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Quem nasceu para paquiderme não chegará ao pavão misterioso




Genival Torres Dantas*

O brasileiro é uma figura interessante, fala aos quatro cantos do mundo do que vai acontecer e quando de fato acontece o prognosticado fica irado, raivoso sai até da casinha como se fora surpreendido pelo ocorrido. Essa história de detenção após a segunda instância todos nós sabíamos que era favas contadas, não restava nenhuma dúvida que o resultado do julgamento no STF, Superior Tribunal Federal, não seria outro, condenação em segunda instância não seria motivo de prisão e sim, o réu só seria preso após a sentença condenatória transitada em julgada, no caso, após condenação do STF.

Estava em jogo o julgamento nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43, 44 e 54, a respeito do início do cumprimento de pena. Era assunto técnico jurídico, entretanto estava contaminado com questões políticas e ideológicas. Naquele estágio e momento, com a participação dos membros, total de 11, faltando 4 votos, a sentença estava praticamente configurada.

Há uma desconfiança, por parte da população brasileira, muito grande, nos componentes daquele Poder e última instância a ser recorrida. Quem acompanhou os votos dos quatro últimos ministros, o placar já estava 4x3, proferidos em sessão anterior, não teve dúvida do tiro de misericórdia na Operação Lava Jato, a mais bem realizada e vitoriosa ação de um grupo de Procuradores e Juízes que já ocorreu no território nacional e contra o crime organizado dentro do organismo administrativo da Nação.

Não vou me ater aos votos dos ministros componentes, mas farei comentários ao voto do Presidente do Supremo, Antonio Dias Toffoli. Ele que já tinha apontado qual direção seguira, em sessão anterior, fez várias peripécias com as palavras, indo de Norte a Sul, Leste a Oeste, divagando entre citações jurídicas, sentenças anteriores proferidas por professores ilustres, juristas renomados, casos de expressões no mundo jurídico internacional, buscava minimizar os efeitos do seu voto que viria na sequência.

Tudo dentro de um script bem elaborado, entretanto, faltava apenas combinar com os boquiabertos ouvintes da plateia, rádio e televisão, muito embora um discurso de palavras impolutas dignas dos doutos mais capazes, dos catedráticos mais empenhorados. A grande diferença era o fechamento das teses que não estavam explanadas, grau enorme de dificuldade, pois as questões não eram elucidativas, tudo muito subjetivo, verdadeiro embaraço para lacrar o pensamento do ilustre presidente.

Finalmente, voto dado, a tese da prisão após condenação em segunda instância, estava derrotada por 6x5, graças aos votos de cinco ministros da Corte e o de Minerva do Dias Toffoli, a partir daquele momento o País estava condenado a receber mais de 4800 presos por todo Brasil, pelas suas ruas, e do mais alto grau de periculosidade. O primeiro da fila era o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e o mais perigoso deles, junto com sua quadrilha política e de empresários, todos maléficos ao País, montaram esquema de corrupção quando estupraram a própria Pátria, saquearam o erário público, desconstruiu um projeto de governo, mantado para sequenciá-lo por, no mínimo, 50 anos, quebraram estatais, bancos e empresas públicas.

Fizeram mais, buscou no mercado dinheiro, com intermediação do BNDES, para financiamento de Países quebrados e sem fiadores, cujo volume ultrapassa a espantosa quantia de R$ 1 trilhão, para um País como o nosso que vive sob o domínio da miséria e do sufoco financeiro, com extrema dificuldade para bancar a nossa saúde, segurança pública e educação, o tripé base para proporcionar um futuro melhor para nosso povo. Ainda, o que é pior, a dívida dos empréstimos fraudulentos não será pago, as parcelas estão sendo vencidas e não estão sendo quitadas.

Esse senhor, mais honesto da República, já foi solto juntamente com outros meliantes da sua quadrilha de cidadãos de muitas avenças! O delinquente mor começou a fazer estrago, com comícios e entrevistas insinuando que vai percorrer o Brasil convocando o povo a ir à luta contra o governo do País. Pelo pouco que ele tem demonstrado o sujeito não mudou nada, continua o mesmo agitador barato que comandava as greves em portas de fábricas, no ABCD paulista, nos anos 1970/1980. É bom deixar claro que ele continua réu, apenas em liberdade, por enquanto, há muitos processos vindos por aí.

É bom que o nosso Presidente fique esperto, até então a oposição se sentia isolado, com a presença física do maior jagunço da Nação, solto pelas ruas do País, ele agora terá uma oposição pesada polarizando a política entre direita e esquerda, o líder da esquerda não tem escrúpulo fará qualquer coisa pelo poder, como fez em outras ocasiões, ainda, seus comparsas, dito por eles mesmo como companheiros. O Brasil não merece, mas estamos numa situação de risco nesse momento. É preciso acionar as trombetas dando o toque de alerta para não sermos surpreendidos pela conduta nefasta dos inimigos da Pátria.


Genival Torres Dantas

*Poeta, Escritor e Jornalista


Quem nasceu para paquiderme não chegará ao pavão misterioso Quem nasceu para paquiderme não chegará ao pavão misterioso Reviewed by Clemildo Brunet on 11/11/2019 05:14:00 AM Rating: 5

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