DA CANÇÃO PARA O LIVRO - "A SAGA DA CABOCLA MARINGÁ"
Senador Ruy Carneiro |
São inúmeras as especulações
em torno dessa história. Conta-se que no momento de compor a canção Maringá,
Rui Carneiro tenha confidenciado a Joubert Gontijo de Carvalho mineiro de
Uberaba, sobre esse romance, e solicitado do compositor a discrição de não contar
pra ninguém. Diz-se também que Ruy Carneiro aos cinquenta e cincos anos de
idade contava essa história a políticos, banqueiros e comerciantes no salão do
Palácio do Governo no Rio de Janeiro. Na verdade pelo que se tem conhecimento
até agora, é que não existe nenhum documento escrito do próprio punho do
Senador Ruy Carneiro, a respeito do que se comentava sobre sua vida, antes de
torna-se político.
É interessante notar como a
origem dessa história tenha se dado com a composição da canção de autoria do
médico e compositor Joubert de Carvalho com a anuência e ajuda do Senador Ruy
Carneiro. Depois de tantos anos passados, agora ela é delineada, esmiuçada e
contada com riquezas de detalhes pelo nosso pesquisador e escritor pombalense
Jerdivan Nóbrega de Araújo, um romance que descortina para a alma humana a
realidade das secas no sertão, registrando-se a miséria e a fome dos menos
favorecidos da sorte, o tempo dos coronéis, a ação nefasta dos cangaceiros e o
amor proibido de um ricaço por uma plebeia.
Como em todo romance existe
sua ficção, não seria por menos que a “Saga da Cabocla Maringá” de Jerdivan
Nóbrega de Araújo, não tivesse sua fantasia, semelhantes aos que são escritos e
transportados para a tela do cinema. Na verdade a espécie humana deixa-se levar
mais pelas emoções do que pelas razões da existência. Há os que procuram
esconder situações dessa natureza, mas não por muito tempo, logo são
despertados pela curiosidade que cada um carrega no seu ego.
Pois bem: Jerdivan no seu
Livro – “A Saga da Cabocla Maringá” nos leva pela sua criatividade de poeta,
contista e escritor nato, ao mundo subterrâneo da privacidade e revela os
pensamentos, emoções, fala e ações dos protagonistas dessa história, trazendo à
baila, cenários da natureza como paisagens de atalhos, estradas e rios, além de
lugares como o casario e a cidade de Pombal. A cada capítulo do livro somos
impulsionados a continuar na leitura como quem deseja ver logo o desfecho da
trama.
Só Jerdivan poderá dizer o
quanto foi difícil juntar as peças dessa história. Muitos leram ou ouviram
outras versões, mas agora terão essa obra, místico de realidade e ficção nos
mínimos detalhes, desnudando aos nossos olhos a profundidade e a originalidade
da canção “Maringá”, conhecida internacionalmente, que emprestou seu nome a uma
cidade do Paraná, oferecendo a Pombal na Paraíba, o designativo de “Terra de
Maringá”.
A SAGA DA CABOCLA MARINGÀ DE
JERDIVAN NÓBREGA DE ARAÚJO terá seu lançamento em Pombal às 17 horas do dia 30
de setembro, em Sessão Solene da Câmara de Vereadores de nossa cidade, por
ocasião da inauguração da Biblioteca Pública do Poder Legislativo local, que
por deferência do Presidente da casa “Avelino de Queiroga Cavalcanti”, Vereador
José William de Queiroga Gomes, condecorará com o nome da poetisa, escritora e
artista plástica, Maria do Bom Sucesso de Lacerda Fernandes, o lugar onde
ficará alojada a coleção pública de livros.
Joubert de Carvalho |
MARINGÁ, MARINGÁ
(Canção)
Letra e Música de Joubert de
Carvalho
Foi numa leva
Que a cabocla Maringá
Ficou sendo a retirante
Que mais dava o que falá.
E junto dela
Veio alguém que suplicou
Pra que nunca se esquecesse
De um caboclo que ficou
Maringá, Maringá,
Depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste,
Que eu garrei a maginá.
Maringá, Maringá
Para havê felicidade,
É preciso que a saudade
Vá batê noutro lugá.
Maringá, Maringá
Volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração
De um caboclo assossegá.
Antigamente
Uma alegria sem igual
Dominava aquela gente
Da cidade de Pombal
Mas veio a seca
Toda chuva foi-se embora
Só restando então às águas
Dos meus óio quando chora
Maringá, Maringá,
Depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste,
Que eu garrei a maginá.
Maringá, Maringá
Para havê felicidade,
É preciso que a saudade
Vá batê noutro lugá.
Maringá, Maringá
Volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração
De um caboclo assossegá.
Clemildo Brunet de Sá |
*RADIALISTA, BLOGUEIRO E COLUNISTA.
Contato brunetco@hotmail.com
DA CANÇÃO PARA O LIVRO - "A SAGA DA CABOCLA MARINGÁ"
Reviewed by Clemildo Brunet
on
9/14/2011 10:48:00 PM
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Um comentário
Clemildo, mais uma vez eu sou grato pela forma como voce se refere ao nosso trabalho.
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