Alcova, dólares e as Paquitas
João Costa |
João
Costa*
Para sua consideração (E do presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Mota, eis meu
roteiro para um espetáculo) – A doleira Nelma Kadoma, amante de outro
doleiro famoso e herói nacional por ser um delator, Alberto Youssef, não deixou
barato e seguiu a cotação do dólar no seu depoimento: cantarolou a canção
“Amada Amante”, de Roberto Carlos na audiência. (Corte)
O juiz Bartolomeu Correia Lima, presidente da
Segunda Turma Recursal da comarca de Campina Grande, durante uma audiência no
fórum, também fez sua performance. Arriou as calças para ilustrar a sua
narrativa sobre um acidente que sofrera. A promotora Elaine Cristina pediu
providências ao Procurador Geral, Bertrand Asfóra, para a conduta “considerada” inadequada do
magistrado, que tem passagem pela Corregedoria do TJ. (corte)
Luciana Gimenez – segundo revistas de fofoca
à época, contou que engravidou do roqueiro Mick Jagger numa festa badalada. A
fornicação do casal se deu num canil. Luciana apresentou seu bebê à mídia nativa
enrolado na Bandeira Nacional. Jagger Partidário do lema “Sexo, Drogas E
Rock'n Roll”, tem
filhos bastardos espalhados por onde passou com a banda Os Rolling Stones, O
brasileirinho foi exibido pela apresentadora como troféu nacional para as
moçoilas casadoiras da nossa pátria amada.(corte)
Citações não autorizadas dão conta que Charles Darwin, assim
que desembarcou no Rio de Janeiro, antes de seguir para Patagônia, fez um giro
pelo interior, escandalizando-se com a escravidão, mas ficou embevecido com a
natureza encontrada no litoral brasileiro. Paparicado pela classe dominante da
época, Darwin recusou a todos os convites para festas na Corte. Teria
confidenciado que queria evitar o assédio “interesseiro” das brasileiras,
ávidas em conhecerem biblicamente celebridades estrangeiras. (corte).
Cena final – Qual o evento que marca o fim da Monarquia no
Brasil? Evidente, natural, que foi o O Baile da Ilha Fiscal, que antes era
conhecida como Ilha dos Ratos (Denominação
atualíssima, né não?).
“Como diz Leila Diniz”, ou como disse Sérgio
Buarque de Holanda que, “vista a distância, a queda do regime monárquico no
Brasil não pode surpreender muito. E não seria este o primeiro caso na
história, e nem o único, a mostrar como um surto rápido de progresso material,
seguindo-se a uma prolongada era de prostração, longe de sustar, pode, ao
contrário, apressar mudanças de caráter revolucionário”. Que coisa mais
parecida com o Brasil atual. Só que sem revolucionários – eles não mais
existem. Então, fiquemos atentos para festas em Brasília. O romantismo de
alcova entre a doleira e o delator premiado cantarolando “Amada Amante”, já
servem como trilha sonora. Desculpa aí, Roberto Carlos!
Para sua consideração II – E o meu roteiro
teatral continua. Começa novo audiência da CPI. O espetáculo segue ao estilo do
Teatro de Revista (quadros sucessivos em contraponto e sem ordem cronológica,
ou com). As Paquitas. Eram assistentes de palco de famosa apresentadora de
programa infantil de TV. Copiado dos Estados Unidos, onde assistentes de palco
de TV eram conhecidas como Pixies. Era,
na verdade um programa pornô-infantil.
No decorrer da crise brasileira, entrariam em cena para seduzir os Blac
Bloks. A própria apresentadora teve começo artísticos em cinemas pornôs
dirigidos por Walter Hugo Khouri. As Paquitas abririam as sessões da CPI.
(corte)
O desfecho da sessão ficaria a cargo de outra
rainha dos baixinhos, Mara Maravilha, outra personagem pornô infantil que
animou a criançada e marmanjos brasileiros, ávidos por sexo com meninas – a
criminalização da pedofilia veio depois – nos anos 80-90 era estimulada pelos
canais de TV entre 8 e 11 da manhã com closes fantásticos nas bundas da
paquitas e nas Pixies de Mara, que inovou: Ela, Mara, surgia no placo com roupa
do sado-masoquismo autêntica e com
chicote e tudo o mais. Hoje prega o
Evangelho ( atualíssimo, né não? Corte).
Volta a música “Amada Amante) – Coro de
dançarinas e políticos no palco: Itamar Franco e Lilian Ramos no carnaval,
Pedro Collor, Fernando e Tereza, Rosane
Malta, ex-de Collor ao lado de Luiz Malta, ex-assessor do Distrito Federal e
suposto amante de Rosane; Renan Calheiros e a jornalista Mônica, ex-ministra da
economia Zélia Cardoso e o ex-ministro da Justiça, Bernardo Cabral. (corte)
Agora sequência de cenas de casos amorosos
entre jornalistas, políticos e famosos. No ápice da cena, surge o casal-mor
Fernando Henrique Cardoso ( o príncipe da sociologia e classe média brasileira)
ao lado de Miriam Dutra, que por muitos anos passou por mãe de um bastardinho
de FHC. Depois o DNA desmanchou tudo, o filho era de outro. Até nisso. Depois
de se apropriar do Plano real de Itamar, pagou o mico de ser aquilo que nunca
foi, o pai do filho da jornalista da TV Globo. (Corte).
A cena muda para o campo. Um momento de
violência. Editora de economia do Estado de São Paulo, Jornalista Sandra
Gomide, leva um tiro ao encilhar seu cavalo em Ibiúna-SP, do ex-amante Antônio
Marcos Pimenta, editor de Economia do Estadão(corte).
Cena muda de novo. Nicéia Camargo e o
ex-governador de São Paulo, Celso Pitta. Pitta, antes de morrer, recebe citação
judicial por não pagar pensão alimentícia a Nicéia. Ele, de roupão japonês
sendo preso.
Ex-primeira-dama de Alagoas, Denilma Bulhões,
surge em cena com uma toalha aplicando surra no governador Geraldo Bulhões no
Palácio dos Martírios. O texto é real: “Geraldo é doido e mentiroso, otário e
desclassificado”.(corte)
Gran finale
- Com toda pompa e glória, surgem em cena aos empurrões e tapas na
namorada, Aécio Neves e sua acompanhante da noite, Letícia Weber numa festa carioca no Fasano promovida por
Calvin Klein. (corte).
Assim caminha a Humanidade!
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Alcova, dólares e as Paquitas
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/17/2015 04:53:00 AM
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