O CRIME DA RUA DA CRUZ
Paulo Abrantes |
Paulo
Abrantes de Oliveira*
O poeta Jerdivan Nóbrega nos apresenta mais
um livro: O CRIME DA RUA DA CRUZ. Esta obra, que considero um marco cultural na
sua carreira, vem reunir o que há de melhor da sua verve literária criativa e
também apresentar o teor jurídico que nela estar inserida na sua fase atual.
É de longo tempo que admiro os escritos do
poeta Jerdivan Nóbrega e a sua produção literária. Assim, tecer comentário
sobre seu livro é tarefa deveras agradável. Num ato de significativo interesse,
li o seu livro e
segui viagem pelos seus argumentos bem formalizados, de
conteúdo jurídico que nem notamos a profundidade de seus percalços que nos
levam a lugares num dantes navegados.
O CRIME DA RUA DA CRUZ é uma obra prima da
literatura pombalense, nordestina, regional, como queiram denominá-la. Sem medo
de errar, é um livro que vem coroar e celebrar com ênfase a sua consistente
trajetória literária. Uma obra que chega a um pedestal digno de louvor, e você
com esse livro meu caro Jerdivan, chega a um percurso trilhado sempre fazendo
de seus escritos, da sua poesia, um ato sublime de amor e natural primazia.
Penetrar nos meandros do seu imaginário, desvendando as airosas nuanças desses
crimes praticados de forma truculenta, onde o ambiente social de fome, seca e
horripilante condição humana, foi de
intensa busca de aventura contemplando o bem e o mal para discernir em que
circunstâncias se praticaria tal desatino. O melhor é conduzir o pensamento de
que “O crime não compensa”. Cabe ao leitor julgar.
A mim cabe dizer que a beleza estética de
seus argumentos, á luz da verdade, forma uma obra digna de um escritor nato e
que merece o nosso aplauso, pela sua garra, trabalho de pesquisa e sagacidade.
Traça as palavras com maestria, dar sentido as coisas banais brincam com o
tempo e redescobre conceitos sociais, novos sentidos e percepções: O CRIME DA
RUA DA CRUZ é um livro que nenhum ser vivente poderá deixar de ler, pois o
livro de Jerdivan Nóbrega é fruto de um profundo e eclético ato recriador. Vai
buscar no longínquo ano de 1883, um caso que já tínhamos dado por perdido na
poeira do tempo. Assim sendo, estamos diante de uma obra que nos garante
excelsa maturidade social, apurada riqueza espiritual, absoluta sensatez e uma
acuidade psicológica que só uma longa, rica e digna vida, pode proporcionar.
Para Jerdivan Nóbrega – nascido poeta e
escritor, advogado, historiar consiste em escrever o que sente, registrar o que
vive, relatando experiências pessoais e sociais, enfim, transmitir emoções e
até mesmo sentir o fragor do desfecho de seus personagens, propagando seus
sonhos e ilusões, pois no fundo e segundo Aristóteles, a diferença entre o
historiador e o poeta consiste em: “O historiador narra o que aconteceu e o
poeta o que poderia ter acontecido”. É ler para confirmar.
*Engenheiro
Civil e escritor pombalense
O CRIME DA RUA DA CRUZ
Reviewed by Clemildo Brunet
on
1/02/2013 08:54:00 AM
Rating:
Um comentário
Não há dúvida que a perspicácia e acuidade com que Jerdivan escreve tornará o "Crime da Rua da Cruz" um marco literário dos escritos sobre Pombal. Ainda não lí tal obra, mas já antevejo o imenso prazer da narrativa sobre o episódio da Rua da Cruz,que tornará a leitura quieta, constante e compensadora para todos os conterrâneos.
Antonio D. Maniçoba (NOVO)
S. Luis/MA
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