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A perda de tempo é pior que matar o tempo

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*
Temos convivido com pessoas absolutamente inertes e imergidos em assuntos divergentes e dispersos de tal forma que fica numa verdadeira perda de tempo e ainda tenta justificar seus procedimentos como entusiastas retumbantes pela ideologia mesquinha e mequetrefe do individualismo.
Coitado desses indolentes, melhor seria matar o tempo com alguma coisa voltada a objetivos sociais e humanitários trazendo proveito e
subsídio a sua vida, como resposta positiva, melhor ainda, benefícios para o coletivo.
Os próceres mundiais continuam em seus mundos, vivendo em redomas de cristais, com o pensamento voltado as grandes mudanças no contexto global, como se o atual modelo de produção fosse o único meio de sustentabilidade da economia, com uma nova realidade de pujança em seus condados.
Enquanto seu domínio é limítrofe com a cruel realidade dos mortais sobrevivendo em parceria com o estado de penúria, com o que há de mais melancólico para o ser humano, com total falta de dignidade, como que cadavéricos seres rastejantes em busca de migalhas na tentativa de sedar a dor provocada pelo longevo tempo de inanição; esses humanos são verdadeiramente néscios das situações levadas pela incongruência da inteligência dos que se acham superiores em suas capacidades de insofismável poder gerencial, verdadeiro deletério para a convivência humana.
A velha Europa hoje dividida entre o ser e não ser, ajudar ou deixar imergir no mar da desesperança e do malogro, a Grécia de tantas glórias e justiças, depauperada pelos erros administrativos, situação inerente a tantos outros países, menos ou tão importante como o berço da cultura universal, terra dos filósofos e filosofia.
Nesse momento não podemos discutir ideologias, temos que ser práticos ao mesmo tempo severos, sem, entretanto, perdermos o senso humanitário, deixar o barco de um parceiro, não diria comercial, mas de tantas lutas convergentes, a deriva e sem leme, é tentar passar uma borracha no passado, tentando apagar um tempo que não deu certo, abrindo espaço para outros divórcios de outros países irmãos, na aproximação e na cultura.
No Brasil a situação é no mínimo triste, depois de um período convivendo com tempos de fartura e crescimento vertiginoso, as classes sociais em crescimento uniforme, por quase duas décadas seguidas, somos acometidos por uma ação de corrupio, sendo tragados pelas águas dos torrenciais devaneios de mentes doentias, distorcidas e poluídas pelos ares da insanidade, movida pelo complexo de superioridade, pela verdadeira megalomania insana dos aventureiros ímprobos. Somos uma gente vivendo num país de eterno futuro, num presente arruinado, cujo desenvolvimento sendo procrastinado por conta de uma gente mesquinha que num passado não tão distante sonhou com um mundo encantado e fantasioso dos mitomaníacos.
O pior é que o fracasso do atual governo é de tanto desalento que nos transformamos numa nação à beira de um colapso total, até mesmo emocional, cujo resultante não temos como comensurar, pior ainda, o governa acredita, dentro do seu padrão de precariedade, que a situação ocorre apenas na mente dos opositores e da imprensa intervencionista, da direita parcial, não admite a sua culpa no processo de devastação que atravessa o país, por absoluta culpa da sua gestão destrutiva, ação dos efeitos da incompetência, corrupção e insensatez.
Ainda acredito na parte sadia do atual governo, deve haver algum setor dentro dele que não se permita se contaminar pelas injunções despudoradas do atual sistema, que ele se junte aos benfeitores da nação, e lute pela pátria tão maltratada pelos déspotas.                                                                        *Escritor e Poeta
 dantasgenival@hotmail.com

A perda de tempo é pior que matar o tempo A perda de tempo é pior que matar o tempo Reviewed by Clemildo Brunet on 7/12/2015 06:07:00 PM Rating: 5

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