A lascívia é tão abominável quanto à excrescência no ser humano
Genival Torres Dantas*
• A mídia nacional e até
internacional - nos últimos dias tem dado ênfase em um assunto repugnante e
indigesto para as pessoas do bem, mormente as voltadas para a família e
respeito ao ser humano, principalmente quando se trata de estupro de
vulnerável, como é o caso que ocorreu no Espírito Santo, quando um marginal
desqualificado, 33 anos, vinha mantendo relações sexuais com uma criança desde
os seus seis anos de idade, tendo-a engravidado, com o agravante de ser o
marginal tio da vítima. Tão cruel quanto o crime do estupro foi à divulgação
dada ao assunto por pessoas totalmente alheias ao assunto e sem nenhum vínculo
as ações de soluções, absurdo que só degenera a moral da própria criança, só
piorando a situação;
Para piorar, ao ser
interrogado, o bandido pede que seja feito teste de DNA, pois ele acusa um avô
e outro tio da menina de praticarem o mesmo crime, com a mesma criança e, no
caso dele, as relações vinham sendo consensuais. Para esse tipo de gentalha a
canalhice não tem limites, mesmo que tenha ocorrido participação de outras
pessoas, no decorrer desses quatro anos, nada justifica a gravidade do crime
por ele praticado;
Não merecendo nenhuma
consideração ou argumento para não lhe imputar a penalidade maior que as Leis
permitirem. Infelizmente o aborto provocado e autorizado judicialmente, feito
na criança, foi preciso e necessário para salvar a vida da vítima, conforme
informações os órgãos da grávida ainda não estavam devidamente formados o que
seria temerária a manutenção daquela gravidez;
Ao me deparar com essa
triste situação, no noticiário brasileiro, lembrou-me imediatamente de um
artigo recente do ilustre Desembargador, decano, do TJSP, José Carlos G. Xavier
de Aquino, em referências aos crimes e suas penas, dentre elas, foi referendada
a lei de talião, na Babilônia, que pregava: “Olho por olho, dente por dente”,
uma maneira cruel e bárbara que se fugia da justiça para praticar a punição.
Chegamos ao desplante de pensar em uma situação bem parecida o que era
empregada no pretérito da humanidade.
• Perspicuidade e
clarividência – são duas situações distintas e nem sem há associação entre
elas, são muito diferentes, uma situa-se no material a outra voltada para o
espiritual, o fato é que numa entrevista na TV, o Ministro do STF, Marco
Aurélio de Melo, inverteu os papéis e pergunto a um dos seus entrevistadores,
no caso o Jornalista, Poeta e Escritor, José Nêumanne Pinto, no Programa Roda
Viva, se aquele jornalista não acreditava no Supremo Tribunal Federal, STF;
A resposta foi fulminante:
NÃO, e na sequência Nêumanne fez um relato dos porquês da sua negativa,
deixando o ministro simplesmente sem chão, ele jamais imaginou que alguém
tivesse tamanha coragem para enfrentar uma figura do Judiciário brasileiro,
primordialmente, um membro daquela casa, considerados por eles mesmos como os
semideuses brasileiros. Essa semana teve uma cena considerada até mesmo
patética, numa entrevista à Rádio Eldorado, o novo Líder do governo foi
simplesmente jocoso;
O deputado Ricardo Barros
(Progressistas/PR), Centrão, justificando o apoio daquela corrente política
naquela casa, ao governo Bolsonaro ele foi enfático: “é absolutamente justo, os
partidos que apoiam o governo tenham em troca acesso a cargos na administração
desse governo”. Ainda, “a Constituição tem o presidencialismo de coalizão”.
Lembrou o parlamentar, o atual modelo político-eleitoral, o presidente não tem
maioria, sendo obrigado a formar essa maioria com outros partidos ou correntes
políticas, como é o caso do Centrão, para ter governabilidade;
Ponderou ainda o deputado:
são esses parlamentares que permitem o governo aprovar matérias prometidas em
campanha e esse grupo dever ter elementos dentro do governo, reforçando, “é
assim que funciona no Brasil. É muito triste sabermos que tudo isso dito representa,
sem dúvida alguma, o toma lá dá cá, prática tão combatida pelo candidato
Bolsonaro e hoje praticada sem nenhuma vergonha de expô-la publicamente, pode
até ser legal do ponto de vista jurídico, entretanto, é imoral do lado ético.
• Balança, mas não cai, por
enquanto, - a situação do Ministro Paulo Guedes vai depender muito da sua
defesa e compreensão por parte do Congresso Nacional e dos demais ministros que
buscam engordar seus ministérios para execução de projetos até o final desse
ano e para o decorrer do próximo ano. Enquanto Paulo Guedes, Economia, procurar
trancar o cofre outros colegas seus buscam a chave e o segredo, numa tentativa
insana de ampliar mais ainda o déficit da nossa dívida;
A situação é crítica e de
difícil solução, porém é administrável, basta o presidente Bolsonaro parar com
essa campanha fora de hora para a reeleição em 2022 e se portar como um
estadista, trabalhando em função do Estado, esquecendo o seu eu tão presente em
suas atitudes, dessa forma todos sairão ganhando, o país com soluções
possíveis, sem megalomanias, o povo por sentir firmeza e ponderação no seu
administrador e o próprio presidente, ganhando a confiança do povo, com
soluções factíveis e reais. Esse sim é o país e o presidente que precisamos e
queremos.
Genival
Dantas
*Poeta, Escritor e Jornalista
genivaldantasrp@gmail.com
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