpo docente
comparado com as grandes universidades particulares e preparado na maioria das
vezes pela própria UNAERP, quando são regimentados e contratados para o seu
quadro.
O deputado Baleia Rossi, se
apresenta como uma cara nova, entretanto tem 27 anos de mandatos eletivos, era
o presidente do PMDB paulista e tem trânsito livre entre os velhos políticos
que integram o seu partido. Os que ainda fazem parte da agremiação vêm desde o
ex-presidente José Sarnei, conhecida raposa na política, foi membro da antiga
ARENA, apoiador do regime militar, quando o barco estava virando, pulou no mar
e a oposição o resgatou e lhe deu guarida.
Por ter pertencido ao
partido dos militares e se transformado no vice-presidente na chapa do Tancredo
Neves, esse último não podendo assumir o governo, por problemas de doença,
vindo a óbito, Sarnei assume a Presidência da República, 1985, numa verdadeira
calmaria, ele era bem relacionado com os antigos situacionistas. Esse foi o
único favor que a República brasileira lhe deve.
Baleia Rossi terá ainda a
companhia do também ex-presidente da República Michel Temer, tendo sido preso e
indiciado em processo junto ao STF, figura nada republica, assim como são os
ex-senadores Romero Jucá, presidente do partido, anterior à Baleia Rossi,
ainda, ex-senador Eunício Oliveira, ex-presidente do senado, ilustrando o
polêmico Renan Calheiros, ex-senador e presidente do senado por mais de um
mandato.
Não podemos esquecer-nos de
outras figuras carimbadas, da política, Moreira Franco, e Eliseu Padilha, ambos
os ex-ministros do Governo Temer, formando o tripé do absurdo. Dessa forma o
slogan da campanha ao cargo para presidente da sigla do MDB foi projeta na
ideia do novo, fica efetivamente comprometida, sinalizando caminhos de pedras e
curvas para que o antigo MDB seja aceito como um novo tempo.
Na outra ponta temos o novo
socialismo travestidos de democratas, há um iceberg em processo de desmanche
pelas águas quentes que cercam o PSDB, de filiados conhecidos na política
nacional. A sigla se apresenta tentando se renovar, até tem tentado mudar o
perfil ideológico, sempre na social democracia, regimentou o ex-governador do
Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido), pessoa bem articulada, foi grande
governador do Espírito Santo, deixando seu Estado numa posição elogiável, soube
administrar com lisura e responsabilidade.
Podia ser um excelente
candidato da direita socialista, entretanto, há no PSDB figurões que não vão
permitir seu sucesso por puros ciúmes e incompetência política. O ex-presidente
da República e maior cacique lá dentro, Fernando Henrique Cardoso não permitirá
que Hartung dance a valsa da debutante em 2022, têm outros pretendentes ao
ofício.
Aliados ao projeto 2022 há
uma diversidade de candidatos naturais dentro da sigla, tais qual o senador
José Serra (ex-motorista de terrorista nos anos 1960), assim julga a imprensa
da época; o atual governador do Estado de São Paulo, a vedete do PSDB, João
Dória não se esquecendo do também ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin,
assim como Serra foi derrotado para presidente da República, estão
politicamente desgastados. Resta ao PSDB convencer o Paulo Hartung a se filiar
ao partido e ser o candidato. Também há alternativa, buscar o candidato que se
encontra na mira do DEM, o apresentador da Rede Globo de Televisão, “para quem
está perdido qualquer caminho serve”. Essa frase não é nova, é de Alice, porém
é atual.
Definitivamente a esquerda
corre por fora numa tentativa de recuperar o poder e a chance de continuar
sangrando o erário público, com sua política insana, demagógica e despudorada.
No seu quadro não sobrou nada que possa vir servir ao Brasil, aliás, nunca
teve, a começar pelo seu líder maior e detentor do título de maior corrupto da
história brasileira, por essa razão encontra-se detido em Curitiba.
O que sobrou desse conjunto
de bastardos políticos se encontra alojado em partidos tipo PT, PDT, PCB, PCdoB
e outros de menor expressão popular. Não há nem como enumerar nomes
individualmente nessas siglas, a maioria se encontra presa ou em fase de
julgamento, com raríssimas exceções, portanto, acredito que essa classe fique
fora do alcance eleitoral por muitas décadas, até que a nação que ela tanto
dilapidou venha a tomar fôlego e sai da eversão que nos encontramos.
Isso posta fica provado que
temos muito que depurar até chegarmos ao consenso de uma nova política com
novos quadros a nos remeter a uma confiança pelo menos relativa, nos políticos,
o que hoje não temos e nem mesmo deslumbramos essa possibilidade próxima a nós.
Genival
Torres Dantas
Genival Torres Dantas |
*Poeta,
Escritor e Jornalista
genivaldantasrp@gmail.com
Velhas e novas raposas políticas se agrupam para 2022
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/13/2019 10:42:00 AM
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