Sofreguidão do Povo
Genival Torres Dantas |
Genival Torres Dantas*
É
de conhecimento daqueles que conhecem a história universal, na Roma antiga, ou
República romana, (509/31 A.C.), de conformidade com os relatos, havia um
pretor chamado Lucius Antonius Rufus Appius, passando à história como juiz
L.A.R.Ápio, não só pela forma como ele assinava suas sentenças, mas, pela
decisão que ele tomava, favoravelmente ou não, cujo critério era sempre levado
em consideração a maior ofertada de pagamento, por uma das partes.
Saindo das lendas e
entrando na
realidade brasileira, não sei se um dia alguém, uma autoridade, do nosso país,
quem sabe até muitos, entrarão na história ou no mundo da devassidão com alguma
coisa parecida com o protagonismo do juiz L.A.R.Ápio. Sei apenas, da
Espinescência das flores que fazem parte de um mundo moderno, chegando a
plagiar o metaverso, sem cores e sem odores, apenas plataformas digitais a
formar ambientes constituídos por pessoas que de tão obcecadas pelo fantástico
mundo do irreal, o virtual espaço entre o ilusório e a esquizofrenia (psicose
endógena, afetando 0,65% da população), agem de forma absolutamente distante e
de um jeito ávido, fazendo parte dos mitomaníacos, se transformando num
leviatã, fazendo parte dos nossos dias, um monstro citado tanto no velho como
no novo testamento.
Essa é a sensação que temos ao
procurarmos tomar ciência do que se passa em nossa volta. Nós cidadãos comuns,
pobres mortais, somos sacudidos pelos espasmos formados no corpo, pela reação
incontinente do comportamento dos nossos gestores. A impressão que fica é de consternação
e sofreguidão ao nos depararmos com a capacidade de ação do ser humano. O
respeito ao próximo foi relevado, quando não banalizado; a sociedade tem novos
valores, a família não é nem de longe aquela que se constituía quando aqui
cheguei; evoluímos de forma geométrica quando nos referimos ao avanço
tecnológico, as cidades cresceram e se modernizaram; pelas facilidades na
comunicação, as informações avançaram em locai longínquos, invadiram os campos,
fronteiras foram invadidas; a possibilidade de acesso ao que o mundo moderno
nos oferece transformou-se numa realidade, apenas a possibilidade, a realidade
continua tão distante hoje, como foi ontem, minha tristeza é não ter certeza se
o amanhã será diferente. Na mesma proporção, regredimos na moral e na
ética, regras que medem e regem as qualidades humanas.
No plano político não há mais
comprazimento, há sim, açulamento entre os mesmos que se espremem em filas para
acertos de governabilidade com sustentabilidade pútrida, cuja conta é paga
pelos comuns. O governo se sentindo ameaçado com a manifestação das ruas
anunciadas para o dia 15 próximo fica a acicatar o MST (movimento dos sem
terra), ignorando sua presença às ruas, e até estimulando de forma indireta,
com os prejuízos causados ao patrimônio privado, como quem quer causar medo,
desde antes, aos pretensos manifestantes convocados pelo mundo virtual. Seria
jocoso se não fosse tétrico tamanha insensatez de um governo que trabalha para
seus simpatizantes e seguidores, sabujos de quinta categoria, esquecendo que o
país é um todo, composto de armígero devotados aos valores pátrios, ignorando
que não se pode fatiar uma nação unida pela língua, única e absoluta, que é
impossível desatrelar os nós que amarram os elos que atam o coração à corrente
dos probos.
Deletério é o pensamento que trabalha
na promiscuidade da plena incompletude e vive da prática do descalabro, e como
comparsa de elementos medidos pela mesma régua da admonenda. Esse é o político
que serve a base aliada governista e com ele pratica a dilapidação do erário
público, atraídos pelo lucro fácil e vida de embófia. Essa prosápia embusteira
da elite governista há de sucumbir no lamaçal da sua escória, para que o país
volte à normalidade e às mãos dos bem aventurados e imaculados seres. Isso é um
fato.
*Escritor e Poeta
dantasgenival@hotmail.com
Sofreguidão do Povo
Reviewed by Clemildo Brunet
on
3/13/2015 08:25:00 AM
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