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As nações usam o discurso minimalista



 Genival Torres Dantas*

 

 

Depois de muitos insultos, insinuações, provocações e até promessas de uma guerra generalizada. Na sequencia do assassinato do general Qassim Suleimani, terrorista do Irã, no solo iraquiano e em ataque americano, com sepultamento tumultuado e 56 mortes, vários feridos, uma verdadeira tragédia provocada pela irracionalidade humana e nenhuma organização.

 

Como represaria o Irã ataca bases americanas no mesmo território iraquiano, apenas com perdas materiais sem vítimas fatais ou mesmo feridas. O mundo estarrecido esperava uma reação terrível por parte do governo Trump, com toda ira que lhe é natural, principalmente nessas horas de mostrar a valentia e a superioridade da sua gente, tanto no aspecto econômico como militar.

 

Para surpresa geral a resposta americana foi suavizada e consternada, com palavras amenas, até mesmo tentando um novo acordo nuclear com o inimigo que não aceita abdicar do direito de construir seu arsenal atômico, calcado numa posição quase neutra dos demais países que dominam a tecnologia para fabricação desses artefatos nucleares.

 

Na sequência todos se juntaram numa só voz em defesa de acordo pela diplomacia com ausência total das armas e pelos dois países, não podemos negar que o próprio Iraque que foi atingido pelos dois ataques também uso o afago como uma maneira de evitar mais derramamento de sangue numa região que transpira ódio e desavenças por múltiplas razões, cujo sentimento mais forte de desavença é o religioso.

 

Nesse caso específico é motivado pelo sentimento do poder e domínio relacionado ao petróleo, e essa querela vem desde os anos 1950, logo após o final da segunda grande guerra do século passado. O governo Trump mesmo falando em novo acordo não deixou de pôr o dedo na ferida aberta e ainda sangrando pelas lágrimas sentidas pelo general terrorista, mas para eles um grande herói nacional, temos que concordar os dois lados tem razão, o general para o oriente era uma figura respeita e respeitável, para o ocidente um verdadeiro produtor de carnificinas.

 

É muito admirável que o mundo diplomático se coloque a disposição da paz, tentando uma aproximação entre os contendores e que cheguem num denominador comum, mas pelo diálogo, pela razão e baixem a guarda e comecemos um novo ano de anistia e ponderações. Sabemos que estamos nos digladiando por um planeta melhor, menos poluído, entretanto nos preocupamos com o oriente pelas suas reservas de commodities minerais, no caso o petróleo, poluidor número 1 do nosso ar, ninguém se propõe em desligar seus motores e máquinas como forma de contribuição com o meio ambiente.

 

Estamos assistindo o desequilíbrio do planeta, algumas regiões sendo atingidas pelo excesso de água, os equipamentos acusando muitos milímetros de água, por centímetro quadrado, em poucas horas, em alguns casos chegando a chover em 24 horas o que é previsto para 30 dias. O fogo foi o vilão, nos últimos meses aqui no Brasil, quando nossa floresta amazônica foi atingida brutalmente, não se sabe ainda se pela ação humana ou se da própria natureza, sabemos apenas o mundo desabou sobre nós, como se o governo fosse o único responsável pela tragédia.

 

No outro lado do mundo, Austrália, as matas pegam fogo, ninguém se apresenta para condenar o governo de lá, as ONGs ficam silenciosas, os governos europeus fazem cara de paisagens, não emitem nenhum comentário, os esquerdistas brasileiros movidos pela indolência, que lhes são peculiares, tal quais birutas em vendavais, perdidos na insignificância dos seus pensamentos amorfos, não veem nenhum desatino nas matas australianas, porém vão e apresenta menção de solidariedade, na embaixada iraniana, prestar homenagem ao general terrorista morto pelos americanos, tacanho comportamento!

 

Genival Torres Dantas

 

*Poeta, Escritor e Jornalista

 

genivaldantasrp@gmail.com

As nações usam o discurso minimalista As nações usam o discurso minimalista Reviewed by Clemildo Brunet on 1/10/2020 05:27:00 AM Rating: 5

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