Muitas vezes o que é Legal não é Moral nem Ético
Genival Torres Dantas |
Genival Torres
Dantas*
Isso posto, vale
lembrar dos modismos vindos de novos conceitos eformas de convivências nessa
nova sociedade que vem estabelecendo normas e procedimentos para os homens e
mulheres do nosso tempo. Sinto que tenho dificuldade e até inépcia para
acompanhar o ritmo dos novos tempos, considero-me claudicante nesse aspecto,
não por irresponsabilidade, mas, por ter vindo de um tempo de valores rígidos,
cuja moral e a ética eram intrinsecamente vinculadas ao padrão família, cuja
fórmula difere do modelo dos novos modelos.
Apenas para
informar aos mais jovens, não é para causar espanto, mas, a família era uma
célula viva da sociedade, modelo patriarcal, por uma série de fatores, dentre
as quais, o pai era sempre o provedor da casa, e, a mãe a administradora e
orientadora educacional, e esse binômio, pai e mãe, gerava, sempre, ou quase
sempre, nada é perfeito, uma família de absoluto sinergismo harmônico, cujo
resultado final era a formação de seres humanos constituídos de conceitos moral
e éticos, inabaláveis!
Não querendo ser
piegas, nem saudosista, com todo respeito ao novo, ao moderno, as novas
tendências, mas, sinto falta de muita coisa de antigamente, tais como: o
comportamento rudimentar do meu pai, procurando ser severo quando queria
apontar o melhor caminho a seguir, normalmente apaziguado pela forma sensata e
educadora, comprometida com a sabedoria e a coerência da minha mãe; a maneira
aconselhadora da avó, quase que em sussurros para não interferir na orientação
dos pais, portanto, com receio de causar discórdia.
Uma coisa que os
mais jovens não sabem, era o respeito que existia entre os mestres,
professores, e alunos, tanto dentro como fora da sala de aula, era uma
convivência respeitosa e saudável, diferentemente do que temos visto nos dias
de hoje, quando a incidência de agressões aos professores, pelos alunos, tem
sido tão recorrente e com o grau de violência tão elevado que nos causa espanto
e ao mesmo tempo tristeza pela promiscuidade que se transformou a relação professor aluno.
Outro fato que
merece uma observação era o sentimento de vergonha que nos invadia quando
praticávamos um erro, mesmo que pequeno, aos nossos olhos, entretanto, de um
efeito entristecedor para os nossos parentes e amigos, como uma briga de rua,
antigamente se brincava nas ruas, elas serviam de espaço para o entretenimento
das crianças e jovens, sem riscos ou perigos, todos se conheciam e se cuidavam,
os pais normalmente ficavam a confabular, sentados em suas cadeiras de balanço
distribuídas às calçadas, de forma a nos observar, como a velar pela nossa saúde.
Hoje, adulto e
sênior, distante de um modelo antiquado de viver, muito embora as lembranças
daqueles tempos me façam bem, quantas vezes quando quero fazer algo que tenho
dúvida da sua moral e ética, sempre naqueles ensinamentos sou mergulhado, por
isso e por outras questões tenho me regulado por aqueles princípios. Por
injunções das circunstâncias tenho refletido no comportamento de algumas
pessoas, principalmente políticos que
costumam se comportarem politiqueiros, no trato com seus pares, correligionários
e contendores. Quando leio sobre a nefasta situação de subserviência ou mesmo
de sobreposições dos poderes do Estado, principalmente da atual conduta do
Legislativo e Executivo, nessa troca de favores, loteamento de cargos em
diversos escalões, para aprovação de projetos e medidas provisórias, no
Congresso Nacional, e de interesse do Executivo, por mais Legal que seja, é,
sem dúvida, de um caráter imoral inadmissível.
Diante de uma
realidade que colide com meus princípios básicos chego a pensar que estou fora
da realidade, não consigo engolir algumas fórmulas e formas de comportamento
que regem as regras de conduta da nossa sociedade, sociedade essa que é
dirigida por homens e mulheres que tiveram a mesma educação que tive,
conviveram com os mesmos moldes sociológicos que convivi, mas, que regem uma
pasmaceira de causar náusea até em antiácido, uma vergonha que causa pejo em
qualquer ser humano composto de moralidade média, é um descalabro de
prerrogativa dos insensatos, uma esbornia dos aboletados nos cabarés dos
desvalidos. Uma prosopopeia que só superada no futuro próximo, se não houver
correção na conduta da Moral e da Ética das novas gerações que estão por vir.
*Escritor e Poeta
Estamos passando
por uma transformação muito grande em todos os aspectos, o que mais nos
surpreende são as mudanças no campo Moral e Ético. Os conceitos são mudados
numa velocidade maior que o poder de absorção e compreensão. Com o advento da
mídia eletrônica e suas plataformas digitais o
grau de informações é por demais ágeis de tal forma que, para aqueles
que não tem o hábito de atualização constante tem ficado desinformado com o
mundo em que vive. Há informações precisas do volume de novas dados que surgem
anualmente, a relevância desse fato é fundamental para quem precisa viver
atualizado, pois, a cada ano tudo que você sabia já foi superado.
Isso posto, vale
lembrar dos modismos vindos de novos conceitos eformas de convivências nessa
nova sociedade que vem estabelecendo normas e procedimentos para os homens e
mulheres do nosso tempo. Sinto que tenho dificuldade e até inépcia para
acompanhar o ritmo dos novos tempos, considero-me claudicante nesse aspecto,
não por irresponsabilidade, mas, por ter vindo de um tempo de valores rígidos,
cuja moral e a ética eram intrinsecamente vinculadas ao padrão família, cuja
fórmula difere do modelo dos novos modelos.
Apenas para
informar aos mais jovens, não é para causar espanto, mas, a família era uma
célula viva da sociedade, modelo patriarcal, por uma série de fatores, dentre
as quais, o pai era sempre o provedor da casa, e, a mãe a administradora e
orientadora educacional, e esse binômio, pai e mãe, gerava, sempre, ou quase
sempre, nada é perfeito, uma família de absoluto sinergismo harmônico, cujo
resultado final era a formação de seres humanos constituídos de conceitos moral
e éticos, inabaláveis!
Não querendo ser
piegas, nem saudosista, com todo respeito ao novo, ao moderno, as novas
tendências, mas, sinto falta de muita coisa de antigamente, tais como: o
comportamento rudimentar do meu pai, procurando ser severo quando queria
apontar o melhor caminho a seguir, normalmente apaziguado pela forma sensata e
educadora, comprometida com a sabedoria e a coerência da minha mãe; a maneira
aconselhadora da avó, quase que em sussurros para não interferir na orientação
dos pais, portanto, com receio de causar discórdia.
Uma coisa que os
mais jovens não sabem, era o respeito que existia entre os mestres,
professores, e alunos, tanto dentro como fora da sala de aula, era uma
convivência respeitosa e saudável, diferentemente do que temos visto nos dias
de hoje, quando a incidência de agressões aos professores, pelos alunos, tem
sido tão recorrente e com o grau de violência tão elevado que nos causa espanto
e ao mesmo tempo tristeza pela promiscuidade que se transformou a relação professor aluno.
Outro fato que
merece uma observação era o sentimento de vergonha que nos invadia quando
praticávamos um erro, mesmo que pequeno, aos nossos olhos, entretanto, de um
efeito entristecedor para os nossos parentes e amigos, como uma briga de rua,
antigamente se brincava nas ruas, elas serviam de espaço para o entretenimento
das crianças e jovens, sem riscos ou perigos, todos se conheciam e se cuidavam,
os pais normalmente ficavam a confabular, sentados em suas cadeiras de balanço
distribuídas às calçadas, de forma a nos observar, como a velar pela nossa saúde.
Hoje, adulto e
sênior, distante de um modelo antiquado de viver, muito embora as lembranças
daqueles tempos me façam bem, quantas vezes quando quero fazer algo que tenho
dúvida da sua moral e ética, sempre naqueles ensinamentos sou mergulhado, por
isso e por outras questões tenho me regulado por aqueles princípios. Por
injunções das circunstâncias tenho refletido no comportamento de algumas
pessoas, principalmente políticos que
costumam se comportarem politiqueiros, no trato com seus pares, correligionários
e contendores. Quando leio sobre a nefasta situação de subserviência ou mesmo
de sobreposições dos poderes do Estado, principalmente da atual conduta do
Legislativo e Executivo, nessa troca de favores, loteamento de cargos em
diversos escalões, para aprovação de projetos e medidas provisórias, no
Congresso Nacional, e de interesse do Executivo, por mais Legal que seja, é,
sem dúvida, de um caráter imoral inadmissível.
Diante de uma
realidade que colide com meus princípios básicos chego a pensar que estou fora
da realidade, não consigo engolir algumas fórmulas e formas de comportamento
que regem as regras de conduta da nossa sociedade, sociedade essa que é
dirigida por homens e mulheres que tiveram a mesma educação que tive,
conviveram com os mesmos moldes sociológicos que convivi, mas, que regem uma
pasmaceira de causar náusea até em antiácido, uma vergonha que causa pejo em
qualquer ser humano composto de moralidade média, é um descalabro de
prerrogativa dos insensatos, uma esbornia dos aboletados nos cabarés dos
desvalidos. Uma prosopopeia que só superada no futuro próximo, se não houver
correção na conduta da Moral e da Ética das novas gerações que estão por vir.
*Escritor e Poeta
dantasgenival@hotmail.com
Muitas vezes o que é Legal não é Moral nem Ético
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/08/2015 04:25:00 AM
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